Geologia estrutural, microtectônica e metamorfismo na Klippe Carrancas, sul de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Bruno Raphael Barbosa Melo de
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/4327
Resumo: Klippe Carrancas é uma estrutura regional formada durante a Orogênese Brasiliana e nela podem ser reconhecidas três fases de deformação, D1, D2 e D3. D1 gerou empurrões para sudeste, lineação de estiramento com caimento médio de 25 graus para sudeste e dobras apertadas com planos axiais de baixo mergulho para sudeste e eixo curvo. D2 gerou dobras assimétricas fechadas até apertadas com vergência para noroeste, planos axiais com mergulho médio de 45 graus para sudoeste-sudeste e eixos de baixo caimento para sudoeste-sudeste. D3 formou dobras abertas com planos axiais íngremes de traço norte-sul e eixos suaves para sul ou norte. A klippe inclui três unidades metassedimentares neoproterozóicas, da base para o topo, quartzitos com muscovita esverdeada, cloritóide filitos que passam a estaurolita xistos, ambos com intercalações de quartzitos e filitos grafitosos e, a terceira unidade, biotita xisto. O metamorfismo é bem registrado nos filitos e xistos, cuja matriz contêm quartzo, mica branca e minerais opacos, e no biotita xisto que contém também plagioclásio. Os filitos na parte norte da klippe contêm cloritóide, clorita e granada, caracterizando fácies xisto verde superior. A transição para fácies anfibolito é uma zona onde coexistem cloritóide e estaurolita. Ao sul os filitos passam a xistos de fácies anfibolito com granada e estaurolita. Cianita aparece em veios e depois nos estaurolita xistos. Mica branca, clorita e cloritóide substituem granada e estaurolita e sobrecrescem crenulações D3, caracterizando retro-metamorfismo tardi-D3 em fácies xisto-verde. No biotita xisto ocorre oligoclásio-andesina, granada, estaurolita e cianita sin-D2, e mica branca e clorita tardi a pós D3. Ocorrem também diminutos cristais de sillimanita, possivelmente, também associados a D3. Nas sucessões para-autóctones sob a klippe destaca-se estaurolita e cianita D2, durante D3 cresceu cloritóide e depois granada. Cloritóide, clorita e mica branca definem uma clivagem ardosiana D1 nos filitos que é dobrada e transposta para uma clivagem de crenulação ou xistosidade D2 com estaurolita e cianita. A fase D1 pode ser atribuída à evolução da Faixa Brasília, D2 a Faixa Ribeira e D3 vinculado a uma compressão regional leste-oeste.
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