VIVÊNCIAS DE ENFERMEIROS NO CUIDADO ÀS PESSOAS EM PROCESSO DE FINITUDE

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonçalves de Lima Lopes , Matheus Felipe
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Tenório de Melo , Yasmim Simão, Carneiro de Lucena Santos , Maria Willyanne, Lopes Oliveira , Diego Augusto, Sá Barreto Maciel , Ana Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Ciência Plural
Texto Completo: https://periodicos.ufrn.br/rcp/article/view/18828
Resumo: Introdução: Não há como negar que a morte constitui uma realidade comum nos hospitais, especialmente em setores como as Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Apesar da morte fazer parte do ciclo natural da vida, os profissionais de Enfermagem, geralmente, não são adequadamente preparados para lidar com ela, o que muitas vezes gera sentimentos de sofrimento. Durante a formação acadêmica o tema morte é pouco abordado e o profissional é incentivado a acreditar que somente a cura e a recuperação do paciente são características de um bom cuidado. Objetivo: Conhecer e explorar as vivências emocionais pregressas dos enfermeiros perante a finitude/morte e o processo de morrer em cuidados intensivos. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo de abordagem qualitativa. Utilizou-se como instrumento um questionário semiestruturado contendo 4 perguntas abertas. Foram entrevistados 10 profissionais enfermeiros que fazem parte do quadro de funcionários da Unidade de um Hospital do Agreste de Pernambuco. Resultados: Os resultados apontaram que a maior parte dos entrevistados referiu como sentimento negativo a tristeza diante do paciente em finitude, e como sentimento positivo compaixão. A principal dificuldade perante o doente em finitude foi a ausência de protocolos que definem e dão continuidade ao cuidado paliativo. O conforto como objetivo para aliviar a dor e sofrimento foi elencado como principal método para lidar com paciente em finitude. Constatando-se ainda o despreparo dos enfermeiros na graduação perante o processo de morrer.  Conclusões: As vivências dos enfermeiros perante a finitude podem causar adoecimento, visto que ainda se predomina sentimentos negativos na assistência, fato que pode ser explicado pela falta de preparação durante a graduação para lidar com a finitude/morte. Ainda há barreiras para implementar o CP nas UTIs, e associado a isto se tem a falta de profissionais enfermeiros com a compreensão da sua participação nas decisões da implementação dos cuidados paliativos. Palavras-Chave: Enfermagem; Morte; Cuidados Paliativos; Unidades de Terapia Intensiva.
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