Ólbos: uma discussão axiológica nas histórias de Heródoto

• Autor(a) principal: Ribeiro, Tatiana Oliveira
• Data de Publicação: 2005
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/14906
• topic: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LITERATURAS CLASSICAS; CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::LINGUAS CLASSICAS; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA::HISTORIA ANTIGA E MEDIEVAL; Heródoto; Lógos lídio; ólbos; Literatura grega; Crítica e interpretação; Historiografia

Heródoto de Halicarnasso redimiu a alteridade bárbara dos dois extremos que a caracterizavam até então, quais sejam, a do selvagem desumano e a da completa identidade com os gregos. Reconhecendo os bárbaros como dotados de outros nómoi, Heródoto cultua as diferenças culturais entre povos, fundamentando suas proposições com dados colhidos, que molda, aperfeiçoa e recria. Um desses dados é a variação semântica em torno do conceito de o1lboj. Esta dissertação tematiza esse parâmetro herodotiano, a partir da observação de sua ocorrência textual no livro I, 26-92, trecho conhecido como lógos de Creso, parte integrante do lógos lídio. A pesquisa considerou algumas ocorrências do termo o1lboj na literatura grega produzida até o séc.V.a.C, a fim de, por meio de seus contextos discursivos, perscrutar-lhes a eficiência como índice de uma escala axiológica que defina o norteamento das culturas bárbaras, de acordo com o que se pretende que seja a perspectiva herodotiana. Tal perspectiva, embora instaure um olhar dirigido à alteridade, não deixa de guiar-se pelo balizamento dos valores da ética ateniense e das propostas de um Sólon baluarte do sistema democrático.