Hume e as teorias morais vulgares

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, Marco Antonio Oliveira de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Princípios (Natal. Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/1402
Resumo: Quais sáo as teorias vulgares da moralidade criticadas por Hume na famosa passagem is-ought? Quais eram seus defensores? Neste ensaio, trato de algumas diferenças entre Hume e Hutcheson que podem iluminar algumas respostas. Hume, ao contrário de Hutcheson, combateu toda forma de separaçáo da natureza humana em componentes naturais e divinos. O conceito de simpatia cumpre uma funçáo essencial nesse aspecto. Há bons indícios de que o jovem Hume adotou no Tratado uma estratégia abertamente crítica a todas as teorias morais defendidas pelos pensadores, religiosos e moralistas de sua época. Isso inclui o voluntarismo contratualista, as éticas racionalistas, bem como as concepções religiosas influenciadas pelo dogmatismo evangélico escocês. Nisso Hume distanciou-se de Hutcheson, pois sua crítica também incluía as visões influenciadas pelas teorias do direito natural com referência na providência divina. A passagem is-ought sinaliza essa intençáo. Todavia, todo esse ímpeto juvenil resultou numa série de maus resultados pessoais, o que o levou, na maturidade a mitigar sua agressividade filosófica e a adotar, em seus escritos, uma atitude mais equilibrada.
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