Maré: diários de um atlas temporário
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/18281 |
Resumo: | Historicamente os territórios de favela foram invisibilizados pela cartografia oficial da cidade do Rio de Janeiro e pelas múltiplas plataformas virtuais de mapas (Google Maps, Openstreetmap, etc.). O território da Maré, apesar de sua tradição de luta e de variados grupos sociais, políticos e culturais, não escapa a essa regra. Todavia, com a falta de representação dos territórios favelizados, começo a me questionar sobre a própria forma como essa representação cartográfica, apesar de escassa, ocorre. Que noção de território e cartografia é essa? Os dispositivos cartográficos técnicos tendem a representar um território estático, sem a presença do sujeito, suas ações, memórias e devaneios. Pautada numa suposta ideia de verdade, objetividade e imparcialidade, acabam por homogeneizar e invisibilizar o próprio sujeito em si. Desse modo, as minhas primeiras inquietações ao longo do trabalho foram: Como pensar uma cartografia da Maré que rompa com a hegemônica, isto é, que se paute nos sujeitos, suas ações e produções ? Uma cartografia da Maré como território vivido, híbrido, múltiplo, diverso e complexo (HAESBAERT, 2007). No trabalho utilizo os conceitos mobilizados pelos textos “pensar por montagem” (JACQUES, 2018), “pensar por nebulosas” (PEREIRA, 2018) e “pensar por Atlas” (TREVISAN, 2018) das arquitetas Paola Berenstein Jacques e Margareth Pereira e do arquiteto Ricardo Trevisan para problematizar as narrativas construídas sobre o território da Maré. Uma das minhas premissas para o projeto é a interdisciplinaridade, portanto a metodologia está pautada num processo cartográfico de sobreposição de documentos oriundos da literatura, da fotografia e do cinema. Todos os arquivos são produções locais do território da Maré. |
id |
UFRJ_e6106de2f026c8ad12040a31a69b5d49 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/18281 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
CASA NOVA, Giovana PaapeOliveira, JulianaPaiva, LarisseFrança, Fagner2022-08-09T21:11:31Z2023-11-30T03:05:09Z2022-02CASA NOVA, Giovana Paape. Maré: diários de um atlas temporário. 2022. 27 f. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022.http://hdl.handle.net/11422/18281Submitted by Dilza Alvim (dilza@fau.ufrj.br) on 2022-08-09T21:11:31Z No. of bitstreams: 1 GPCasaNova.pdf: 12679648 bytes, checksum: 5baf9924412fce958872a41be12b5b71 (MD5)Made available in DSpace on 2022-08-09T21:11:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 GPCasaNova.pdf: 12679648 bytes, checksum: 5baf9924412fce958872a41be12b5b71 (MD5) Previous issue date: 2022-02Historicamente os territórios de favela foram invisibilizados pela cartografia oficial da cidade do Rio de Janeiro e pelas múltiplas plataformas virtuais de mapas (Google Maps, Openstreetmap, etc.). O território da Maré, apesar de sua tradição de luta e de variados grupos sociais, políticos e culturais, não escapa a essa regra. Todavia, com a falta de representação dos territórios favelizados, começo a me questionar sobre a própria forma como essa representação cartográfica, apesar de escassa, ocorre. Que noção de território e cartografia é essa? Os dispositivos cartográficos técnicos tendem a representar um território estático, sem a presença do sujeito, suas ações, memórias e devaneios. Pautada numa suposta ideia de verdade, objetividade e imparcialidade, acabam por homogeneizar e invisibilizar o próprio sujeito em si. Desse modo, as minhas primeiras inquietações ao longo do trabalho foram: Como pensar uma cartografia da Maré que rompa com a hegemônica, isto é, que se paute nos sujeitos, suas ações e produções ? Uma cartografia da Maré como território vivido, híbrido, múltiplo, diverso e complexo (HAESBAERT, 2007). No trabalho utilizo os conceitos mobilizados pelos textos “pensar por montagem” (JACQUES, 2018), “pensar por nebulosas” (PEREIRA, 2018) e “pensar por Atlas” (TREVISAN, 2018) das arquitetas Paola Berenstein Jacques e Margareth Pereira e do arquiteto Ricardo Trevisan para problematizar as narrativas construídas sobre o território da Maré. Uma das minhas premissas para o projeto é a interdisciplinaridade, portanto a metodologia está pautada num processo cartográfico de sobreposição de documentos oriundos da literatura, da fotografia e do cinema. Todos os arquivos são produções locais do território da Maré.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilFaculdade de Arquitetura e UrbanismoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMOTerritórioCartografiaMontagemAtlasNebulosasFicçõesMaré: diários de um atlas temporárioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/18281/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALGPCasaNova.pdfGPCasaNova.pdfapplication/pdf12679648http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/18281/1/GPCasaNova.pdf5baf9924412fce958872a41be12b5b71MD5111422/182812023-11-30 00:05:09.072oai:pantheon.ufrj.br:11422/18281TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:05:09Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Maré: diários de um atlas temporário |
