J.R.R. TOLKIEN, O HOMEM DAS VINTE E QUATRO HORAS: CIÊNCIA E IMAGINAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: do Nascimento, Francyjonison Custodio
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: de Melo, Evaneide Maria
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Inter-legere
Texto Completo: https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/6537
Resumo: Para Gaston Bachelard, o homem, a grosso modo, possui uma “vida dupla”. Assim sendo, o homem é “uni-dual” e pode-se contemplar nesse homem duas faces: a diurna e a noturna. O primeiro é vinculado ao materialismo científico passo que o segundo possui relações com o materialismo imaginário. Delineando-se, portanto, o homem das vinte quatros horas, aquele que percorre, concomitantemente, a via onírica e a via intelectual, a poesia e a ciência. Partindo desse pressuposto, este artigo tem como objetivo analisar como a obra de John Ronald Reuel Tolkien (03/01/1892 – 02/09/1973), considerada pertencente ao gênero da Literatura Fantástica, além de estar imbuída de um discurso contra hegemônico, revela o homem noturno, indissociado do homem diurno. Para tanto, fez-se uso de levantamentos bibliográficos com um arcabouço teórico que compõe as discussões a respeito da filosofia bachelardiana e suas duas vias, sobretudo a imaginação material, bem como sobre aspectos da literatura tolkieniana e seu visível teor contra-hegemônico. Em consonância com esta última, investiga-se os conceitos de consolo, eucatástrofe e escape, desvelando a crítica tolkieniana a modernidade, a ciência moderna e, sobretudo, ao ideário positivista de que o progresso industrial e “científico” está associado ao progresso social e humano. Crítica esta que está presente na literatura tolkieniana e em outros escritos de sua autoria. Elucida-se, por fim, a indissociabilidade do filólogo e do escritor-criador, do homem noturno e do homem diurno em Tolkien; encontra-se, pois, a “perfeita simbiose” bachelardiana, uma harmonização que tende a findar na “antropologia completa”.
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