A organização do Exército no Império brasileiro na primeira metade do século XIX: apontamentos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins dos Santos, Ana Claudia
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Mneme (Caicó. Online)
Texto Completo: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/9561
Resumo: A proposta deste artigo é realizar uma breve análise quanto à organização do Exército nas duas primeiras décadas da segunda metade do século XIX, que tinha sua fileira preenchida majoritariamente por meio do recrutamento forçado e as reformas implantadas pelo Ministério da Guerra. Para isso realizamos uma pesquisa bibliográfica e utilizamos dos relatórios do Ministério da Guerra, por meio dos quais observamos as medidas adotadas para viabilizar a organização militar, a importância e preocupação do governo imperial com a defesa da fronteira. O Exército tinha seu alto oficialato ocupado majoritariamente por membros da aristocracia. As formas de preenchimento das fileiras do Exército eram variadas, utilizando da contratação de mercenários e deslocamentos de Guardas Nacionais, como de voluntariado, engajamento e recrutamento forçado, sendo que este predominou durante todo o século XIX. Como se trata de uma sociedade escravista, o escravismo imprimiu suas bases para dificultar ainda mais o sistema de recrutamento e a formação de efetivos, assim como o serviço na Guarda Nacional. Em todo o Império, o Exército sofria com a falta de homens e de recursos materiais considerados adequados para atender as necessidades de defesa. Além de serem poucos, não atingindo a cota estabelecida como adequada para a defesa do Império, os praças que eram mal preparados, sem experiência ou preparo militar.  Essas dificuldades de mobilização resultaram em fronteiras mal guarnecidas, com contingente insuficiente para as necessidades militares do país.
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