Na calada da noite: silêncio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reis, Priscila Loureiro
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/8765
Resumo: Pensar no dizer pronunciado pela música é percorrer os caminhos que unificam pensamento, escuta e sentido. Pensar a música enquanto constituição inaugural do mundo e, por isto, geradora de sentido, é concebê-la junto à emergência do real que se dá no acontecimento da verdade como velar desvelante. A articulação da música com esta tensão de recolhimento e anúncio se dá em unidade com o silêncio: condição de possibilidades e para possibilidades de uma escuta que ausculta linguagem no cuidado de atender e corresponder ao imperativo vital de uma fala inaugural. É o apelo ofertado pelo real na procura do homem pelo sentido de ser. Na calada da noite o homem se depara com a sua finitude e decide recusar todos os ditames impostos pela cultura da funcionalidade técnico-científica que tenta cada vez mais automatizar, homogeneizar e padronizar sentidos e visões de mundo. Despertado para uma realidade misteriosa que nunca se ausentou, pode o homem se encantar com a palavra poética pronunciada pela voz das musas, das crianças e dos poetas, escutando na noite a musicalidade do silêncio que compõe o ser. A metodologia escolhida para o desenvolvimento deste trabalho foi a fenomenologia hermenêutica em diálogo principalmente com o pensamento de Martin Heidegger.
id UFRJ_e73cf8ef7e9ef064cc1f7850ca73bfa3
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/8765
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Reis, Priscila Loureirohttp://lattes.cnpq.br/6134119207706382http://lattes.cnpq.br/4584710158685992Ramalho, Celso Garcia de Araújohttp://lattes.cnpq.br/8473628183943891Castro, Manuel Antôniohttp://lattes.cnpq.br/9072314472807846Jardim, Antônio2019-07-11T16:16:58Z2023-11-30T03:03:36Z2017-12-11http://hdl.handle.net/11422/8765Pensar no dizer pronunciado pela música é percorrer os caminhos que unificam pensamento, escuta e sentido. Pensar a música enquanto constituição inaugural do mundo e, por isto, geradora de sentido, é concebê-la junto à emergência do real que se dá no acontecimento da verdade como velar desvelante. A articulação da música com esta tensão de recolhimento e anúncio se dá em unidade com o silêncio: condição de possibilidades e para possibilidades de uma escuta que ausculta linguagem no cuidado de atender e corresponder ao imperativo vital de uma fala inaugural. É o apelo ofertado pelo real na procura do homem pelo sentido de ser. Na calada da noite o homem se depara com a sua finitude e decide recusar todos os ditames impostos pela cultura da funcionalidade técnico-científica que tenta cada vez mais automatizar, homogeneizar e padronizar sentidos e visões de mundo. Despertado para uma realidade misteriosa que nunca se ausentou, pode o homem se encantar com a palavra poética pronunciada pela voz das musas, das crianças e dos poetas, escutando na noite a musicalidade do silêncio que compõe o ser. A metodologia escolhida para o desenvolvimento deste trabalho foi a fenomenologia hermenêutica em diálogo principalmente com o pensamento de Martin Heidegger.To think of the pronounced saying of music is to walk the paths that unify thought, listening and meaning. To think of music as the inaugural constitution of the world, and therefore, the generator of meaning, is to conceive it together with the emergence of the real that takes place in the event of truth as a veiling of revelation. The articulation of music with this tension of recollection and announcement takes place in unity with silence: condition of possibilities and possibilities of a listening that auscultates language in the care of attending and corresponding to the vital imperative of an inaugural speech. It is the appeal offered by the real in the search of man for the sense of being. In the dead of night the man is faced with his finitude and decides to reject all the dictates imposed by the culture of technical-scientific functionality that tries to increasingly automate, homogenize and standardize world views and visions. Awakened to a mysterious reality that has never been absent, man can be enchanted by the poetic word spoken by the voice of the muses, the children and the poets, listening at night to the musicality of the silence that composes the being. The methodology chosen for the development of this work was the hermeneutic phenomenology in dialogue mainly with the thought of Martin