Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Lara Freitas Costa
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/11029
Resumo: Aplicando a teoria Bakhthiniana de recepção literária, junto a aspectos da teoria de Barthes da morte do autor aos gêneros de terror, horror e thriller, agrupados sob o que Julio França chama de “literatura do medo”, o trabalho demonstra o potencial dessas obras, geralmente consideradas superficiais e de valor estritamente comercial pela crítica, para o comentário e crítica sociopolítica. Com o recorte de obras escritas por mulheres desde a concepção da literatura gótica até a contemporaneidade, somadas à interpretação feminina e feminista, é evidenciada uma infinidade de níveis de significado baseados na experiência social, política e cultural da mulher – todos igualmente possíveis, válidos e corretos. Embora a tradição masculina da crítica literária, fortalecida pelo posicionamento quase agressivo de autores como Stephen King, tenha disseminado para o senso comum a ideia de que a literatura do medo não possui significados possíveis além da história “pura e simples”, apresento que níveis de significado podem ser acessados pelo leitor atento, e que leitores que pertençam ao mesmo grupo social que (e, consequentemente, possuam experiências de vida semelhantes a) os autores possuem um potencial particular nesse exercício. Adicionalmente, são explorados os temas das expectativas sociais sobre a mulher em diversos recortes temporais e a relevância do estereótipo da mulher louca e histérica tanto para o controle da população feminina pelo patriarcado quanto para a construção de histórias na literatura do medo.
id UFRJ_f3bfcec48ecfdac1ee210b385471f2ec
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/11029
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Ferreira, Lara Freitas CostaJaguaribe, Beatrizhttp://lattes.cnpq.br/7158974952724770Paleólogo, Diegohttp://lattes.cnpq.br/1304509351351200Fragozo, Fernando Antonio Soares2020-01-14T15:37:07Z2023-11-30T03:03:44Z2018-11-27FERREIRA, Lara Freitas Costa. Gritando em código: níveis de significado femininos na literatura do medo. 2018. 102 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação – Habilitação em Produção Editorial) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.http://hdl.handle.net/11422/11029Submitted by Erica Resende (ericare@gmail.com) on 2019-10-16T18:24:35Z No. of bitstreams: 1 Lferreira.pdf: 850860 bytes, checksum: 8dc2bac4e2b7b31d6d983e892b0d80db (MD5)Made available in DSpace on 2020-01-14T15:37:07Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lferreira.pdf: 850860 bytes, checksum: 8dc2bac4e2b7b31d6d983e892b0d80db (MD5) Previous issue date: 2018-11-27Aplicando a teoria Bakhthiniana de recepção literária, junto a aspectos da teoria de Barthes da morte do autor aos gêneros de terror, horror e thriller, agrupados sob o que Julio França chama de “literatura do medo”, o trabalho demonstra o potencial dessas obras, geralmente consideradas superficiais e de valor estritamente comercial pela crítica, para o comentário e crítica sociopolítica. Com o recorte de obras escritas por mulheres desde a concepção da literatura gótica até a contemporaneidade, somadas à interpretação feminina e feminista, é evidenciada uma infinidade de níveis de significado baseados na experiência social, política e cultural da mulher – todos igualmente possíveis, válidos e corretos. Embora a tradição masculina da crítica literária, fortalecida pelo posicionamento quase agressivo de autores como Stephen King, tenha disseminado para o senso comum a ideia de que a literatura do medo não possui significados possíveis além da história “pura e simples”, apresento que níveis de significado podem ser acessados pelo leitor atento, e que leitores que pertençam ao mesmo grupo social que (e, consequentemente, possuam experiências de vida semelhantes a) os autores possuem um potencial particular nesse exercício. Adicionalmente, são explorados os temas das expectativas sociais sobre a mulher em diversos recortes temporais e a relevância do estereótipo da mulher louca e histérica tanto para o controle da população feminina pelo patriarcado quanto para a construção de histórias na literatura do medo.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilEscola de ComunicaçãoCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAOLiteraturaFeminismoSignificadoMedoGritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJORIGINALLferreira.pdfLferreira.pdfapplication/pdf850860http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/11029/1/Lferreira.pdf8dc2bac4e2b7b31d6d983e892b0d80dbMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/11029/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD5211422/110292023-11-30 00:03:44.9oai:pantheon.ufrj.br:11422/11029TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:03:44Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo
title Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo
spellingShingle Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo
Ferreira, Lara Freitas Costa
CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAO
Literatura
Feminismo
Significado
Medo
title_short Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo
title_full Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo
title_fullStr Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo
title_full_unstemmed Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo
title_sort Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo
author Ferreira, Lara Freitas Costa
author_facet Ferreira, Lara Freitas Costa
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira, Lara Freitas Costa
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Jaguaribe, Beatriz
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7158974952724770
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Paleólogo, Diego
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1304509351351200
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Fragozo, Fernando Antonio Soares
contributor_str_mv Jaguaribe, Beatriz
Paleólogo, Diego
Fragozo, Fernando Antonio Soares
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAO
topic CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO::JORNALISMO E EDITORACAO
Literatura
Feminismo
Significado
Medo
dc.subject.por.fl_str_mv Literatura
Feminismo
Significado
Medo
description Aplicando a teoria Bakhthiniana de recepção literária, junto a aspectos da teoria de Barthes da morte do autor aos gêneros de terror, horror e thriller, agrupados sob o que Julio França chama de “literatura do medo”, o trabalho demonstra o potencial dessas obras, geralmente consideradas superficiais e de valor estritamente comercial pela crítica, para o comentário e crítica sociopolítica. Com o recorte de obras escritas por mulheres desde a concepção da literatura gótica até a contemporaneidade, somadas à interpretação feminina e feminista, é evidenciada uma infinidade de níveis de significado baseados na experiência social, política e cultural da mulher – todos igualmente possíveis, válidos e corretos. Embora a tradição masculina da crítica literária, fortalecida pelo posicionamento quase agressivo de autores como Stephen King, tenha disseminado para o senso comum a ideia de que a literatura do medo não possui significados possíveis além da história “pura e simples”, apresento que níveis de significado podem ser acessados pelo leitor atento, e que leitores que pertençam ao mesmo grupo social que (e, consequentemente, possuam experiências de vida semelhantes a) os autores possuem um potencial particular nesse exercício. Adicionalmente, são explorados os temas das expectativas sociais sobre a mulher em diversos recortes temporais e a relevância do estereótipo da mulher louca e histérica tanto para o controle da população feminina pelo patriarcado quanto para a construção de histórias na literatura do medo.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-11-27
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-01-14T15:37:07Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-30T03:03:44Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv FERREIRA, Lara Freitas Costa. Gritando em código: níveis de significado femininos na literatura do medo. 2018. 102 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação – Habilitação em Produção Editorial) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/11029
identifier_str_mv FERREIRA, Lara Freitas Costa. Gritando em código: níveis de significado femininos na literatura do medo. 2018. 102 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Comunicação – Habilitação em Produção Editorial) – Escola de Comunicação, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018.
url http://hdl.handle.net/11422/11029
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Escola de Comunicação
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/11029/1/Lferreira.pdf
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/11029/2/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8dc2bac4e2b7b31d6d983e892b0d80db
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1784097165132431360