Análise de prescrições de antimicrobianos β-lactâmicos dispensados em uma farmácia comunitária da Zona Oeste de Natal/RN

• Autor(a) principal: Sousa, Gabrielly Farache Korler Lima de
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50074
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; antimicrobianos; prescrição; β-lactâmicos

Os antimicrobianos são substâncias naturais (antibióticos) ou sintéticas (quimioterápicos) que exercem papel de grande relevância na terapêutica das infecções, extinguindo ou inibindo o crescimento bacteriano, sem causar danos ao paciente. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as prescrições de antimicrobianos β-lactâmicos, a fim de traçar um perfil dos usuários dessa classe de medicamentos, bem como a de seus prescritores habituais, forma farmacêutica mais empregada posologia e tempo de tratamento, bem como a legibilidade, visando ao uso racional e seguro desses fármacos. Trata-se de um estudo exploratório, de caráter descritivo com uma abordagem qualitativa e quantitativa, por meio da análise das prescrições de antimicrobianos β-lactâmicos retidas em uma farmácia comunitária. Foram avaliadas cerca de 758 prescrições, das quais 281 (37,07%) pertenciam à classe dos β-lactâmicos. Os resultados demonstraram que o gênero prevalente nos usuários dessas prescrições foi o feminino (55,52%), onde a maioria adotou uma monodroga, (55,16%) embora fossem diversas as classes de antimicrobianos a que pertenciam e, a média de medicamentos por prescrição foi de 1,3. Tais medicamentos foram mais referenciados pelo nome genérico, atingindo um percentual de 80,78% cuja forma farmacêutica predominante foi a de comprimido, empregada por via oral, a qual esteve presente em 72,2% das receitas analisadas. No que tange à posologia houve o respeito ao regime posológico e a definição do período de tratamento encontrou-se ausente em apenas 3,9% desses receituários. De acordo com a classe de β-lactâmicos estudada, os medicamentos mais prescritos foram Amoxicilina (35,23%), Amoxicilina + Clavulanato de Potássio (32,74%) e Cefalexina (29,69%). No tocante à especialidade do prescritor, foi constatada a de Médicos sem especialização cursando a Residência Médica e Clínico Geral (31,32%), seguido de Cirurgião-dentista (21,35%) e Pediatra (14,59%). Pode-se concluir que os resultados se encontram concordantes com os padrões estabelecidos pela legislação sanitária vigente que regulamenta o uso de antimicrobianos, havendo a necessidade de estratégias para melhorar a redação dessas prescrições, relativa a não legibilidade que ainda incorrem em 27%, dificultando a dispensação desses medicamentos e seu uso seguro e racional pela população.