Entoação regional no português do Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2000 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/4964 |
Resumo: | Descreve as marcas prosódicas responsáveis pela identificação de cinco falares do Brasil: o falar pernambucano, o falar baiano, o falar carioca, o falar paulista e o falar gaúcho, representados por gravações em que se registra a fala urbana culta de homens e mulheres residentes nas capitais dos estados em questão A descrição tem apoio na análise experimental e em modelos fonológicos da corrente auto-segmental métrica. No plano acústico-experimental, caracterizo o comportamento dos parâmetros duração, intensidade e frequência fundamental utilizando como ferramenta de decupagem da fala o programa computacional CECIL e empregando três procedimentos metodológicos distintos: 1) análise de dados provenientes das cinco cidades, recolhidos de outiva (sendo o critério de recolha haver marca perceptual de sotaque), e colhidos em dez gravações - cinco do Projeto NURC e cinco de um mesmo texto, lido por um informante (do sexo feminino) de cada cidade, 2) análise de dados provenientes das cinco capitais, recolhidos segundo o contexto de ocorrência - fim de Unidade Entoacional -, com ênfase na análise da fala baiana e da fala carioca através de um corpus composto de 24 gravações (12 do Projeto NURC - três homens e três mulheres cariocas, três homens e três mulheres baianas - e 12 de leitura, com igual distribuição entre os sexos); 3) análise comparativa de enunciados escolhidos, sem preocupação quantitativa, com o interesse unico de observar a qualidade das marcas identificadoras de um sotaque A descrição revela que, frente à multiplicidade de variáveis entoacionais, alguns padrões prosódicos fundamentais ao funcionamento da língua são comuns a todas as amostras Vê-se a fixação do parâmetro duração como identificador da sílaba tônica, a presença da linha de declinação caracterizando o contexto assertivo final e o padrão melódico ascendente pretônica - tônica caracterizando perguntas totais. De outra parte, os resultados apontam os parâmetros frequência fundamental e intensidade como os principais responsáveis para a diferenciação regional, determinando a proeminência das sílabas pretônicas nos falares do nordeste, da sílaba tônica na fala gaúcha e conferindo características ora do nordeste e ora do sul aos falares de Rio de Janeiro e São Paulo, o que os evidencia de fato como sítios de interseção. Sobretudo, mostro que o fenômeno é intermitente e que, embora a percepção de um falar regional seja prosodicamente clara para a maior parte dos falantes do português do Brasil, acham-se mais coincidências que diferenças no domínio da entoação. |
id |
UFRJ_d8e8be3cafe70d3967a533a3a5bfd6d4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/4964 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Cunha, Cláudia de Souzahttp://lattes.cnpq.br/3799132338763925http://lattes.cnpq.br/1654012012119108Callou, Dinah Maria Isenseehttp://lattes.cnpq.br/9305518977446202Leite, Yonne de Freitashttp://lattes.cnpq.br/2923976446374998Reis, César da Conceiçãohttp://lattes.cnpq.br/4825495076123064Abaurre, Maria Bernadete Marqueshttp://lattes.cnpq.br/4074898371818323Magalhães, José Olímpiohttp://lattes.cnpq.br/8232512604996588Moraes, João Antônio de2018-09-12T22:55:57Z2023-11-30T03:02:26Z2000-05-30http://hdl.handle.net/11422/4964Descreve as marcas prosódicas responsáveis pela identificação de cinco falares do Brasil: o falar pernambucano, o falar baiano, o falar carioca, o falar paulista e o falar gaúcho, representados por gravações em que se registra a fala urbana culta de homens e mulheres residentes nas capitais dos estados em questão A descrição tem apoio na análise experimental e em modelos fonológicos da corrente auto-segmental métrica. No plano acústico-experimental, caracterizo o comportamento dos parâmetros duração, intensidade e frequência fundamental utilizando como ferramenta de decupagem da fala o programa computacional CECIL e empregando três procedimentos metodológicos distintos: 1) análise de dados provenientes das cinco cidades, recolhidos de outiva (sendo o critério de recolha haver marca perceptual de sotaque), e colhidos em dez gravações - cinco do Projeto NURC e cinco de um mesmo texto, lido por um informante (do sexo feminino) de cada cidade, 2) análise de dados provenientes das cinco capitais, recolhidos segundo o contexto de ocorrência - fim de Unidade Entoacional -, com ênfase na análise da fala baiana e da fala carioca através de um corpus composto de 24 gravações (12 do Projeto NURC - três homens e três mulheres cariocas, três homens e três mulheres baianas - e 12 de leitura, com igual distribuição entre os sexos); 3) análise comparativa de enunciados escolhidos, sem preocupação quantitativa, com o interesse unico de observar a qualidade das marcas identificadoras de um sotaque A descrição revela que, frente à multiplicidade de variáveis entoacionais, alguns padrões prosódicos fundamentais ao funcionamento da língua são comuns a todas as