Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves, Jéssica Britto
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/23987
Resumo: As enzimas betalactamases são importantes mecanismos de resistência aos antimicrobianos, principalmente quando se trata de bactérias gram-negativas, as quais são capazes de colonizar o trato gastrointestinal e causar infecções. Bactérias da família Enterobacteriaceae podem adquirir e expressar betalactamases com diferentes estruturas e espectros de substratos e, dentre elas, as cefalosporinases do tipo AmpC que são mediadas por plasmídeos (pAmpC). Esse grupo de enzimas tem a capacidade de conferir resistência às penicilinas, cefalosporinas de terceira geração, monobactâmicos e cefamicinas, além de não serem inibidas por inibidores de betalactamases clássicos, como o ácido clavulânico. Ademais, sabe-se que a resistência é um dos maiores desafios para a saúde no cenário atual, uma vez que ela não se limita ao ambiente hospitalar. Tanto os genes que codificam os atributos de resistência, quanto as bactérias que os carreiam podem estar presentes em solos, resíduos industriais, matrizes aquáticas, alimentos, animais e nos seres humanos. Todavia, são poucos os estudos que abordam a respeito da colonização comunitária, assim como os que tratam a respeito da prevalência desse gene na comunidade. Dessa forma, nosso trabalho buscou descrever quais enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial estariam envolvidas na colonização comunitária e os seus determinantes genéticos. Para isso, voluntários que buscavam pronto atendimento sem histórico de internação recente foram convidados a participar do estudo. Os que aceitaram, forneceram swabs retais que foram submetidos a um teste de viabilidade e à pressão seletiva inicial por ceftriaxona (CRO; 1,5 μL/mL). Então, o cultivo obtido nesta etapa foi replicado em cefoxitina (32 μL/mL) e, em seguida, dois representantes de cada morfotipo bacteriano, selecionados. As amostras foram identificadas e avaliadas quanto à resistência à cefoxitina e amoxicilina/clavulanato. Por fim, foi realizada a detecção por PCR dos genes codificadores de pAmpC já descritos. Dos 228 swabs retais obtidos, 104 (45,6%) apresentaram crescimento em agar MacConkey suplementado com ceftriaxona. Após a réplica em cefoxitina seguido da seleção de pelo menos dois representantes de cada morfotipo, obteve-se um total de 231 bactérias recuperadas na vigência de cefoxitina e, destas, 82 (35,2%) eram enterobactérias. Desse grupo, 42 (51,2%) foram identificadas como espécies que não apresentam produção intrínseca de AmpC, sendo elas E. coli e K. pneumoniae. Observou-se que 33 (78,5%) bactérias desse grupo apresentavam resistência a cefoxitina e amoxicilina/ácido clavulânico, isoladas de 9 indivíduos, o que representou aproximadamente 4% de prevalência na população estudada. Dessas, 20 apresentaram resultado positivo na PCR para betalactamases do grupo CIT, e 3 para o grupo DHA. As bactérias confirmadas como produtoras de pAmpC foram isoladas de 5 indivíduos, o que representou 2,2% de prevalência na população estudada. Com relação ao antibiograma, a maior frequência de resistência encontrada foi contra cefalosporinas (87,8%), seguido por quinolonas (69,7%), sulfametoxazol-trimetoprima (54,5%), aminoglicosídeos (45,4%) e monobactâmicos (30,3%). Ao todo, 23 perfis de antibiograma foram encontrados entre as 33 cepas testadas. Os resultados são preocupantes, uma vez que esses genes têm a capacidade de circular entre diferentes espécies, podendo representar um papel importante nas infecções relacionadas à assistência à saúde que decorram de uma eventual internação, e nas infecções comunitárias graves em humanos. A avaliação contínua dessa ocorrência é de fundamental importância, especialmente entre indivíduos mais suscetíveis, pois pode significar maior restrição na escolha do tratamento em eventuais infecções por esses organismos.
