Interpretação paleodeposicional da formação Resende na extremidade oeste da Bacia de Taubaté, município de Jacareí/SP

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Braga, Luiz Felipe de Queiroz Ferreira
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRJ
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11422/5980
Resumo: A Formação Resende possui ampla representatividade nas bacias do segmento central do Rift Continental do Sudeste do Brasil (RCSB), constituindo o principal preenchimento sedimentar das bacias de Taubaté, Resende e Volta Redonda. A bacia de Taubaté apresenta área em torno de 3.200 Km², comprimento de 170 km, largura máxima de 20 km, sendo a maior do RCSB. Nessa bacia, as melhores exposições da Formação Resende ocorrem em sua extremidade oeste, nos cortes da Rodovia Dom Pedro I (SP-65), entre os km 7 e 2, no município de Jacareí/SP. O objetivo do trabalho é a caracterização paleodeposicional da Formação Resende na região. Como metodologia, foram confeccionados perfis estratigráficos em escala 1:20 e 1:40, além de interpretação de painéis arquiteturais em escala 1:100. Foram descritas 12 litofácies, que em conjuntos com os dados da arquitetura deposicional, permitiram separar estes depósitos em três associações de fácies. A Associação de Fácies 1, melhor representada ao sul da área, é caracterizada por espessos pacotes conglomeráticos e arenosos em contexto de canal, com camadas lamíticas subordinadas. Seguindo para norte ao longo da rodovia Dom Pedro I (SP-65), a proporção cascalho/areia diminui e as feições canalizadas são preenchidas por depósitos arenosos com estratificações cruzadas acanaladas. Neste setor da área de estudo, há um aumento significativo de depósitos lamíticos - interpretados como planícies de inundação - intercalados com camadas lenticulares de arenitos maciços resultantes do transbordamento de canais. Esta sucessão foi agrupada na Associação de Fácies 2. A Associação de Fácies 3, localizada mais ao norte da área estudada, representa os setores mais distais deste sistema aluvial, com feições de canais menores e isoladas sobre depósitos lamosos de planície de inundação, bem como depósitos arenosos decorrentes de leques de arrombamento. Estes depósitos são interpretados como pertencentes a um sistema distributário fluvial, onde as associações de fácies 1, 2 e 3 representam setores proximais, medianos e distais, respectivamente. Este sistema possui um padrão radial parecido com os de leques aluviais, devido à alta taxa de avulsão dos canais em zonas mais proximais. Esta interpretação difere dos paleoambientes deposicionais antes descritos para a Formação Resende nesta região.
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