title |
Maré: diários de um atlas temporário |
spellingShingle |
Maré: diários de um atlas temporário CASA NOVA, Giovana Paape CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO Território Cartografia Montagem Atlas Nebulosas Ficções |
title_short |
Maré: diários de um atlas temporário |
title_full |
Maré: diários de um atlas temporário |
title_fullStr |
Maré: diários de um atlas temporário |
title_full_unstemmed |
Maré: diários de um atlas temporário |
title_sort |
Maré: diários de um atlas temporário |
author |
CASA NOVA, Giovana Paape |
author_facet |
CASA NOVA, Giovana Paape |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorCo1.none.fl_str_mv |
Oliveira, Juliana |
dc.contributor.advisorCo2.none.fl_str_mv |
Paiva, Larisse |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
CASA NOVA, Giovana Paape |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
França, Fagner |
contributor_str_mv |
França, Fagner |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO |
topic |
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ARQUITETURA E URBANISMO Território Cartografia Montagem Atlas Nebulosas Ficções |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Território Cartografia Montagem Atlas Nebulosas Ficções |
description |
Historicamente os territórios de favela foram invisibilizados pela cartografia oficial da cidade do Rio de Janeiro e pelas múltiplas plataformas virtuais de mapas (Google Maps, Openstreetmap, etc.). O território da Maré, apesar de sua tradição de luta e de variados grupos sociais, políticos e culturais, não escapa a essa regra. Todavia, com a falta de representação dos territórios favelizados, começo a me questionar sobre a própria forma como essa representação cartográfica, apesar de escassa, ocorre. Que noção de território e cartografia é essa? Os dispositivos cartográficos técnicos tendem a representar um território estático, sem a presença do sujeito, suas ações, memórias e devaneios. Pautada numa suposta ideia de verdade, objetividade e imparcialidade, acabam por homogeneizar e invisibilizar o próprio sujeito em si. Desse modo, as minhas primeiras inquietações ao longo do trabalho foram: Como pensar uma cartografia da Maré que rompa com a hegemônica, isto é, que se paute nos sujeitos, suas ações e produções ? Uma cartografia da Maré como território vivido, híbrido, múltiplo, diverso e complexo (HAESBAERT, 2007). No trabalho utilizo os conceitos mobilizados pelos textos “pensar por montagem” (JACQUES, 2018), “pensar por nebulosas” (PEREIRA, 2018) e “pensar por Atlas” (TREVISAN, 2018) das arquitetas Paola Berenstein Jacques e Margareth Pereira e do arquiteto Ricardo Trevisan para problematizar as narrativas construídas sobre o território da Maré. Uma das minhas premissas para o projeto é a interdisciplinaridade, portanto a metodologia está pautada num processo cartográfico de sobreposição de documentos oriundos da literatura, da fotografia e do cinema. Todos os arquivos são produções locais do território da Maré. |
publishDate |
2022 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-08-09T21:11:31Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2022-02 |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-11-30T03:05:09Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/bachelorThesis |
format |
bachelorThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
CASA NOVA, Giovana Paape. Maré: diários de um atlas temporário. 2022. 27 f. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/18281 |
identifier_str_mv |
CASA NOVA, Giovana Paape. Maré: diários de um atlas temporário. 2022. 27 f. Trabalho Final de Graduação (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2022. |
url |
http://hdl.handle.net/11422/18281 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/18281/2/license.txt http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/18281/1/GPCasaNova.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 5baf9924412fce958872a41be12b5b71 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1784097260374589440 |