Estratigrafia de um tabuleiro costeiro na região Sul do Espírito Santo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/12529 |
Resumo: | A Formação Barreiras é uma unidade litoestratigráfica de idade miocênica presente ao longo do litoral brasileiro desde o norte do Rio de Janeiro até o Amapá, associando-se a uma morfologia de tabuleiros costeiros. Devido a sua ampla distribuição geográfica, a unidade é considerada um importante marco estratigráfico do Cenozoico do Brasil. Na região sul do Espírito Santo, a Formação Barreiras é litologicamente composta por intervalos de arenitos, predominantes, com geometria tabular, estratificados ou maciços (nesse caso em decorrência de modificações pós-deposicionais), apresentando níveis conglomeráticos e intercalados por intervalos de lutitos maciços, laminados ou bioturbados, em geral pouco espessos. Uma característica marcante dos depósitos da Formação Barreiras, também evidente na região em estudo, é apresentarem-se muito ferruginizados. Na porção superior dos tabuleiros costeiros, verifica-se comumente uma cobertura areno-argilosa de coloração amarelada, denominada genericamente como “depósitos pós-Barreiras”, tratada na literatura tanto como uma nova unidade estratigráfica quanto como produto de processos pedogenéticos. Um aspecto importante para essa discussão é justamente a presença frequente de um nível ferruginoso desenvolvido no contato entre os depósitos da Formação Barreiras e os materiais “pós-Barreiras”. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo realizar a caracterização estratigráfica dos tabuleiros costeiros na região sul do Espírito Santo, discutindo particularmente a relação entre os depósitos da Formação Barreiras e a cobertura “pós-Barreiras”. Busca-se, também, a descrição, caracterização e interpretação estratigráfica dos aspectos da ferruginização dos depósitos da Formação Barreiras. Para a realização do estudo foi selecionado um afloramento exposto em uma falésia ao sul da cidade de Marataízes. A metodologia adotada envolve o levantamento de perfil sedimentológico, na escala 1:20, incluindo a descrição dos depósitos da Formação Barreiras e dos materiais de cobertura, com especial atenção aos níveis de couraça ferruginosa; e a coleta de amostras, em cada nível de ferruginização, para a realização de análises petrográficas. O perfil elaborado totalizou 25 metros, abrangendo toda a espessura de sedimentos expostos na falésia analisada. Os depósitos da Formação Barreiras nesse afloramento são caracterizados por intervalos areníticos predominantes, intercalados por intervalos lutíticos com espessuras variadas. O contato com a cobertura “pós-Barreiras” é marcado por uma couraça laterítica fragmentada de espessura decimétrica. A origem da cobertura “pós-Barreiras” nesse afloramento é relacionada à evolução pedogenética do perfil. Foram identificados outros dois níveis de ferruginização: um na base da falésia, em camadas de arenitos médios a grossos, associando-se a feições de morfologia colunar; e um na parte intermediária, correspondendo a couraças de óxidos/hidróxidos de ferro desenvolvidas no contato entre camadas areníticas e lutíticas, sugerindo uma relação com as diferenças de permeabilidade entre as litologias. |
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A Formação Barreiras é uma unidade litoestratigráfica de idade miocênica presente ao longo do litoral brasileiro desde o norte do Rio de Janeiro até o Amapá, associando-se a uma morfologia de tabuleiros costeiros. Devido a sua ampla distribuição geográfica, a unidade é considerada um importante marco estratigráfico do Cenozoico do Brasil. Na região sul do Espírito Santo, a Formação Barreiras é litologicamente composta por intervalos de arenitos, predominantes, com geometria tabular, estratificados ou maciços (nesse caso em decorrência de modificações pós-deposicionais), apresentando níveis conglomeráticos e intercalados por intervalos de lutitos maciços, laminados ou bioturbados, em geral pouco espessos. Uma característica marcante dos depósitos da Formação Barreiras, também evidente na região em estudo, é apresentarem-se muito ferruginizados. Na porção superior dos tabuleiros costeiros, verifica-se comumente uma cobertura areno-argilosa de coloração amarelada, denominada genericamente como “depósitos pós-Barreiras”, tratada na literatura tanto como uma nova unidade estratigráfica quanto como produto de processos pedogenéticos. Um aspecto importante para essa discussão é justamente a presença frequente de um nível ferruginoso desenvolvido no contato entre os depósitos da Formação Barreiras e os materiais “pós-Barreiras”. Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo realizar a caracterização estratigráfica dos tabuleiros costeiros na região sul do Espírito Santo, discutindo particularmente a relação entre os depósitos da Formação Barreiras e a cobertura “pós-Barreiras”. Busca-se, também, a descrição, caracterização e interpretação estratigráfica dos aspectos da ferruginização dos depósitos da Formação Barreiras. Para a realização do estudo foi selecionado um afloramento exposto em uma falésia ao sul da cidade de Marataízes. A metodologia adotada envolve o levantamento de perfil sedimentológico, na escala 1:20, incluindo a descrição dos depósitos da Formação Barreiras e dos materiais de cobertura, com especial atenção aos níveis de couraça ferruginosa; e a coleta de amostras, em cada nível de ferruginização, para a realização de análises petrográficas. O perfil elaborado totalizou 25 metros, abrangendo toda a espessura de sedimentos expostos na falésia analisada. Os depósitos da Formação Barreiras nesse afloramento são caracterizados por intervalos areníticos predominantes, intercalados por intervalos lutíticos com espessuras variadas. O contato com a cobertura “pós-Barreiras” é marcado por uma couraça laterítica fragmentada de espessura decimétrica. A origem da cobertura “pós-Barreiras” nesse afloramento é relacionada à evolução pedogenética do perfil. Foram identificados outros dois níveis de ferruginização: um na base da falésia, em camadas de arenitos médios a grossos, associando-se a feições de morfologia colunar; e um na parte intermediária, correspondendo a couraças de óxidos/hidróxidos de ferro desenvolvidas no contato entre camadas areníticas e lutíticas, sugerindo uma relação com as diferenças de permeabilidade entre as litologias. |
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