Mortalidade de mulheres vítimas de violência relacionada às desigualdades sociais e violência urbana no Brasil, 2000 a 2012
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23032 |
Resumo: | Introdução: O Brasil possui um dos maiores índices de homicídios femininos do mundo. Entretanto, tal magnitude ainda não pode ser bem dimensionada, pois poucas pesquisas de base populacional foram desenvolvidas no país e os estudos, em sua maioria, ocorrem de forma isoladas no serviço de saúde e na Secretaria de Segurança. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e a evolução das taxas de mortalidade da violência de gênero no Brasil, no período de 2008-2012 e identificar possíveis determinantes ecológicos e sociais. Método: Estudo ecológico cuja variável dependente foi a Taxa de Mortalidade de mulheres vítimas de violência com idades entre 15 e 59 anos. Para a análise da autocorrelação espacial entre as 161 Regiões de Articulação Urbana (RAU) do Brasil foram aplicados os testes de Moran Global e local. O LISA e o teste de correlação de Pearson foram usados para avaliar a correlação entre a variável desfecho e as variáveis independentes (econômicas, demográficas, desigualdade de gênero, pobreza, desigualdade social, vulnerabilidade e de violência urbana). A verificação da evolução da mortalidade das mulheres, comparado a dos homens, no período de 2000-2012, foi feita através do JoinPoint. Resultados: No período de 2008 a 2012, 19 mil mulheres morreram vítimas de agressão no Brasil, o que resulta um coeficiente de mortalidade médio padronizado de 5,9 óbitos/100.000 habitantes. Dessas mulheres, a maioria era de jovens, solteiras, negras e de baixa escolaridade. Foi observada autocorrelação espacial para mortalidade por agressão em mulheres (I=0,4384;p=0,01), com maior concentração dos óbitos na região Sudeste, nas RAUs de Vitória, São Mateus, Colatina; na região Nordeste em Teixeira de Freitas, Ilhéus-Itabuna, Arapiraca, Maceió e João Pessoa; na região Norte em Redenção e Marabá; na região Sul, em Curitiba e na Região Centro-Oeste em Rio Verde. A violência urbana apresentou uma forte correlação com a mortalidade de mulheres vítimas de violência (I=0,38;r=0,88;p<0,05). Já as variáveis econômicas e sociodemográficos apresentaram fraca ou ausência de correlação. Entre os anos de 2000 a 2012 pode-se visualizar para o Brasil uma tendência crescente significativa da mortalidade de mulheres por agressão a partir de 2007, semelhante a encontrada também para a violência urbana. Conclusão: Entre as variáveis associadas ao evento, destaca-se a mortalidade masculina por agressão, indicando a importância da redução da violência estrutural como proteção das mulheres contra a violência. A mortalidade por violência contra mulher não se mostrou relacionada às demais características do entorno, o que se faz pensar que realmente perpassa fatores de classe, raça, escolaridade, religião e estado civil. |
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Costa, Anna Paula Serejo daDiniz, Carmen Simone GriloSouza, Dyego Leandro Bezerra deLopes Júnior, EdmilsonGondim, Grácia Maria de MirandaFerreira, Maria Angela Fernandes2017-05-18T22:46:00Z2017-05-18T22:46:00Z2016-03-04COSTA, Anna Paula Serejo da. Mortalidade de mulheres vítimas de violência relacionada às desigualdades sociais e violência urbana no Brasil, 2000 a 2012. 2016. 108f. Tese (Doutorado em Saúde Coletiva) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2016.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/23032Introdução: O Brasil possui um dos maiores índices de homicídios femininos do mundo. Entretanto, tal magnitude ainda não pode ser bem dimensionada, pois poucas pesquisas de base populacional foram desenvolvidas no país e os estudos, em sua maioria, ocorrem de forma isoladas no serviço de saúde e na Secretaria de Segurança. Objetivo: Analisar a distribuição espacial e a evolução das taxas de mortalidade da violência de gênero no Brasil, no período de 2008-2012 e identificar possíveis determinantes ecológicos e sociais. Método: Estudo ecológico cuja variável dependente foi a Taxa de Mortalidade de mulheres vítimas de violência com idades entre 15 e 59 anos. Para a análise da autocorrelação espacial entre as 161 Regiões de Articulação Urbana (RAU) do Brasil foram aplicados os testes de Moran Global e local. O LISA e o teste de correlação de Pearson foram usados para avaliar a correlação entre a variável desfecho e as variáveis independentes (econômicas, demográficas, desigualdade de gênero, pobreza, desigualdade social, vulnerabilidade e de violência urbana). A verificação da evolução da mortalidade das mulheres, comparado a dos homens, no período de 2000-2012, foi feita através do JoinPoint. Resultados: No período de 2008 a 2012, 19 mil mulheres morreram vítimas de agressão no Brasil, o que resulta um coeficiente de mortalidade médio padronizado de 5,9 óbitos/100.000 habitantes. Dessas mulheres, a maioria era de jovens, solteiras, negras e de baixa escolaridade. Foi observada autocorrelação