Violência Obstétrica: a dor também tem cor
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48671 |
Resumo: | Este trabalho tem como objetivo geral analisar o fenômeno da violência obstétrica na realidade brasileira e suas nuances, como fruto do processo desnaturalização, precarização e mercantilização do parto, sobre influência da institucionalização da medicina e suas relações de poder hierárquicas, patriarcais e discriminatórias. Esse processo resultou na perda de autonomia e conhecimento da mulher sobre seu próprio corpo, principalmente sobre o ato de parir. Nesta perspectiva, delimitou-se como objetivos específicos: investigar a violência obstétrica e associa-la aos marcadores de raça, classe e gênero ao observar as mulheres negras como suas principais vítimas, assim como buscou-se evidenciar a expressão do racismo estrutural na atenção à saúde da mulher em ciclo gravídico-puerperal e da violência obstétrica perpetrada às mulheres negras, além de verificar a existência de algumas medidas de prevenção e de enfrentamento à violência obstétrica no âmbito do arcabouço jurídico-legal e de políticas públicas. O caminho metodológico escolhido para levantamento e aprofundamento de dados foi a pesquisa bibliográfica, que partiu de fontes construídas por materiais elaborados como livros e artigos científicos, que possibilitaram correlacionar a violência obstétrica com o racismo, o feminismo e a classe social, assim como a pesquisa documental, desenvolvida através de documentos impressos como: legislações, planos e políticas voltadas à gestante, ao parto e a saúde humanizada e documentos não impressos como, por exemplo, o documentário “O renascimento do parto”. Nesta perspectiva, a pesquisa realizada se caracterizou de cunho qualitativo ao examinar dados empíricos mapeados por estudos já existentes acerca de como se estrutura a violência obstétrica na sociedade brasileira e sendo sistematizados junto a problematização traçada nos objetivos do referente estudo. Destarte, com a análise empreendida ao longo da pesquisa, percebe-se que a violência obstétrica se manifesta de maneira sutil à mais explícita no âmbito institucional, seja ele público ou privado, atingindo principalmente as mulheres negras. Além disso, verificou-se a existência de medidas de prevenção e de enfrentamento à violência obstétrica, porém ainda há a necessidade de reforçar sua efetivação assim como encorajar o parto humanizado, visto como uma maneira de resgatar a autonomia e domínio da parturiente sobre seu corpo. |
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Cirino, Maria Andreza da SilvaSouza, Ilka Maria de LimaZacaron, Sabrina SilvaSouza, Anna Beatriz Valentim deSouza, Ilka Maria de Lima2022-07-25T17:30:30Z2022-07-25T17:30:30Z2022-07-14CIRINO, Maria Andreza da Silva. Violência Obstétrica: a dor também tem cor. 2022. 58f. Monografia (Graduação em Serviço Social) - Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48671Este trabalho tem como objetivo geral analisar o fenômeno da violência obstétrica na realidade brasileira e suas nuances, como fruto do processo desnaturalização, precarização e mercantilização do parto, sobre influência da institucionalização da medicina e suas relações de poder hierárquicas, patriarcais e discriminatórias. Esse processo resultou na perda de autonomia e conhecimento da mulher sobre seu próprio corpo, principalmente sobre o ato de parir. Nesta perspectiva, delimitou-se como objetivos específicos: investigar a violência obstétrica e associa-la aos marcadores de raça, classe e gênero ao observar as mulheres negras como suas principais vítimas, assim como buscou-se evidenciar a expressão do racismo estrutural na atenção à saúde da mulher em ciclo gravídico-puerperal e da violência obstétrica perpetrada às mulheres negras, além de verificar a existência de algumas medidas de prevenção e de enfrentamento à violência obstétrica no âmbito do arcabouço jurídico-legal e de políticas públicas. O caminho metodológico escolhido para levantamento e aprofundamento de dados foi a pesquisa bibliográfica, que partiu de fontes construídas por materiais elaborados como livros e artigos científicos, que possibilitaram correlacionar a violência obstétrica com o racismo, o feminismo e a classe social, assim como a pesquisa documental, desenvolvida através de documentos impressos como: legislações, planos e políticas voltadas à gestante, ao parto e a saúde humanizada e documentos não impressos como, por exemplo, o documentário “O renascimento do parto”. Nesta perspectiva, a