Vacina do sarampo no Brasil: uma cronologia em retrocesso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bonati, Victoria
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/20063
Resumo: Introdução: O sarampo é uma das doenças mais contagiosas do mundo e afeta principalmente crianças através de transmissão por secreções respiratórias ou por gotículas suspensas no ar, tendo como sintoma mais característico o surgimento de erupções cutâneas. Ao ser infectado, o paciente pode ter graves complicações no trato respiratório e no sistema nervoso central. A forma mais eficaz de prevenção é avacinação, que surgiu no Brasil em 1960, mas só foi implementada efetivamente em1973, com a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A partir de 1992,com a criação do Plano Nacional de Eliminação e Erradicação do Sarampo, a vacinação passou a ser progressiva em todo o país, gerando uma queda de 81% nonúmero de casos notificados: de 42.934 casos em 1991 para 7.934 casos em 1992. Em 2016, o país recebeu o certificado de livre de sarampo da OrganizaçãoPan-Americana de Saúde, porém, devido a cobertura vacinal ter diminuído por vários fatores, como exemplo, o movimento antivacina que ganhou força nas redes sociais com as "fake news” e o próprio sucesso da vacina, o país perdeu esse certificado e o sarampo tornou-se novamente uma preocupação de saúde pública. Objetivo: Portanto, este trabalho tem como objetivo apresentar através de uma cronologia o grande avanço em saúde pública com o controle do sarampo que foi alcançado através da vacinação, e seu subsequente retrocesso, com a queda da cobertura vacinal. Com isso, almejamos promover conscientização através de narrativa baseada em dados históricos de saúde e epidemiológicos. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão narrativa-descritiva cronológica, baseado em dados epidemiológicos acerca da doença sarampo, utilizando as bases de dados eletrônicas e sites de órgãos oficiais. Resultados e discussão: O número mais alto de incidência de sarampo no Brasil foi em 1986, atingindo um registro de 129.942 casos. Com a primeira campanha nacional de vacinação em 1992, alcançou-se 96% de cobertura vacinal, com consequente redução de 81% na taxa de incidência, entre 1991 a 1992. Porém, com quedas posteriores de vacinação houve aumento de incidência da doença e surtos como o ocorrido em 2018, que registrou mais de 10 mil casos no país, período em que a cobertura vacinal estava abaixo de 95%. Com isso, várias medidas nacionais foram tomadas para a rápida identificação de casos suspeitos e redução da transmissão, sendo a divulgação de campanhas de vacinação a mais fundamental delas. Conclusão: A vacinação em larga escala permitiu uma alta redução na incidência e mortalidade do sarampo, mas não sua erradicação. A queda das coberturas vacinais, principalmente relacionadas ao movimento antivacina, propiciou novos surtos. Sendo assim, é importante o conhecimento da história e dos dados epidemiológicos para propor medidas de combate ao movimento antivacina, considerado um impasse na prevenção e eliminação da doença.
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Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Farmácia) - Instituto de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Macaé, 2021.http://hdl.handle.net/11422/20063Submitted by Nadia Mattos (nadiamattos@macae.ufrj.br) on 2023-03-20T19:19:21Z No. of bitstreams: 1 VBONATI.pdf: 969969 bytes, checksum: 4360f860c19544f72ba8be0cd11ddeb1 (MD5)Approved for entry into archive by Lia Baião Feder (liabaiao@macae.ufrj.br) on 2023-03-30T18:46:13Z (GMT) No. of bitstreams: 1 VBONATI.pdf: 969969 bytes, checksum: 4360f860c19544f72ba8be0cd11ddeb1 (MD5)Made available in DSpace on 2023-03-30T18:46:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 VBONATI.pdf: 969969 bytes, checksum: 4360f860c19544f72ba8be0cd11ddeb1 (MD5) Previous issue date: 2021-11-16Introdução: O sarampo é uma das doenças mais contagiosas do mundo e afeta principalmente crianças através de transmissão por secreções respiratórias ou por gotículas suspensas no ar, tendo como sintoma mais característico o surgimento de erupções cutâneas. Ao ser infectado, o paciente pode ter graves complicações no trato respiratório e no sistema nervoso central. A forma mais eficaz de prevenção é avacinação, que surgiu no Brasil em 1960, mas só foi implementada efetivamente em1973, com a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). A partir de 1992,com a criação do Plano Nacional de Eliminação e Erradicação do Sarampo, a vacinação passou a ser progressiva em todo o país, gerando uma queda de 81% nonúmero de casos notificados: de 42.934 casos em 1991 para 7.934 casos em 1992. Em 2016, o país recebeu o certificado de livre de sarampo da OrganizaçãoPan-Americana de Saúde, porém, devido a cobertura vacinal ter diminuído por vários fatores, como exemplo, o movimento antivacina que ganhou força nas redes sociais com as "fake news” e o próprio sucesso da vacina, o país perdeu esse certificado e o sarampo tornou-se novamente uma preocupação de saúde pública. Objetivo: Portanto, este trabalho tem como objetivo apresentar através de uma cronologia o grande avanço em saúde pública com o controle do sarampo que foi alcançado através da vacinação, e seu subsequente retrocesso, com a queda da cobertura vacinal. Com isso, almejamos promover conscientização através de narrativa baseada em dados históricos de saúde e epidemiológicos. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão narrativa-descritiva cronológica, baseado em dados epidemiológicos acerca da doença sarampo, utilizando as bases de dados eletrônicas e sites de órgãos oficiais. Resultados e discussão: O número mais alto de incidência de sarampo no Brasil foi em 1986, atingindo um registro de 129.942 casos. Com a primeira campanha nacional de vacinação em 1992, alcançou-se 96% de cobertura vacinal, com consequente redução de 81% na taxa de incidência, entre 1991 a 1992. Porém, com quedas posteriores de vacinação houve aumento de incidência da doença e surtos como o ocorrido em 2018, que registrou mais de 10 mil casos no país, período em que a cobertura vacinal estava abaixo de 95%. Com isso, várias medidas nacionais foram tomadas para a rápida identificação de casos suspeitos e redução da transmissão, sendo a divulgação de campanhas de vacinação a mais fundamental delas. Conclusão: A vacinação em larga escala permitiu uma alta redução na incidência e mortalidade do sarampo, mas não sua erradicação. A queda das coberturas vacinais, principalmente relacionadas ao movimento antivacina, propiciou novos surtos. Sendo assim, é importante o conhecimento da história e dos dados epidemiológicos para propor medidas de combate ao movimento antivacina, considerado um impasse na prevenção e eliminação da doença.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de Ciências FarmacêuticasCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIACNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIASarampoVacinaçãoCobertura vacinalSaúde públicaMeaslesVaccinationVaccination coveragePublic HealthVacina do sarampo no Brasil: uma cronologia em retrocessoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/20063/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALVBONATI.pdfVBONATI.pdfapplication/pdf969969http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/20063/1/VBONATI.pdf4360f860c19544f72ba8be0cd11ddeb1MD5111422/200632023-11-30 00:00:35.141oai:pantheon.ufrj.br:11422/20063TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:00:35Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
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