Análise estrutural da região entre as bacias do Parnaíba e do Araripe - investigando conexões geológicas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/18921 |
Resumo: | A Bacia do Parnaíba é uma bacia intracratônica fanerozoica originada pela reativação rúptil de estruturas do embasamento pré-cambriano formando rifts de direções NE-SW e E-W de idade Cambro-Ordoviciana, com uma fase sag flexural que se estende do Siluriano ao Triássico. No Eo-Jurássico e Eo-Cretáceo, ocorreram eventos magmáticos basálticos, que foram seguidos pela sedimentação jurocretácea preservada na porção centro norte da bacia. A Bacia do Araripe, de idade mesozoica, tem sua origem na reativação de estruturas NE-SW do embasamento por esforços extensivos durante a quebra do Gondwana. Esse evento extensional também afetou a sequência paleozoica da Bacia do Parnaíba. Atualmente as formações sedimentares cretáceas das duas bacias estão separadas por 430 km. Apesar da distância, os depósitos aptianos e albianos são bastante semelhantes em termos de fácies e conteúdo fossilífero. O objetivo deste trabalho é investigar se esses depósitos poderiam estar conectados através área em que hoje afloram as unidades paleozoicas da Bacia do Parnaíba. O estudo envolve uma análise estrutural da borda leste da Bacia do Parnaíba integrando lineamentos interpretados a partir de imagens SRTM e mapas magnetométricos com aplicação de diversos filtros de realce e quatro seções geológicas E-W realizadas em campo. Além das seções foi gerado um mapa estrutural na escala 1:250.000. Os resultados desta análise mostram que as estruturas do embasamento de trends principais E-W e NESW, lateralmente e abaixo das bacias do Parnaíba e Araripe, também estão presentes em unidades do Siluriano-Devoniano da Bacia do Parnaíba e do Cretáceo da Bacia do Araripe. Seguindo o trend NE-SW são encontrados diques, relacionados ao evento magmático do Eo-cretáceo (Formação Sardinha). Falhas e fraturas NWSE recortam todas as unidades sedimentares de ambas as bacias, mas não ocorrem de forma expressiva no embasamento. Na Bacia do Araripe, o trend de falhas NWSE deforma as camadas da unidade mais jovem, a Formação Exu. Na Serra de Ibiapaba, um trend de estruturas rúpteis N-S é o mais expressivo. Essas evidências levam à interpretação que os sistemas rúpteis NW-SE e N-S configuram as estruturas mais novas, consideradas como produto de deformação intraplaca posteriores à quebra do Gondwana. |
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