Estatividade e morfologia progressiva: uma análise à luz da aquisição de linguagem no Português do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/2035 |
Resumo: | Este trabalho tem por objetivo contribuir para a reflexão a respeito da classificação dos tipos de verbo, em especial, os de estado, a partir da análise da emergência do imperfectivo contínuo na aquisição do Português do Brasil. A hipótese deste estudo é a de que a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva ocorre após a emergência da expressão desse mesmo aspecto por meio da morfologia não progressiva com todos os tipos de verbo. Para verificar essa hipótese, foi realizado um estudo longitudinal com dados de fala espontânea de uma criança falante nativa do PB com idade entre dois anos e três meses e dois anos e oito meses. Foram analisadas as produções verbais relativas à emergência do aspecto imperfectivo contínuo por meio das morfologias progressiva e não progressiva em verbos de atividade, de estado, de processo culminado e de culminação. Verificamos que a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia não progressiva acontece antes da expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva apenas nos verbos de estado. Verificamos também que a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva ocorre primeiramente com verbos de atividade. Ao contrário das expectativas, a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva em verbos de estado e de culminação aconteceu no mesmo período, antes mesmo dos verbos de processo culminado. A partir da análise dos resultados, é possível questionar se os verbos tipicamente classificados como de estado sempre o são, uma vez que a associação desse tipo de verbo com uma morfologia progressiva pode dar um caráter dinâmico ao verbo, caráter que, a priori, um verbo tipicamente classificado como de estado não tem. |
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A hipótese deste estudo é a de que a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva ocorre após a emergência da expressão desse mesmo aspecto por meio da morfologia não progressiva com todos os tipos de verbo. Para verificar essa hipótese, foi realizado um estudo longitudinal com dados de fala espontânea de uma criança falante nativa do PB com idade entre dois anos e três meses e dois anos e oito meses. Foram analisadas as produções verbais relativas à emergência do aspecto imperfectivo contínuo por meio das morfologias progressiva e não progressiva em verbos de atividade, de estado, de processo culminado e de culminação. Verificamos que a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia não progressiva acontece antes da expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva apenas nos verbos de estado. Verificamos também que a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva ocorre primeiramente com verbos de atividade. Ao contrário das expectativas, a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva em verbos de estado e de culminação aconteceu no mesmo período, antes mesmo dos verbos de processo culminado. A partir da análise dos resultados, é possível questionar se os verbos tipicamente classificados como de estado sempre o são, uma vez que a associação desse tipo de verbo com uma morfologia progressiva pode dar um caráter dinâmico ao verbo, caráter que, a priori, um verbo tipicamente classificado como de estado não tem.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICAAquisição de linguagemEstatividadeEstatividade e morfologia progressiva: uma análise à luz da aquisição de linguagem no Português do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALMotaAL.pdfMotaAL.pdfapplication/pdf749506http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/2035/1/MotaAL.pdfeec60998a7884dc3fdc2b9e50c07ff45MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/2035/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52TEXTMotaAL.pdf.txtMotaAL.pdf.txtExtracted texttext/plain63038http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/2035/3/MotaAL.pdf.txta1c4aba984692e5c626e24530fad672bMD5311422/20352023-11-30 00:00:29.642oai:pantheon.ufrj.br:11422/2035TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:00:29Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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Este trabalho tem por objetivo contribuir para a reflexão a respeito da classificação dos tipos de verbo, em especial, os de estado, a partir da análise da emergência do imperfectivo contínuo na aquisição do Português do Brasil. A hipótese deste estudo é a de que a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva ocorre após a emergência da expressão desse mesmo aspecto por meio da morfologia não progressiva com todos os tipos de verbo. Para verificar essa hipótese, foi realizado um estudo longitudinal com dados de fala espontânea de uma criança falante nativa do PB com idade entre dois anos e três meses e dois anos e oito meses. Foram analisadas as produções verbais relativas à emergência do aspecto imperfectivo contínuo por meio das morfologias progressiva e não progressiva em verbos de atividade, de estado, de processo culminado e de culminação. Verificamos que a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia não progressiva acontece antes da expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva apenas nos verbos de estado. Verificamos também que a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva ocorre primeiramente com verbos de atividade. Ao contrário das expectativas, a expressão do imperfectivo contínuo por meio da morfologia progressiva em verbos de estado e de culminação aconteceu no mesmo período, antes mesmo dos verbos de processo culminado. A partir da análise dos resultados, é possível questionar se os verbos tipicamente classificados como de estado sempre o são, uma vez que a associação desse tipo de verbo com uma morfologia progressiva pode dar um caráter dinâmico ao verbo, caráter que, a priori, um verbo tipicamente classificado como de estado não tem. |
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