pesquisa realizada se caracterizou de cunho qualitativo ao examinar dados empíricos mapeados por estudos já existentes acerca de como se estrutura a violência obstétrica na sociedade brasileira e sendo sistematizados junto a problematização traçada nos objetivos do referente estudo. Destarte, com a análise empreendida ao longo da pesquisa, percebe-se que a violência obstétrica se manifesta de maneira sutil à mais explícita no âmbito institucional, seja ele público ou privado, atingindo principalmente as mulheres negras. Além disso, verificou-se a existência de medidas de prevenção e de enfrentamento à violência obstétrica, porém ainda há a necessidade de reforçar sua efetivação assim como encorajar o parto humanizado, visto como uma maneira de resgatar a autonomia e domínio da parturiente sobre seu corpo.This work has as its general objective the phenomenon of obstetric violence in the Brazilian reality and its nuances, as a result of the process of denaturalization, precarization and commercialization of childbirth, under the influence of the institutionalization of medicine and its hierarchical, patriarchal and discriminatory power relations. This process resulted in the woman's loss of autonomy and knowledge about her own body, especially about the act of giving birth. In this perspective, the following specific objectives were defined: to investigate obstetric violence and associate it with race, class and gender markers by observing black women as its main victims, as well as seeking to highlight the expression of structural racism in attention to health of women in pregnancy-puerperal cycle and obstetric violence perpetrated against black women, in addition to verifying the existence of some measures to prevent and combat obstetric violence within the legal framework and public policies. The methodological path chosen for surveying and deepening data was through bibliographic research, which consists of sources built by materials prepared such as books and scientific articles that made it possible to correlate obstetric violence with racism, feminism and social class, as well as research documental through printed documents such as legislation, plans and policies aimed at pregnant women, childbirth and humanized health and non-printed documents such as, for example, the documentary “O renascimento do parto”. In this perspective, the research is characterized by a qualitative nature by examining empirical data mapped by existing studies on how obstetric violence is structured in Brazilian society and being systematized together with the problematization outlined in the objectives of the aforementioned study. Thus, with the analysis carried out throughout the research, it is clear that obstetric violence manifests itself in a subtle to more explicit way in the institutional sphere, whether public or private, affecting mainly black women. In addition, it was verified the existence of measures to prevent and combat obstetric violence, but there is still a need to reinforce their effectiveness, as well as to encourage humanized childbirth, seen as a way to rescue the autonomy and dominion of the parturient over her body. Keywords: Obstetric violence. Black women. Institutional racism.Universidade Federal do Rio Grande do NorteServiço SocialUFRNBrasilDepartamento de Serviço SocialViolência obstétricaMulheres negrasRacismo institucionalObstetric violenceBlack womenInstitutional racismViolência Obstétrica: a dor também tem corPhenomenon of Obstetric: the pain has color tooinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTCC_Maria Andreza_BANCAS TCC 2022.1.docxTCC_Maria Andreza_BANCAS TCC 2022.1.docxapplication/vnd.openxmlformats-officedocument.wordprocessingml.document1245871https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/48671/4/TCC_Maria%20Andreza_BANCAS%20TCC%202022.1.docxc594589a4f28c5a98bd6d10c6414b544MD54TCC_Maria Andreza_BANCAS TCC 2022.1.pdfTCC_Maria Andreza_BANCAS TCC 2022.1.pdfapplication/pdf1987237https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/48671/5/TCC_Maria%20Andreza_BANCAS%20TCC%202022.1.pdfa9e25eb857f65d28aa7245ca98aa173fMD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/48671/6/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD56123456789/486712022-07-25 14:30:31.201oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/48671Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-07-25T17:30:31Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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