Diagnóstico situacional da hanseníase no estado do Rio de Janeiro no período de 2009 a 2019

• Autor(a) principal: Oliveira, Jaqueline dos Santos
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/18256
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::EPIDEMIOLOGIA; Hanseníase; Vigilância epidemiológica; Análise por conglomerados; Epidemiologia

Objetivo: realizar um diagnóstico da situação epidemiológica da hanseníase no estado do Rio de Janeiro durante o período de 2009 a 2019. Método: trata-se de um estudo ecológico com abordagem espacial, baseado em dados de notificação de casos novos de hanseníase do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), durante o período de 2009-2019. Foram realizadas análises descritivas por meio de gráficos e mapas temáticos dos indicadores prioritários selecionados para o estudo. Para análise de cluster da ocorrência de casos, foi utilizada a estatística de varredura SCAN. Resultados: a análise descritiva caracterizou a distribuição da hanseníase em nível estadual, regional e municipal. O Estado de apresentou tendência de decrescimento na incidência da hanseníase e um baixo desempenho em relação aos contatos examinados. O mesmo padrão foi encontrado na análise por regiões de saúde. Os municípios tiveram desempenhos variados na análise, os municípios que compõem a Baixada Fluminense apresentaram piores desempenhos nos indicadores. Na análise de cluster, considerando o cenário referente à detecção geral, o conglomerado com maior risco relativo (2,06) foi formado pelos municípios Itaboraí, Magé e Guapimirim. Em relação à detecção em menores de 15 anos, destaca-se o cluster formado pelos municípios de Magé, Duque de Caxias e Guapimirim cuja população correspondeu à 8,3% daquela do estado e concentrou 15,8% dos casos do período. Para o cenário referente à detecção de grau II de incapacidade, o cluster com maior risco relativo (2,86) foi formado pelos municípios de Magé, Duque de Caxias e Guapimirim. Quanto aos conglomerados simultâneo, foi identificada a presença de um clusters formado pelo município de Guapimirim (Região Serrana) e outro situado na região Metropolitana I, formado pelos municípios de Queimados, Japeri e Nova Iguaçu. Conclusão: Os resultados alcançados neste estudo podem contribuir para o planejamento, direcionamento e intensificação das ações de vigilância e controle da hanseníase ao demonstrar as regiões com baixa detecção, transmissão recente e diagnóstico tardio da doença.