Impacto do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde materno-infantil: revisão sistemática
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51240 |
Resumo: | O consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) tem impactado negativamente na qualidade da dieta, no aumento de riscos de agravos à saúde e de doenças relacionadas ao excesso de peso na população adulta. Apesar disso, ainda há poucas evidências que estudem o impacto desse consumo na saúde materno-infantil. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar, a partir da literatura, a influência do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde de gestantes, mulheres lactantes e crianças. Foi realizada uma revisão sistemática registrada no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) (CRD42021236633), seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Metanalysis (PRISMA), nas bases de dados PubMed/Medline, Scopus, Web of Science, Scielo e diretório da CAPES. Os critérios de elegibilidade adotados foram: a) apresentar o consumo alimentar pela classificação NOVA, b) serem estudos observacionais desenvolvidos com a população de gestantes, mulheres lactantes ou lactentes/crianças; e c) análise de desfecho de saúde (nutricional e doenças) associados ao consumo de AUP. Todos os dados foram analisados e extraídos para uma planilha estruturada por duas revisoras independentes. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada com a Escala de Newcastle-Otawa (Rob 2). As buscas recuperaram 8.294 estudos e 24 contemplaram os critérios de elegibilidade. A maioria dos estudos incluídos era coorte (n=14, 58,3%), tinha gestantes como população (n=13, 54,2%) e apenas dois estudos avaliaram o consumo de AUP em neonatos e mulheres lactantes. Panoramicamente, observou-se que a maior participação de AUP na dieta das populações estudadas tem sido associada a diferentes desfechos materno-infantis, como aumento do ganho de peso e medidas de adiposidade, prejuízos no crescimento intrauterino, menor desenvolvimento cognitivo, efeitos na saciedade, maior desmame precoce, pior qualidade da dieta, alterações metabólicas (elevados níveis glicêmicos e PCR), asma, cáries, sintomas de depressão, provável inadequação na composição do leite materno e presença de substâncias tóxicas originadas da embalagem. Apenas dois dos estudos incluídos não apresentaram alta qualidade metodológica. Apesar da literatura limitada sobre o consumo de AUP e seus desfechos na saúde da população materno-infantil, o maior consumo de AUP impactou negativamente os indicadores de nutrição e desenvolvimento de doenças em todos as fases da vida estudadas. Considerando a expressiva participação desses alimentos na dieta, outros estudos devem ser realizados para investigar o impacto do consumo de AUP em diferentes indicadores de saúde, principalmente na fase da lactação, pois foi a que apresentou uma maior lacuna de conhecimento. |
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Oliveira, Priscila Gomes dehttps://orcid.org/0000-0002-4557-7861http://lattes.cnpq.br/9327337361160225https://orcid.org/0000-0002-2251-5967http://lattes.cnpq.br/5658288179573297Azevedo, Daniela Vasconcelos deLevy, Renata BertazziRodrigues, Karla Danielly da Silva Ribeiro2023-02-09T18:18:34Z2023-02-09T18:18:34Z2022-10-31OLIVEIRA, Priscila Gomes de. Impacto do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde materno-infantil: revisão sistemática. Orientador: Karla Danielly da Silva Ribeiro Rodrigues. 2022. 75f. Dissertação (Mestrado em Nutrição) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51240O consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) tem impactado negativamente na qualidade da dieta, no aumento de riscos de agravos à saúde e de doenças relacionadas ao excesso de peso na população adulta. Apesar disso, ainda há poucas evidências que estudem o impacto desse consumo na saúde materno-infantil. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar, a partir da literatura, a influência do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde de gestantes, mulheres lactantes e crianças. Foi realizada uma revisão sistemática registrada no International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) (CRD42021236633), seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Review and Metanalysis (PRISMA), nas bases de dados PubMed/Medline, Scopus, Web of Science, Scielo e diretório da CAPES. Os critérios de elegibilidade adotados foram: a) apresentar o consumo alimentar pela classificação NOVA, b) serem estudos observacionais desenvolvidos com a população de gestantes, mulheres lactantes ou lactentes/crianças; e c) análise de desfecho de saúde (nutricional e doenças) associados ao consumo de AUP. Todos os dados foram analisados e extraídos para uma planilha estruturada por duas revisoras independentes. