Caracterização geológica do ortognaisse da Ponta do Marisco e da Praia da Joatinga, Rio de Janeiro, RJ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/6824 |
Resumo: | As rochas que afloram na região da Ponta do Marisco e da Praia da Joatinga, na capital do estado do Rio de Janeiro, pertencem ao Terreno Oriental da Faixa Móvel brasiliana Ribeira. Essa área apresenta excelentes afloramentos costeiros de um ortognaisse, denominado Gnaisse Archer na década de 80, sendo interpretado hoje como registro de um evento magmático pré-colisional correlacionável com o Arco ediacarano Rio Negro. Este trabalho tem como objetivo estudar e caracterizar este ortognaisse através de mapeamento geológico-estrutural em escala detalhada (1:2500), análises petrográfica, estrutural geométrica e cinemática. O ortognaisse, principal unidade aflorante, é uma rocha leucocrática a mesocrática de textura porfirítica recristalizada com composição granodiorítica a monzogranítica. Apresenta variação textural geralmente definida pela diferença de strain e também pela proporção de porfiroclastos (microclina). Apresenta inúmeras intrusões de veios de composição quartzo-feldspática (monzogranitos a sienogranitos) sin a pós tectônicos, normalmente paralelos a subparalelos à foliação tectônica principal Sn, ocorrendo em menor quantidade corpos com orientação discordante. Existe ainda enclaves de composição anfibolítica, que também são intrudidos por veios quartzo-feldspáticos, assim como há um enclave de granada biotita gnaisse fino interpretado como paraderivado, que sofreu fusão parcial gerando veios leucossomáticos contendo granada. Cortando todo o conjunto há um dique de diabásio de 45 metros de espessura. Com exceção deste e de veios pós tectônicos, todas as rochas exibem foliação com baixo a médio ângulo de mergulho para SW e NW. Ocasionalmente o ortognaisse apresenta lineação de estiramento mineral down dip. Ocorrem zonas de cisalhamento paralelas a subparalelas à Sn, com indicadores cinemáticos que mostram movimento extensional de topo para oeste-sudoeste e, subordinado, topo para leste, observados através de veios em boudins e arraste em foliação pretérita (drag). Posteriormente ocorrem zonas de cisalhamento com médio a alto ângulo de mergulho para o quadrante SW, mas também para o leste, que são oblíquas em relação a foliação principal Sn, e que demonstraram por indicadores cinemáticos como arraste (drag), componentes também extensionais. Os veios que preenchem essas zonas em geral não se apresentam deformados. Esse conjunto de estruturas dúcteis e dúcteis-rúpteis que afetam a Sn poderiam estar associadas a um ambiente colisional a tardi-colisional devido ao caráter extensional. Ocorrem duas direções principais de falhas e fraturas normais, a primeira associada à abertura do Atlântico Sul e a colocação do dique de diabásio, com direção NE-SW, e a segunda com direção ENE- WSW a WNW-ESSE, onde ocorrem por vezes cataclasitos e brechas. |
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Caracterização geológica do ortognaisse da Ponta do Marisco e da Praia da Joatinga, Rio de Janeiro, RJGeologia estruturalDomínio CosteiroTerreno OrientalPonta do Marisco (Rio de Janeiro, RJ)Praia da Joatinga (Rio de Janeiro, RJ)CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIAAs rochas que afloram na região da Ponta do Marisco e da Praia da Joatinga, na capital do estado do Rio de Janeiro, pertencem ao Terreno Oriental da Faixa Móvel brasiliana Ribeira. Essa área apresenta excelentes afloramentos costeiros de um ortognaisse, denominado Gnaisse Archer na década de 80, sendo interpretado hoje como registro de um evento magmático pré-colisional correlacionável com o Arco ediacarano Rio Negro. Este trabalho tem como objetivo estudar e caracterizar este ortognaisse através de mapeamento geológico-estrutural em escala detalhada (1:2500), análises petrográfica, estrutural geométrica e cinemática. O ortognaisse, principal unidade aflorante, é uma rocha leucocrática a mesocrática de textura porfirítica recristalizada com composição granodiorítica a monzogranítica. Apresenta variação textural geralmente definida pela diferença de strain e também pela proporção de porfiroclastos (microclina). Apresenta inúmeras intrusões de veios de composição quartzo-feldspática (monzogranitos a sienogranitos) sin a pós tectônicos, normalmente paralelos a subparalelos à foliação tectônica principal Sn, ocorrendo em menor quantidade corpos com orientação discordante. Existe ainda enclaves de composição anfibolítica, que também são intrudidos por veios quartzo-feldspáticos, assim como há um enclave de granada biotita gnaisse fino interpretado como paraderivado, que sofreu fusão parcial gerando veios leucossomáticos contendo granada. Cortando todo o conjunto há um dique de diabásio de 45 metros de espessura. Com exceção deste e de veios pós tectônicos, todas as rochas exibem foliação com baixo a médio ângulo de mergulho para SW e NW. Ocasionalmente o ortognaisse apresenta lineação de estiramento mineral down dip. Ocorrem zonas de cisalhamento paralelas a subparalelas à Sn, com indicadores cinemáticos que mostram movimento extensional de topo para oeste-sudoeste e, subordinado, topo para leste, observados através de veios em boudins e arraste em foliação pretérita (drag). Posteriormente ocorrem zonas de cisalhamento com médio a alto ângulo de mergulho para o quadrante SW, mas também para o leste, que são oblíquas em relação a foliação principal Sn, e que demonstraram por indicadores cinemáticos como arraste (drag), componentes também extensionais. Os veios que preenchem essas zonas em geral não se apresentam deformados. Esse conjunto de estruturas dúcteis e dúcteis-rúpteis que afetam a Sn poderiam estar associadas a um ambiente colisional a tardi-colisional devido ao caráter extensional. Ocorrem duas direções principais de falhas e fraturas normais, a primeira associada à abertura do Atlântico Sul e a colocação do dique de diabásio, com direção NE-SW, e a segunda com direção ENE- WSW a WNW-ESSE, onde ocorrem por vezes cataclasitos e brechas.Universidade Federal do Rio de JaneiroBrasilInstituto de GeociênciasUFRJSchmitt, Renata da Silvahttp://lattes.cnpq.br/2313290767284040Medeiros, Silvia Regina dehttp://lattes.cnpq.br/7464673635442663Bongiolo, Everton Marqueshttp://lattes.cnpq.br/7782253195806070Nascimento, Matheus Lopes do2019-03-25T17:10:42Z2023-12-21T03:04:48Z2019-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesishttp://hdl.handle.net/11422/6824porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJ2023-12-21T03:04:48Zoai:pantheon.ufrj.br:11422/6824Repositório InstitucionalPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestpantheon@sibi.ufrj.bropendoar:2023-12-21T03:04:48Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
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