A personagem na literatura portuguesa: uma leitura de O Crime do Padre Amaro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista odisséia |
Texto Completo: | https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/10788 |
Resumo: | Este estudo tem por norteamento central uma análise sobre a construção e a função das personagens Amaro e Amélia, da obra literária O Crime do Padre Amaro (1874), de Eça de Queirós. Visa, também, a uma abordagem sobre a sociedade de Leiria, em Portugal no século XIX, em que magistralmente o autor traça um perfil da vida provinciana e o regimento da Monarquia, Igreja e Burguesia, expondo a conduta das pessoas dominadas por esse sistema, a fim de criticar impiedosamente os valores que essa sociedade considerava como fundamentais. A opção por essa abordagem deve-se à evidência da corrente realista-naturalista, pois Eça mostra, através da ficção, como tal filosofia influenciou a vida dos habitantes fictícios da sociedade de Leiria e, principalmente, a ação das personagens principais, Amaro e Amélia, bem como a punição que esta sofre por provar do fruto proibido. Para tal, estudaram-se os postulados de Candido (1976), Reis (1999) e Citelli (2002), visando à compreensão dos mecanismos de construção de Amélia e as relações intrínsecas do resgate da identidade cultural e histórica de uma sociedade decadente em Portugal no século XIX, como também o comportamento e o discurso do clero e a punição que essa sociedade sofreu por ter sido dominada por pessoas inescrupulosas. De uma capacidade narrativa genial, Eça é minucioso na descrição das passagens da obra, pois faz um retrato crítico da sociedade de Leiria, o ambiente corrupto e responsável pelos desvios de Amaro e Amélia. |
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