espacial para mortalidade por agressão em mulheres (I=0,4384;p=0,01), com maior concentração dos óbitos na região Sudeste, nas RAUs de Vitória, São Mateus, Colatina; na região Nordeste em Teixeira de Freitas, Ilhéus-Itabuna, Arapiraca, Maceió e João Pessoa; na região Norte em Redenção e Marabá; na região Sul, em Curitiba e na Região Centro-Oeste em Rio Verde. A violência urbana apresentou uma forte correlação com a mortalidade de mulheres vítimas de violência (I=0,38;r=0,88;p<0,05). Já as variáveis econômicas e sociodemográficos apresentaram fraca ou ausência de correlação. Entre os anos de 2000 a 2012 pode-se visualizar para o Brasil uma tendência crescente significativa da mortalidade de mulheres por agressão a partir de 2007, semelhante a encontrada também para a violência urbana. Conclusão: Entre as variáveis associadas ao evento, destaca-se a mortalidade masculina por agressão, indicando a importância da redução da violência estrutural como proteção das mulheres contra a violência. A mortalidade por violência contra mulher não se mostrou relacionada às demais características do entorno, o que se faz pensar que realmente perpassa fatores de classe, raça, escolaridade, religião e estado civil.Introduction: Brazil there is one of the highest rates of female homicides in the world. However, this magnitude cannot scale well because few population-based surveys have been developed in the country and studies, mostly occur in isolated form in the health and security service. Objective: To analyze the spatial distribution and evolution of mortality rates of gender violence in Brazil, in the period 2008-2012 and identify possible ecological and social determinants. Method: An ecological study in which the dependent variable was the mortality rate of women victims of violence aged 15 to 59 years. For the analysis of spatial autocorrelation between 161 Urban Articulation Regions (RAU) of Brazil were applied the Global Moran tests and location. The LISA and the Pearson correlation test was used to evaluate the correlation between the outcome variable and the independent variables (economic, demographic, gender inequality, poverty, social inequality, vulnerability and urban violence). Verification of the evolution of mortality of women, compared to men in the period 2000-2012, was carried out by joinpoint. Results: In the period from 2008 to 2012, 19,000 women died assault victims in Brazil, resulting in a coeficient of standardized average mortality of 5.9 deaths / 100,000 inhabitants. These women, most were young, single, black and uneducated. spatial autocorrelation was observed for women in aggression mortality (I = 0.4384; p = 0.01), with the highest concentration of deaths in the Southeast, the RAU Vitória, São Mateus and Colatina; the Northeast region in Teixeira de Freitas, Ilhéus-Itabuna, Arapiraca, Maceió and João Pessoa; in the North in Redenção and Marabá; in the South, in Curitiba and in the Midwest Region in Rio Verde. Urban violence showed a strong correlation with the mortality of women victims of violence (I = 0.38; r = 0.88; p <0.05). As for the economic and socio-demographic variables were weak or no correlation. Between the years 2000 to 2012 can be displayed to Brazil a growing trend of significant mortality of women for assault from 2007, like also found to urban violence. Conclusion: Among the variables associated with the event, there is the male mortality by aggression, indicating the importance of reducing the structural violence as protection of women against violence. Mortality from violence against women was not related to other surrounding features, what makes you think that really permeates class factors, race, education, religion and marital status.Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAViolência domésticaViolênciaSaúde da mulherIniquidade socialAnálise espacialMortalidade de mulheres vítimas de violência relacionada às desigualdades sociais e violência urbana no Brasil, 2000 a 2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAnnaPaulaSerejoDaCosta_TESE.pdfAnnaPaulaSerejoDaCosta_TESE.pdfapplication/pdf3220115https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23032/1/AnnaPaulaSerejoDaCosta_TESE.pdfb579449cdab877cf36d917b3cf693e45MD51TEXTAnnaPaulaSerejoDaCosta_TESE.pdf.txtAnnaPaulaSerejoDaCosta_TESE.pdf.txtExtracted texttext/plain198685https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23032/4/AnnaPaulaSerejoDaCosta_TESE.pdf.txtdfbc21ea5c2a832e39fdc6f095dbd9a9MD54THUMBNAILAnnaPaulaSerejoDaCosta_TESE.pdf.jpgAnnaPaulaSerejoDaCosta_TESE.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2557https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/23032/5/AnnaPaulaSerejoDaCosta_TESE.pdf.jpg645f2337a0133e90eb6e31bfb9ea20d9MD55123456789/230322017-11-03 21:12:22.452oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/23032Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-04T00:12:22Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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