amostras Vê-se a fixação do parâmetro duração como identificador da sílaba tônica, a presença da linha de declinação caracterizando o contexto assertivo final e o padrão melódico ascendente pretônica - tônica caracterizando perguntas totais. De outra parte, os resultados apontam os parâmetros frequência fundamental e intensidade como os principais responsáveis para a diferenciação regional, determinando a proeminência das sílabas pretônicas nos falares do nordeste, da sílaba tônica na fala gaúcha e conferindo características ora do nordeste e ora do sul aos falares de Rio de Janeiro e São Paulo, o que os evidencia de fato como sítios de interseção. Sobretudo, mostro que o fenômeno é intermitente e que, embora a percepção de um falar regional seja prosodicamente clara para a maior parte dos falantes do português do Brasil, acham-se mais coincidências que diferenças no domínio da entoação.Describe prosodic marks responsible for the identification of five Brazilian speeches: the Pernambuco speech, the Bahia speech, Rio’s, São Paulo's and Porto Alegre's speeches, spanning three major geographical areas - Northeast to South They are all represented by recordings of male and female subjects of higher educational groups, practicing urban speech and coming from State capitals. Description is supported by experimental analysis and phonological models of the metric auto-segmental theoretical lme. On the acoustical-experimental issue, I characterize the behavior of parameters such as duration, intensity and pitch, usmg CECIL computer program as speech analysis tool and usmg three different methodological procedures: 1) Data analysis from the five cities, collected from direct listening (criteria was the accent perception mark), and collected in ten recordings - five from the NURC Project and five out of a same text, read by an informant of the female sex of each city, 2) Data analysis from the five cities collected according to the context of the occurrence - end of Tonal Unity, with emphasis m the Bahia and Rio speeches, through a corpus of 24 recordings (12 from the NURC Project - three male and three female Rio subjects, also three male and three female Bahia subjects - and 12 out of readings, with equal sex distribution); 3) Comparative analysis of the chosen utterances, with no preoccupation regarding quantity, with the sole purpose of observing the quality of identifying marks of an accent Description shows that when facing the multiplicity of tonal variables some prosodic patterns fundamental to the proper functioning of a language are common to all the samples. The duration parameter is fixed as the identifier of the stressed syllable, the presence of the declination line characterizing the final assertive context, the melodic ascending pre-stressed pattem to the stressed pattern characterizing yes-no questions. On the other hand, results point out that pitch parameters and intensity are the main responsible for regional distinction, determining pre-stressed syllables prominence on Northeastern speeches, of the stressed syllable in Southern speech (Rio Grande do Sul) and conferring some Northeastern and Southern characteristics to São Paulo and Rio’s speeches, which definitely gives them intersection sites attributes. Above all I demonstrate that the phenomena is intermittent, and that although regional speech perception is prosodically comprehensible to most Brazilian Portuguese speakers, there are more coincidences than differences in the tonal field.Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-09-12T22:55:56Z No. of bitstreams: 1 412446.pdf: 32113025 bytes, checksum: 231367bb3ac629883a7e63480d942881 (MD5)Made available in DSpace on 2018-09-12T22:55:57Z (GMT). No. of bitstreams: 1 412446.pdf: 32113025 bytes, checksum: 231367bb3ac629883a7e63480d942881 (MD5) Previous issue date: 2000-05-30CAPESporUniversidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Letras VernáculasUFRJBrasilFaculdade de LetrasCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULASLíngua portuguesaProsódiaVersificaçãoRitmoFonologiaRegionalismoEntoação regional no português do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINAL412446.pdf412446.pdfapplication/pdf32113025http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4964/1/412446.pdf231367bb3ac629883a7e63480d942881MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4964/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/49642023-11-30 00:02:26.564oai:pantheon.ufrj.br:11422/4964TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:02:26Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Entoação regional no português do Brasil |
title |
Entoação regional no português do Brasil |
spellingShingle |
Entoação regional no português do Brasil Cunha, Cláudia de Souza CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS Língua portuguesa Prosódia Versificação Ritmo Fonologia Regionalismo |
title_short |
Entoação regional no português do Brasil |
title_full |
Entoação regional no português do Brasil |
title_fullStr |
