Perfil epidemiológico de pessoas vivendo com Diabetes Mellitus: diagnóstico da área de planejamento 3.1 do município do Rio de Janeiro em 2016
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/9447 |
Resumo: | O diabetes mellitus (DM) é uma morbidade que está frequentemente na origem de diversas doenças, que quando não controlada contribui para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, alterações renais e oftalmológicas, neuropatia periférica, úlceras e amputações de membros inferiores. Trata-se de um problema de saúde cujo manejo adequado no âmbito da Atenção Básica reduz os riscos de hospitalizações e óbitos por complicações. Segundo dados do relatório do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico- Vigitel, o município do Rio de Janeiro (MRJ) apresentou o maior quantitativo de indivíduos que autodeclararam possuir diagnóstico de DM dentre todas as capitais do Brasil em 2016, com prevalência estimada em 10,4%. Objetivo: Realizar diagnóstico da situação do Diabetes Mellitus no MRJ, com enfoque na Área de Planejamento 3.1 do em 2016. Metodologia: Estudo epidemiológico com delineamento seccional, no qual foram utilizados os dados de casos de diabetes mellitus cadastrados em unidades de Atenção Primária do Município do Rio de Janeiro (MRJ) até o ano de 2016. Os casos foram analisados segundo perfil sociodemográfico, tempo de diagnóstico, prática de atividade física e presença de comorbidades, sendo classificados segundo risco de complicações utilizando uma proposta de estratificação de risco adaptada do Modelo de Atenção às Condições Crônicas (MACC) de Eugenio Villaça Mendes (2011). Resultados: Os achados indicam elevada proporção de casos de DM sem acompanhamento em 2016, juntamente com elevada prevalência de pessoas classificadas com muito alto risco (42,3%). As mulheres compuseram a maior parcela dentre os cadastrados e acompanhados no MRJ e na AP 3.1. Além disso, observou-se maior frequência de população autodeclarada negra, assim como de usuários com grau de escolaridade inferior ao ensino médio e faixa etária predominante com 40 anos ou mais, tanto no MRJ quanto na AP 3.1. Conclusões: Os achados revelam a gravidade da situação do diabetes mellitus na área de planejamento 3.1 e no município como um todo, caracterizada pela elevada frequência de casos de DM sugestivos de alto risco de complicações sem o acompanhamento preconizado para controle glicêmico. Neste cenário, a utilização de uma proposta de estratificação de riscos dos casos prevalentes revela-se como necessária e urgente para reorganização do cuidado prestado ao usuário no âmbito da atenção primária, com vistas ao fortalecimento do vínculo do usuário com a equipe para melhor acompanhamento e integralidade do cuidado. |
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