A evolução dos complementos acusativos preposicionados em verbos psicológicos no português: uma investigação temporal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Praciano, Josué David
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/22500
Resumo: Este estudo aborda a evolução dos verbos psicológicos no português, com foco na presença de complementos acusativos preposicionados (PP-ACC). Os verbos psicológicos são tema de estudo recorrente na literatura linguística devido ao fato de sua configuração ser distinta de outras estruturas transitivas. Em O vinho agradou ao João, por exemplo, o predicado psicológico é constituído de um sujeito sintático Tema do evento e de um objeto Experienciador (cf. Belleti e Rizzi, 1988; Cançado, 1997, e.o.). Para analisar o comportamento histórico dessas construções em português, a pesquisa foi baseada em dados do projeto Tycho Brahe (Unicamp) e foi realizada com o auxílio de ferramentas computacionais como o Corpus Search online, ferramenta em desenvolvimento que auxilia em buscas mais rápidas e eficazes em bancos de dados. Os resultados mostram que, no geral, há um aumento na ocorrência de PP-ACCs nas estruturas analisadas no século XVII, com significativa queda no século XVIII. Com verbos psicológicos especificamente, contudo, a presença de PP-ACCs se mantém ao longo dos séculos, especificamente na variedade europeia do português (PE), sendo este fato distinto em português brasileiro moderno. A manutenção do PP-ACC em PE se dá em vista da grade temática combinada com a atribuição sintática desses predicados, na qual o Experienciador [+animado] recebe uma marca estrutural Acusativa por meio da preposição, garantindo, assim, seu desempenho como objeto. Além disso, o sujeito Tema é marcado como Nominativo e desempenha a função sintática de sujeito do evento.
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