Entoação regional no português do Brasil |
title_full_unstemmed |
Entoação regional no português do Brasil |
title_sort |
Entoação regional no português do Brasil |
author |
Cunha, Cláudia de Souza |
author_facet |
Cunha, Cláudia de Souza |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3799132338763925 |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1654012012119108 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cunha, Cláudia de Souza |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Callou, Dinah Maria Isensee |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/9305518977446202 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Leite, Yonne de Freitas |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2923976446374998 |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Reis, César da Conceição |
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4825495076123064 |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Abaurre, Maria Bernadete Marques |
dc.contributor.referee4Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4074898371818323 |
dc.contributor.referee5.fl_str_mv |
Magalhães, José Olímpio |
dc.contributor.referee5Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8232512604996588 |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Moraes, João Antônio de |
contributor_str_mv |
Callou, Dinah Maria Isensee Leite, Yonne de Freitas Reis, César da Conceição Abaurre, Maria Bernadete Marques Magalhães, José Olímpio Moraes, João Antônio de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS |
topic |
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::OUTRAS LITERATURAS VERNACULAS Língua portuguesa Prosódia Versificação Ritmo Fonologia Regionalismo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Língua portuguesa Prosódia Versificação Ritmo Fonologia Regionalismo |
description |
Descreve as marcas prosódicas responsáveis pela identificação de cinco falares do Brasil: o falar pernambucano, o falar baiano, o falar carioca, o falar paulista e o falar gaúcho, representados por gravações em que se registra a fala urbana culta de homens e mulheres residentes nas capitais dos estados em questão A descrição tem apoio na análise experimental e em modelos fonológicos da corrente auto-segmental métrica. No plano acústico-experimental, caracterizo o comportamento dos parâmetros duração, intensidade e frequência fundamental utilizando como ferramenta de decupagem da fala o programa computacional CECIL e empregando três procedimentos metodológicos distintos: 1) análise de dados provenientes das cinco cidades, recolhidos de outiva (sendo o critério de recolha haver marca perceptual de sotaque), e colhidos em dez gravações - cinco do Projeto NURC e cinco de um mesmo texto, lido por um informante (do sexo feminino) de cada cidade, 2) análise de dados provenientes das cinco capitais, recolhidos segundo o contexto de ocorrência - fim de Unidade Entoacional -, com ênfase na análise da fala baiana e da fala carioca através de um corpus composto de 24 gravações (12 do Projeto NURC - três homens e três mulheres cariocas, três homens e três mulheres baianas - e 12 de leitura, com igual distribuição entre os sexos); 3) análise comparativa de enunciados escolhidos, sem preocupação quantitativa, com o interesse unico de observar a qualidade das marcas identificadoras de um sotaque A descrição revela que, frente à multiplicidade de variáveis entoacionais, alguns padrões prosódicos fundamentais ao funcionamento da língua são comuns a todas as amostras Vê-se a fixação do parâmetro duração como identificador da sílaba tônica, a presença da linha de declinação caracterizando o contexto assertivo final e o padrão melódico ascendente pretônica - tônica caracterizando perguntas totais. De outra parte, os resultados apontam os parâmetros frequência fundamental e intensidade como os principais responsáveis para a diferenciação regional, determinando a proeminência das sílabas pretônicas nos falares do nordeste, da sílaba tônica na fala gaúcha e conferindo características ora do nordeste e ora do sul aos falares de Rio de Janeiro e São Paulo, o que os evidencia de fato como sítios de interseção. Sobretudo, mostro que o fenômeno é intermitente e que, embora a percepção de um falar regional seja prosodicamente clara para a maior parte dos falantes do português do Brasil, acham-se mais coincidências que diferenças no domínio da entoação. |
publishDate |
2000 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2000-05-30 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-09-12T22:55:57Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:02:26Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/4964 |
url |
http://hdl.handle.net/11422/4964 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Letras |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4964/1/412446.pdf http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/4964/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
231367bb3ac629883a7e63480d942881 dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097115269496832 |