Efeito do Resveratrol frente à resposta inflamatória no modelo celular U937
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26765 |
Resumo: | O quadro denominado de estresse oxidativo parece ser um gatilho para o desenvolvimento de inúmeras patologias. Nesse cenário, a resposta inflamatória pode tornar-se um vilão para a homeostase, colocando em risco importantes vias de sinalização celular e nuclear. Frente a isso, o esforço em diminuir as sequelas de vias metabólicas disfuncionais tem ganhado força. Atualmente, muitos estudos têm proposto o uso de polifenois para reduzir uma resposta inflamatória exacerbada. O Resveratrol é um potente alvo por apresentar atividade antioxidante e funções biológicas importantes, sendo conhecido por exercer atividades cardioprotera, anticâncer, anti-inflamatória, neuroprotetora, entre outras. Nesse contexto, a fim de melhor elucidar como este antioxidante regula a inflamação, e revelar o perfil de transcrição gênica durante a resposta inflamatória em células expostas ao Resveratrol, foi utilizado o modelo celular de monócitos - U937. As células foram estimuladas com LPS por 24 h e co-incubadas com Resveratrol (15 μM) durante 4 h. Nossos resultados mostraram através de ensaios in vitro de viabilidade celular e apoptose, que o polifenol estudado não alterou a viabilidade celular como também não induziu morte celular programada. Através do sequenciamento do RNA mensageiro pela plataforma 454 foi revelado 8.671 genes diferencialmente expressos, sendo analisados os de fold change ≥2.0 e ≤-2.0. Os genes up regulados foram principalmente associados à transcrição, processos metabólicos, sistema imunológico e ciclo celular, enquanto que os genes down regulados estiveram associados aos processos de resposta inflamatória, transcrição e remodelação da cromatina. Comparando os dados do transcriptoma com as análises in vitro por imunoprecipitação e expressão proteica, observamos que o Resveratrol foi capaz de modular características epigenéticas como acetilação e metilação de histonas e não histonas. Pela primeira vez foi observada uma diminuição no padrão de acetilação de APE1/Ref-1 sem afetar a sua atividade de reparo. Em resumo, este estudo elucidou importantes processos biológicos relacionados ao efeito anti-inflamatório do Resveratrol, mostrando que o mesmo atua na regulação transcricional de genes relacionados a inflamação. |
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Pinheiro, Daniele Maria LopesUchoa, Adriana FerreiraDalmolin, Rodrigo Juliani SiqueiraSantos, André Quincozes dosClemente, Tatjana Keesen de Souza LimaLima, Lucymara Fassarella Agnez2019-03-13T21:42:25Z2019-03-13T21:42:25Z2018-11-09PINHEIRO, Daniele Maria Lopes. Efeito do Resveratrol frente à resposta inflamatória no modelo celular U937. 2018. 200f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2018.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26765O quadro denominado de estresse oxidativo parece ser um gatilho para o desenvolvimento de inúmeras patologias. Nesse cenário, a resposta inflamatória pode tornar-se um vilão para a homeostase, colocando em risco importantes vias de sinalização celular e nuclear. Frente a isso, o esforço em diminuir as sequelas de vias metabólicas disfuncionais tem ganhado força. Atualmente, muitos estudos têm proposto o uso de polifenois para reduzir uma resposta inflamatória exacerbada. O Resveratrol é um potente alvo por apresentar atividade antioxidante e funções biológicas importantes, sendo conhecido por exercer atividades cardioprotera, anticâncer, anti-inflamatória, neuroprotetora, entre outras. Nesse contexto, a fim de melhor elucidar como este antioxidante regula a inflamação, e revelar o perfil de transcrição gênica durante a resposta inflamatória em células expostas ao Resveratrol, foi utilizado o modelo celular de monócitos - U937. As células foram estimuladas com LPS por 24 h e co-incubadas com Resveratrol (15 μM) durante 4 h. Nossos resultados mostraram através de ensaios in vitro de viabilidade celular e apoptose, que o polifenol estudado não alterou a viabilidade celular como também não induziu morte celular programada. Através do sequenciamento do RNA mensageiro pela plataforma 454 foi revelado 8.671 genes diferencialmente expressos, sendo analisados os de fold change ≥2.0 e ≤-2.0. Os genes up regulados foram principalmente associados à transcrição, processos metabólicos, sistema imunológico e ciclo celular, enquanto que os genes down regulados estiveram associados aos processos de resposta inflamatória, transcrição e remodelação da cromatina. Comparando os dados do transcriptoma com as análises in vitro por imunoprecipitação e expressão proteica, observamos que o Resveratrol foi capaz de modular características epigenéticas como acetilação e metilação de histonas e não histonas. Pela primeira vez foi observada uma diminuição no padrão de acetilação de APE1/Ref-1 sem afetar a sua atividade de reparo. Em resumo, este estudo elucidou importantes processos biológicos relacionados ao efeito anti-inflamatório do Resveratrol, mostrando que o mesmo atua na regulação transcricional de genes relacionados a inflamação.The so-called oxidative stress seems to be a trigger for the development of numerous pathologies. In this scenario, the inflammatory response may become a villain for homeostasis, putting cell and nuclear signaling pathways at risk. Faced with this, the effort to reduce the sequelae of dysfunctional metabolic pathways has gained strength. Currently, many studies have proposed the use of polyphenols to reduce an exacerbated inflammatory response. Resveratrol is a potent target because of its antioxidant activity and important biological functions. It is known to exert cardioprotective, anti-cancer, anti-inflammatory, neuroprotective activities. In this context, in order to better elucidate how this antioxidant regulates inflammation, and to reveal the gene transcription profile during the inflammatory response in cells exposed to Resveratrol, U937 monocytic cells were used. Cells were stimulated with LPS for 24 h e co-incubated with Resveratrol (15 μM) for 4 h. Our results showed that the polyphenol studied was not able to alter cell viability as well as to induce programmed cell death by cell viability and apoptosis assays. Through Genome-wide RNA sequencing by 454 platform was revealed 8.671 differentially expressed genes, with fold change ≥2.0 and ≤-2.0 being analyzed. The upregulated genes were mostly associated to transcription, metabolic processes, immune system and cell cycle, while the downregulated genes were associated to processes as inflammatory response, transcription and chromatin remodeling. Comparing the transcriptome data with an in vitro analysis by immunoprecipitation and protein expression, we observed that Resveratrol is able to modulate epigenetic features as of histones and nonhistones acetylation and methylation. For the first time a decrease in APE1/Ref-1 acetylation pattern was observed without affecting your repair activity. In summary, this study elucidated important biological processes related to the anti-inflammatory effect of Resveratrol, showing that it acts on the transcriptional regulation of genes related to inflammation.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqCNPQ::CIENCIAS DA SAUDEResveratrolInflamaçãoRNAseqCromatinaTranscriçãoEfeito do Resveratrol frente à resposta inflamatória no modelo celular U937info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDEUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTEfeitoResveratrolfrente_Pinheiro_2018.pdf.txtEfeitoResveratrolfrente_Pinheiro_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain379232https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26765/2/EfeitoResveratrolfrente_Pinheiro_2018.pdf.txt4cd3c9ac44f3b104eccfbc5468c5a82aMD52THUMBNAILEfeitoResveratrolfrente_Pinheiro_2018.pdf.jpgEfeitoResveratrolfrente_Pinheiro_2018.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1278https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26765/3/EfeitoResveratrolfrente_Pinheiro_2018.pdf.jpgc0707841f1fc4b8ec86965bb9e8dd32fMD53ORIGINALEfeitoResveratrolfrente_Pinheiro_2018.pdfapplication/pdf6225981https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26765/1/EfeitoResveratrolfrente_Pinheiro_2018.pdf670f1194ff09d8e8d9b840689ada4923MD51123456789/267652019-05-26 03:14:21.346oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/26765Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T06:14:21Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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