Heidegger.Submitted by Suelen Dias (biblioteca@musica.ufrj.br) on 2019-07-11T16:16:58Z No. of bitstreams: 1 871237(1).pdf: 801343 bytes, checksum: 2d0f2efda6fa80b091e5cc49b8fb60d5 (MD5)Made available in DSpace on 2019-07-11T16:16:58Z (GMT). No. of bitstreams: 1 871237(1).pdf: 801343 bytes, checksum: 2d0f2efda6fa80b091e5cc49b8fb60d5 (MD5) Previous issue date: 2017-12-11porUniversidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em MúsicaUFRJBrasilEscola de MúsicaCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES:ARTES::MUSICAFilosofia da músicaEstéticaNa calada da noite: silêncioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINAL871237(1).pdf871237(1).pdfapplication/pdf801343http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/8765/2/871237%281%29.pdf2d0f2efda6fa80b091e5cc49b8fb60d5MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/8765/3/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5311422/87652023-11-30 00:03:36.408oai:pantheon.ufrj.br:11422/8765TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:03:36Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Na calada da noite: silêncio
title Na calada da noite: silêncio
spellingShingle Na calada da noite: silêncio
Reis, Priscila Loureiro
CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES:ARTES::MUSICA
Filosofia da música
Estética
title_short Na calada da noite: silêncio
title_full Na calada da noite: silêncio
title_fullStr Na calada da noite: silêncio
title_full_unstemmed Na calada da noite: silêncio
title_sort Na calada da noite: silêncio
author Reis, Priscila Loureiro
author_facet Reis, Priscila Loureiro
author_role author
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6134119207706382
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4584710158685992
dc.contributor.author.fl_str_mv Reis, Priscila Loureiro
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Ramalho, Celso Garcia de Araújo
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8473628183943891
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Castro, Manuel Antônio
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9072314472807846
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Jardim, Antônio
contributor_str_mv Ramalho, Celso Garcia de Araújo
Castro, Manuel Antônio
Jardim, Antônio
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES:ARTES::MUSICA
topic CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES:ARTES::MUSICA
Filosofia da música
Estética
dc.subject.por.fl_str_mv Filosofia da música
Estética
description Pensar no dizer pronunciado pela música é percorrer os caminhos que unificam pensamento, escuta e sentido. Pensar a música enquanto constituição inaugural do mundo e, por isto, geradora de sentido, é concebê-la junto à emergência do real que se dá no acontecimento da verdade como velar desvelante. A articulação da música com esta tensão de recolhimento e anúncio se dá em unidade com o silêncio: condição de possibilidades e para possibilidades de uma escuta que ausculta linguagem no cuidado de atender e corresponder ao imperativo vital de uma fala inaugural. É o apelo ofertado pelo real na procura do homem pelo sentido de ser. Na calada da noite o homem se depara com a sua finitude e decide recusar todos os ditames impostos pela cultura da funcionalidade técnico-científica que tenta cada vez mais automatizar, homogeneizar e padronizar sentidos e visões de mundo. Despertado para uma realidade misteriosa que nunca se ausentou, pode o homem se encantar com a palavra poética pronunciada pela voz das musas, das crianças e dos poetas, escutando na noite a musicalidade do silêncio que compõe o ser. A metodologia escolhida para o desenvolvimento deste trabalho foi a fenomenologia hermenêutica em diálogo principalmente com o pensamento de Martin Heidegger.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017-12-11
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-07-11T16:16:58Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-30T03:03:36Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/8765
url http://hdl.handle.net/11422/8765
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Música
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola de Música
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/8765/2/871237%281%29.pdf
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/8765/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 2d0f2efda6fa80b091e5cc49b8fb60d5
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1784097149250699264