As jornadas de junho e os novos movimentos: uma análise sob a perspectiva marxista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Luana Vanessa Soares Pinto de
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/36202
Resumo: Presente trabalho discute os aspectos históricos, políticos e econômicos que fizeram insurgir no Brasil, no ano de 2013, o que chamamos de “Jornadas de Junho”. Tem como objetivo fazer uma análise dos novos movimentos que surgiram impulsionados pela conjuntura do ascenso de lutas. O trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica, de natureza qualitativa. O contexto que o Brasil viveu não estava descolado da conjuntura internacional, desde 2011 que a situação política do resto do mundo não é mais a mesma, a influência da Primavera Árabe aliada à crise econômica e aos planos de austeridade que estão sendo implementados pelos governo, impulsionam uma série de novos movimentos e protestos multitudinários. A partir de pesquisa bibliográfica, esse trabalho se propõe a relacionar os novos movimentos que surgiram a partir das jornadas de junho de 2013, com osmovimentos de outros países, identificando suas características triunfos e formas de mobilização, é o caso do movimento Anonymous, o Occupy All Stret nos EUA, e o Democracia já! na Espanha. É importante ressaltar que esses “fenômenos” revelam uma nova vanguarda que se formou desde o início da década de 1990, com a queda do socialismo no leste europeu, a partir da restauração do capitalismo nos países que formavam o bloco socialista. Esse fato alinhado ao auge da implementação do neoliberalismo, através das instâncias do regime democrático burguês, provocou um verdadeiro vendaval oportunista na esquerda mundial, várias organizações passaram à sustentar as táticas do imperialismo e do grande capital. A relação entre esses elementos provocou uma espécie de descrença na vanguarda que se forjara, e consequentemente, cria condições propícias para a influência do “anarquismo”, o fortalecimento do autonomismo e do individualismo. As lutas passam a ter uma pauta centrada nas “questões democráticas”, pontuais. Os novos movimentos rompem com os métodos tradicionais da classe operária e perdem de seu horizonte a luta pelo socialismo. A pesquisa revela que há um distanciamento entre os novos movimentos e os métodos tradicionais da democracia operária, tendo que ser superados para que a luta pelo socialismo volte a estar no horizonte dos jovens e trabalhadores de todo o mundo.
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