Gritando em código: níveis femininos de significado na literatura do medo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRJ |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11422/11029 |
Resumo: | Aplicando a teoria Bakhthiniana de recepção literária, junto a aspectos da teoria de Barthes da morte do autor aos gêneros de terror, horror e thriller, agrupados sob o que Julio França chama de “literatura do medo”, o trabalho demonstra o potencial dessas obras, geralmente consideradas superficiais e de valor estritamente comercial pela crítica, para o comentário e crítica sociopolítica. Com o recorte de obras escritas por mulheres desde a concepção da literatura gótica até a contemporaneidade, somadas à interpretação feminina e feminista, é evidenciada uma infinidade de níveis de significado baseados na experiência social, política e cultural da mulher – todos igualmente possíveis, válidos e corretos. Embora a tradição masculina da crítica literária, fortalecida pelo posicionamento quase agressivo de autores como Stephen King, tenha disseminado para o senso comum a ideia de que a literatura do medo não possui significados possíveis além da história “pura e simples”, apresento que níveis de significado podem ser acessados pelo leitor atento, e que leitores que pertençam ao mesmo grupo social que (e, consequentemente, possuam experiências de vida semelhantes a) os autores possuem um potencial particular nesse exercício. Adicionalmente, são explorados os temas das expectativas sociais sobre a mulher em diversos recortes temporais e a relevância do estereótipo da mulher louca e histérica tanto para o controle da população feminina pelo patriarcado quanto para a construção de histórias na literatura do medo. |
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