id UFRJ_823ec11e075308d5376bb985cfebe71d
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/23987
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitáriaColonização comunitáriaEnterobactériasResistência microbiana a medicamentosAmpC plasmidialbeta-LactamasesCommunity colonizationDrug resistanceCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIACNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIAAs enzimas betalactamases são importantes mecanismos de resistência aos antimicrobianos, principalmente quando se trata de bactérias gram-negativas, as quais são capazes de colonizar o trato gastrointestinal e causar infecções. Bactérias da família Enterobacteriaceae podem adquirir e expressar betalactamases com diferentes estruturas e espectros de substratos e, dentre elas, as cefalosporinases do tipo AmpC que são mediadas por plasmídeos (pAmpC). Esse grupo de enzimas tem a capacidade de conferir resistência às penicilinas, cefalosporinas de terceira geração, monobactâmicos e cefamicinas, além de não serem inibidas por inibidores de betalactamases clássicos, como o ácido clavulânico. Ademais, sabe-se que a resistência é um dos maiores desafios para a saúde no cenário atual, uma vez que ela não se limita ao ambiente hospitalar. Tanto os genes que codificam os atributos de resistência, quanto as bactérias que os carreiam podem estar presentes em solos, resíduos industriais, matrizes aquáticas, alimentos, animais e nos seres humanos. Todavia, são poucos os estudos que abordam a respeito da colonização comunitária, assim como os que tratam a respeito da prevalência desse gene na comunidade. Dessa forma, nosso trabalho buscou descrever quais enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial estariam envolvidas na colonização comunitária e os seus determinantes genéticos. Para isso, voluntários que buscavam pronto atendimento sem histórico de internação recente foram convidados a participar do estudo. Os que aceitaram, forneceram swabs retais que foram submetidos a um teste de viabilidade e à pressão seletiva inicial por ceftriaxona (CRO; 1,5 μL/mL). Então, o cultivo obtido nesta etapa foi replicado em cefoxitina (32 μL/mL) e, em seguida, dois representantes de cada morfotipo bacteriano, selecionados. As amostras foram identificadas e avaliadas quanto à resistência à cefoxitina e amoxicilina/clavulanato. Por fim, foi realizada a detecção por PCR dos genes codificadores de pAmpC já descritos. Dos 228 swabs retais obtidos, 104 (45,6%) apresentaram crescimento em agar MacConkey suplementado com ceftriaxona. Após a réplica em cefoxitina seguido da seleção de pelo menos dois representantes de cada morfotipo, obteve-se um total de 231 bactérias recuperadas na vigência de cefoxitina e, destas, 82 (35,2%) eram enterobactérias. Desse grupo, 42 (51,2%) foram identificadas como espécies que não apresentam produção intrínseca de AmpC, sendo elas E. coli e K. pneumoniae. Observou-se que 33 (78,5%) bactérias desse grupo apresentavam resistência a cefoxitina e amoxicilina/ácido clavulânico, isoladas de 9 indivíduos, o que representou aproximadamente 4% de prevalência na população estudada. Dessas, 20 apresentaram resultado positivo na PCR para betalactamases do grupo CIT, e 3 para o grupo DHA. As bactérias confirmadas como produtoras de pAmpC foram isoladas de 5 indivíduos, o que representou 2,2% de prevalência na população estudada. Com relação ao antibiograma, a maior frequência de resistência encontrada foi contra cefalosporinas (87,8%), seguido por quinolonas (69,7%), sulfametoxazol-trimetoprima (54,5%), aminoglicosídeos (45,4%) e monobactâmicos (30,3%). Ao todo, 23 perfis de antibiograma foram encontrados entre as 33 cepas testadas. Os resultados são preocupantes, uma vez que esses genes têm a capacidade de circular entre diferentes espécies, podendo representar um papel importante nas infecções relacionadas à assistência à saúde que decorram de uma eventual internação, e nas infecções comunitárias graves em humanos. A avaliação contínua dessa ocorrência é de fundamental importância, especialmente entre indivíduos mais suscetíveis, pois pode significar maior restrição na escolha do tratamento em eventuais infecções por esses organismos.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilInstituto de Microbiologia Paulo de GóesUFRJPicão, Renata Cristinahttp://lattes.cnpq.br/5620116954246463Rocha, Gabriel TaddeucciBonelli, Raquel ReginaGarnica, MárciaCosta, Wellington Felipe daGonçalves, Jéssica Britto2024-10-14T13:22:02Z2024-10-16T03:00:12Z2023-11-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisGONÇALVES, Jéssica Britto. Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária. 2023. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia) - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.http://hdl.handle.net/11422/23987porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2024-10-16T03:00:12Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/23987Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2024-11-11T16:34:14.760278Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.none.fl_str_mv Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária
title Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária
spellingShingle Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária
Gonçalves, Jéssica Britto
Colonização comunitária
Enterobactérias
Resistência microbiana a medicamentos
AmpC plasmidial
beta-Lactamases
Community colonization
Drug resistance
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
title_short Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária
title_full Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária
title_fullStr Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária
title_full_unstemmed Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária
