A construção e secularização dos cemitérios da cidade de Cuiabá nos Sécuos XIX e XX
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Inter-legere |
Texto Completo: | https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/4201 |
Resumo: | Até meados do século XIX os lugares dos mortos em Cuiabá, como em outras cidades e capitais de província do Império, estavam reservados no interior dos templos, lugares também definidos como de reuniões e onde se desenrolavam os principais rituais da vida de toda a comunidade. No entanto, desde a segunda metade do século XIX identificamos no âmbito da imprensa nacional, das discussões parlamentares, assim como nos Relatórios de Presidentes de Província e Códigos de Posturas, um conjunto de questionamentos referentes à jurisdição eclesiástica em torno da morte, das práticas de enterramento, dos rituais funerários, assim como da construção e administração dos cemitérios. Essas discussões não se detém ao campo do enterramento civil e da secularização dos cemitérios, mas são resultados de idéias disseminadas pelo movimento republicano em defesa dos ideais liberais e secularizantes que apontam para a desconstrução da tradicional hegemonia até então exercida pela Igreja católica sobre o cotidiano da população, a vida e a morte. A República faz retomar a discussão em torno dos cemitérios e das práticas de enterramento, desta feita, envolvendo a administração dos campos santos acirradamente disputada pela Igreja e pelo Estado. Esse processo foi denominado secularização dos cemitérios públicos. A partir da documentação disponibilizada pelo Arquivo Público de Mato Grosso - APMT e pelo Arquivo da Cúria Metropolitana de Cuiabá -ACMC, o objetivo deste artigo é apresentar uma discussão sobre o processo de secularização dos cemitérios da cidade de Cuiabá nos primeiros anos da República. |
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A construção e secularização dos cemitérios da cidade de Cuiabá nos Sécuos XIX e XXAté meados do século XIX os lugares dos mortos em Cuiabá, como em outras cidades e capitais de província do Império, estavam reservados no interior dos templos, lugares também definidos como de reuniões e onde se desenrolavam os principais rituais da vida de toda a comunidade. No entanto, desde a segunda metade do século XIX identificamos no âmbito da imprensa nacional, das discussões parlamentares, assim como nos Relatórios de Presidentes de Província e Códigos de Posturas, um conjunto de questionamentos referentes à jurisdição eclesiástica em torno da morte, das práticas de enterramento, dos rituais funerários, assim como da construção e administração dos cemitérios. Essas discussões não se detém ao campo do enterramento civil e da secularização dos cemitérios, mas são resultados de idéias disseminadas pelo movimento republicano em defesa dos ideais liberais e secularizantes que apontam para a desconstrução da tradicional hegemonia até então exercida pela Igreja católica sobre o cotidiano da população, a vida e a morte. A República faz retomar a discussão em torno dos cemitérios e das práticas de enterramento, desta feita, envolvendo a administração dos campos santos acirradamente disputada pela Igreja e pelo Estado. Esse processo foi denominado secularização dos cemitérios públicos. A partir da documentação disponibilizada pelo Arquivo Público de Mato Grosso - APMT e pelo Arquivo da Cúria Metropolitana de Cuiabá -ACMC, o objetivo deste artigo é apresentar uma discussão sobre o processo de secularização dos cemitérios da cidade de Cuiabá nos primeiros anos da República.UFRN2013-09-17info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/4201Revista Inter-Legere; n. 12 (2013): AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MORTE1982-1662reponame:Inter-legereinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNporhttps://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/4201/3439Copyright (c) 2014 Revista Inter-Legereinfo:eu-repo/semantics/openAccessRocha, Maria Aparecida Borges de Barros2013-09-17T15:26:49Zoai:periodicos.ufrn.br:article/4201Revistahttps://periodicos.ufrn.br/interlegerePUBhttps://periodicos.ufrn.br/interlegere/oai||interlegere@cchla.ufrn.br||analaudelina@uol.com.br1982-16621982-1662opendoar:2013-09-17T15:26:49Inter-legere - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Até meados do século XIX os lugares dos mortos em Cuiabá, como em outras cidades e capitais de província do Império, estavam reservados no interior dos templos, lugares também definidos como de reuniões e onde se desenrolavam os principais rituais da vida de toda a comunidade. No entanto, desde a segunda metade do século XIX identificamos no âmbito da imprensa nacional, das discussões parlamentares, assim como nos Relatórios de Presidentes de Província e Códigos de Posturas, um conjunto de questionamentos referentes à jurisdição eclesiástica em torno da morte, das práticas de enterramento, dos rituais funerários, assim como da construção e administração dos cemitérios. Essas discussões não se detém ao campo do enterramento civil e da secularização dos cemitérios, mas são resultados de idéias disseminadas pelo movimento republicano em defesa dos ideais liberais e secularizantes que apontam para a desconstrução da tradicional hegemonia até então exercida pela Igreja católica sobre o cotidiano da população, a vida e a morte. A República faz retomar a discussão em torno dos cemitérios e das práticas de enterramento, desta feita, envolvendo a administração dos campos santos acirradamente disputada pela Igreja e pelo Estado. Esse processo foi denominado secularização dos cemitérios públicos. A partir da documentação disponibilizada pelo Arquivo Público de Mato Grosso - APMT e pelo Arquivo da Cúria Metropolitana de Cuiabá -ACMC, o objetivo deste artigo é apresentar uma discussão sobre o processo de secularização dos cemitérios da cidade de Cuiabá nos primeiros anos da República. |
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