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada com a Escala de Newcastle-Otawa (Rob 2). As buscas recuperaram 8.294 estudos e 24 contemplaram os critérios de elegibilidade. A maioria dos estudos incluídos era coorte (n=14, 58,3%), tinha gestantes como população (n=13, 54,2%) e apenas dois estudos avaliaram o consumo de AUP em neonatos e mulheres lactantes. Panoramicamente, observou-se que a maior participação de AUP na dieta das populações estudadas tem sido associada a diferentes desfechos materno-infantis, como aumento do ganho de peso e medidas de adiposidade, prejuízos no crescimento intrauterino, menor desenvolvimento cognitivo, efeitos na saciedade, maior desmame precoce, pior qualidade da dieta, alterações metabólicas (elevados níveis glicêmicos e PCR), asma, cáries, sintomas de depressão, provável inadequação na composição do leite materno e presença de substâncias tóxicas originadas da embalagem. Apenas dois dos estudos incluídos não apresentaram alta qualidade metodológica. Apesar da literatura limitada sobre o consumo de AUP e seus desfechos na saúde da população materno-infantil, o maior consumo de AUP impactou negativamente os indicadores de nutrição e desenvolvimento de doenças em todos as fases da vida estudadas. Considerando a expressiva participação desses alimentos na dieta, outros estudos devem ser realizados para investigar o impacto do consumo de AUP em diferentes indicadores de saúde, principalmente na fase da lactação, pois foi a que apresentou uma maior lacuna de conhecimento.The consumption of ultra-processed foods (UPF) has had a negative impact on the quality of the diet, increasing the risk of health problems and diseases related to overweight in the adult population. Despite this, there is still little evidence that studies the impact of this consumption on maternal and child health. The objective of this study was to evaluate, from the literature, the existence of an impact of the consumption of ultra-processed foods on the health of pregnant women, lactating women and children. A systematic review registered in the International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) (CRD42021236633) was performed, following the guidelines of the Preferred Reporting Items for Systematic Review and Metanalysis (PRISMA), in the PubMed/Medline, Scopus, Web of Science, Scielo and CAPES directory. The eligibility criteria adopted were: a) to present food consumption by the NOVA classification, b) to be observational studies developed with the population of pregnant women, lactating women or infants/children; and c) analysis of health outcomes (nutritional and diseases) associated with UPF consumption. All data were analyzed and extracted into a structured spreadsheet by two independent reviewers. The methodological quality of the studies was assessed using the Newcastle-Ottawa Scale (Rob 2). The searches retrieved 8.294 studies and 24 met the eligibility criteria. Most of the included studies were cohorts (n=14, 58.3%), had pregnant women as a population (n=13, 54.2%) and only two studies evaluated UPF consumption in neonates and lactating women. Panoramicly, it was observed that the greater participation of UPA in the diet of the populations studied has been associated with different maternal and child outcomes, such as increased weight gain and measures of adiposity, impaired intrauterine growth, lower cognitive development, effects on satiety, greater early weaning, poorer diet quality, metabolic alterations (high glycemic levels and CRP), asthma, caries, symptoms of depression, probable inadequacy in the composition of breast milk and the presence of toxic substances originating from the packaging. Only two of the included studies did not show high methodological quality.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃOUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::NUTRICAOClassificação NOVAPadrões alimentaresGestaçãoLactaçãoCriançaImpacto do consumo de alimentos ultraprocessados na saúde materno-infantil: revisão sistemáticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALImpactoconsumoalimentos_Oliveira_2022.pdfapplication/pdf1295032https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51240/1/Impactoconsumoalimentos_Oliveira_2022.pdfbe2a3c0e7bee5f47ff562da89a0b6007MD51123456789/512402023-02-09 15:19:21.703oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/51240Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-02-09T18:19:21Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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