title_sort Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária
author Gonçalves, Jéssica Britto
author_facet Gonçalves, Jéssica Britto
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Picão, Renata Cristina
http://lattes.cnpq.br/5620116954246463
Rocha, Gabriel Taddeucci
Bonelli, Raquel Regina
Garnica, Márcia
Costa, Wellington Felipe da
dc.contributor.author.fl_str_mv Gonçalves, Jéssica Britto
dc.subject.por.fl_str_mv Colonização comunitária
Enterobactérias
Resistência microbiana a medicamentos
AmpC plasmidial
beta-Lactamases
Community colonization
Drug resistance
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
topic Colonização comunitária
Enterobactérias
Resistência microbiana a medicamentos
AmpC plasmidial
beta-Lactamases
Community colonization
Drug resistance
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
description As enzimas betalactamases são importantes mecanismos de resistência aos antimicrobianos, principalmente quando se trata de bactérias gram-negativas, as quais são capazes de colonizar o trato gastrointestinal e causar infecções. Bactérias da família Enterobacteriaceae podem adquirir e expressar betalactamases com diferentes estruturas e espectros de substratos e, dentre elas, as cefalosporinases do tipo AmpC que são mediadas por plasmídeos (pAmpC). Esse grupo de enzimas tem a capacidade de conferir resistência às penicilinas, cefalosporinas de terceira geração, monobactâmicos e cefamicinas, além de não serem inibidas por inibidores de betalactamases clássicos, como o ácido clavulânico. Ademais, sabe-se que a resistência é um dos maiores desafios para a saúde no cenário atual, uma vez que ela não se limita ao ambiente hospitalar. Tanto os genes que codificam os atributos de resistência, quanto as bactérias que os carreiam podem estar presentes em solos, resíduos industriais, matrizes aquáticas, alimentos, animais e nos seres humanos. Todavia, são poucos os estudos que abordam a respeito da colonização comunitária, assim como os que tratam a respeito da prevalência desse gene na comunidade. Dessa forma, nosso trabalho buscou descrever quais enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial estariam envolvidas na colonização comunitária e os seus determinantes genéticos. Para isso, voluntários que buscavam pronto atendimento sem histórico de internação recente foram convidados a participar do estudo. Os que aceitaram, forneceram swabs retais que foram submetidos a um teste de viabilidade e à pressão seletiva inicial por ceftriaxona (CRO; 1,5 μL/mL). Então, o cultivo obtido nesta etapa foi replicado em cefoxitina (32 μL/mL) e, em seguida, dois representantes de cada morfotipo bacteriano, selecionados. As amostras foram identificadas e avaliadas quanto à resistência à cefoxitina e amoxicilina/clavulanato. Por fim, foi realizada a detecção por PCR dos genes codificadores de pAmpC já descritos. Dos 228 swabs retais obtidos, 104 (45,6%) apresentaram crescimento em agar MacConkey suplementado com ceftriaxona. Após a réplica em cefoxitina seguido da seleção de pelo menos dois representantes de cada morfotipo, obteve-se um total de 231 bactérias recuperadas na vigência de cefoxitina e, destas, 82 (35,2%) eram enterobactérias. Desse grupo, 42 (51,2%) foram identificadas como espécies que não apresentam produção intrínseca de AmpC, sendo elas E. coli e K. pneumoniae. Observou-se que 33 (78,5%) bactérias desse grupo apresentavam resistência a cefoxitina e amoxicilina/ácido clavulânico, isoladas de 9 indivíduos, o que representou aproximadamente 4% de prevalência na população estudada. Dessas, 20 apresentaram resultado positivo na PCR para betalactamases do grupo CIT, e 3 para o grupo DHA. As bactérias confirmadas como produtoras de pAmpC foram isoladas de 5 indivíduos, o que representou 2,2% de prevalência na população estudada. Com relação ao antibiograma, a maior frequência de resistência encontrada foi contra cefalosporinas (87,8%), seguido por quinolonas (69,7%), sulfametoxazol-trimetoprima (54,5%), aminoglicosídeos (45,4%) e monobactâmicos (30,3%). Ao todo, 23 perfis de antibiograma foram encontrados entre as 33 cepas testadas. Os resultados são preocupantes, uma vez que esses genes têm a capacidade de circular entre diferentes espécies, podendo representar um papel importante nas infecções relacionadas à assistência à saúde que decorram de uma eventual internação, e nas infecções comunitárias graves em humanos. A avaliação contínua dessa ocorrência é de fundamental importância, especialmente entre indivíduos mais suscetíveis, pois pode significar maior restrição na escolha do tratamento em eventuais infecções por esses organismos.
publishDate 2023
dc.date.none.fl_str_mv 2023-11-28
2024-10-14T13:22:02Z
2024-10-16T03:00:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv GONÇALVES, Jéssica Britto. Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária. 2023. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia) - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.
http://hdl.handle.net/11422/23987
identifier_str_mv GONÇALVES, Jéssica Britto. Caracterização de enterobactérias produtoras de AmpC plasmidial isoladas de colonização intestinal comunitária. 2023. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas: Microbiologia e Imunologia) - Instituto de Microbiologia Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2023.
url http://hdl.handle.net/11422/23987
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
Brasil
Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
UFRJ
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
Brasil
Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
UFRJ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv pantheon@sibi.ufrj.br
_version_ 1823672713248505856