“Só começar embrazan[d]o contigo": um estudo piloto sobre a avaliação da oclusiva precedida de vogal nasal no falar carioca

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Ísis Garcia Bastos
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/15778
Resumo: A presente pesquisa aborda a avaliação social da oclusiva precedida de vogal nasal – vN(d)o – na comunidade de fala do Rio de Janeiro, com o objetivo de investigar um possível estigma na ausência da consoante oclusiva nesse ambiente. A variável em questão já foi objeto de estudo em diferentes variedades do português brasileiro (PB), com dados de produção (FERREIRA, 2010; FERREIRA, TENANI & GONÇALVES, 2012; FREITAG, CARDOSO e PINHEIRO, 2018; GONÇALVES, 2018; MOLLICA & MATTOS, 1992). A partir dos resultados, alguns estudos apontam que a ausência da oclusiva seria a variante estigmatizada, tendo em vista que a ausência é mais observada entre falantes de menor escolaridade e de classes sociais mais baixas (GONÇALVES, 2018). Assim, tendo em vista a ausência de estudos de percepção sobre a variável, realizou-se, para este trabalho, um teste de percepção de forma remota com participantes voluntários de nível universitário do Rio de Janeiro, que escutaram 24 sentenças com a variável – sendo 08 com a oclusiva, 08 sem a oclusiva e 08 distratoras – gravadas por uma suposta candidata a âncora de jornal e avaliaram, em uma escala de aceitabilidade de 01 a 07, a sua aptidão para o cargo. Após a realização dos testes, os dados foram coletados e analisados com base no sexo dos falantes, a classificação gramatical, a conjugação verbal, a frequência de uso dos itens, a extensão dos vocábulos e as próprias variantes da variável vN(d)o. Os resultados da análise apontaram que, apesar de haver maior penalização dos itens sem a oclusiva em grande parte das variáveis, necessita-se de mais aprofundamento quanto a esse fenômeno em estudos futuros sobre percepção, sobretudo em relação a itens não-verbais e aos impactos da frequência na avaliação das variantes.
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