Teatro Oficina e Nietzsche: o bode ainda canta
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Mneme (Caicó. Online) |
Texto Completo: | https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/10764 |
Resumo: | Surgido em 1958, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco o Teatro Oficina, ressignificado na década de 1980 como Uzyna-Uzona, é até hoje um dos terrenos mais férteis da cultura brasileira. José Celso Martinez Correa, um de seus fundadores e ainda diretor do grupo confunde-se não só com o Teatro Oficina, mas com a própria história do teatro brasileiro. Este artigo recupera momentos da trajetória criativa da companhia teatral para discutir como a crítica da cultura promovida por Nietzsche interfere no trabalho criativo do grupo alimentando as propostas estéticas e a atuação política do Oficina que principalmente a partir da série Os Sertões, de 2002 a 2007 se abriu ainda mais para um debate público que visa promover uma maneira mais democrática e libertaria de exercer a política e ocupar o espaço público. Podemos fazer um paralelo aos tempos sombrios e conservadores de hoje ao vivido por Nietzsche, afinal ao trazer o corpo para o centro do debate estético a partir da leitura que fez da tragédia grega sua intenção foi denunciar a fraqueza, o puritanismo e o espirito de rebanho da sociedade alemã daquele período, cenário não muito distante do que vemos hoje não só na Europa, mas no debate empobrecido que vemos no Brasil a partir do fortalecimento de discursos conservadores, intolerantes e que se baseiam na homogeneização como estratégia de (re)estabelecer a ordem. |
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Teatro Oficina e Nietzsche: o bode ainda cantaTeatro Oficina Uzyna Uzona. Nietzsche. Os Sertões. José Celso Martinez Corrêa.Surgido em 1958, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco o Teatro Oficina, ressignificado na década de 1980 como Uzyna-Uzona, é até hoje um dos terrenos mais férteis da cultura brasileira. José Celso Martinez Correa, um de seus fundadores e ainda diretor do grupo confunde-se não só com o Teatro Oficina, mas com a própria história do teatro brasileiro. Este artigo recupera momentos da trajetória criativa da companhia teatral para discutir como a crítica da cultura promovida por Nietzsche interfere no trabalho criativo do grupo alimentando as propostas estéticas e a atuação política do Oficina que principalmente a partir da série Os Sertões, de 2002 a 2007 se abriu ainda mais para um debate público que visa promover uma maneira mais democrática e libertaria de exercer a política e ocupar o espaço público. Podemos fazer um paralelo aos tempos sombrios e conservadores de hoje ao vivido por Nietzsche, afinal ao trazer o corpo para o centro do debate estético a partir da leitura que fez da tragédia grega sua intenção foi denunciar a fraqueza, o puritanismo e o espirito de rebanho da sociedade alemã daquele período, cenário não muito distante do que vemos hoje não só na Europa, mas no debate empobrecido que vemos no Brasil a partir do fortalecimento de discursos conservadores, intolerantes e que se baseiam na homogeneização como estratégia de (re)estabelecer a ordem.Mneme - Revista de Humanidades2017-05-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionPesquisa participativaapplication/pdfhttps://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/10764Mneme - Revista de Humanidades; v. 17 n. 39 (2016): Dossiê Sertão, sertões; 262-2741518-3394reponame:Mneme (Caicó. Online)instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNporhttps://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/10764/8354Copyright (c) 2017 Mneme - Revista de Humanidadesinfo:eu-repo/semantics/openAccessCarvalho, Francione Oliveira2017-05-02T01:06:47Zoai:periodicos.ufrn.br:article/10764Revistahttps://periodicos.ufrn.br/mnemePUBhttps://periodicos.ufrn.br/mneme/oai||muirakytan@uol.com.br1518-33941518-3394opendoar:2017-05-02T01:06:47Mneme (Caicó. Online) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Surgido em 1958, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco o Teatro Oficina, ressignificado na década de 1980 como Uzyna-Uzona, é até hoje um dos terrenos mais férteis da cultura brasileira. José Celso Martinez Correa, um de seus fundadores e ainda diretor do grupo confunde-se não só com o Teatro Oficina, mas com a própria história do teatro brasileiro. Este artigo recupera momentos da trajetória criativa da companhia teatral para discutir como a crítica da cultura promovida por Nietzsche interfere no trabalho criativo do grupo alimentando as propostas estéticas e a atuação política do Oficina que principalmente a partir da série Os Sertões, de 2002 a 2007 se abriu ainda mais para um debate público que visa promover uma maneira mais democrática e libertaria de exercer a política e ocupar o espaço público. Podemos fazer um paralelo aos tempos sombrios e conservadores de hoje ao vivido por Nietzsche, afinal ao trazer o corpo para o centro do debate estético a partir da leitura que fez da tragédia grega sua intenção foi denunciar a fraqueza, o puritanismo e o espirito de rebanho da sociedade alemã daquele período, cenário não muito distante do que vemos hoje não só na Europa, mas no debate empobrecido que vemos no Brasil a partir do fortalecimento de discursos conservadores, intolerantes e que se baseiam na homogeneização como estratégia de (re)estabelecer a ordem. |
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