Influência do turismo na comunidade de corais em recifes do Nordeste do Brasil
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/43348 |
Resumo: | A atividade turística em recifes de corais com foco no mergulho recreativo é um dos setores do turismo que mais cresce no mundo. Atualmente, diversos estudos demonstram os impactos que esta atividade causa nesses ecossistemas. O objetivo deste estudo é compreender os efeitos da atividade turística em um recife do nordeste brasileiro enfocando a comunidade de corais considerando como indicadores a abundância, o tamanho e saúde das colônias. Este trabalho foi desenvolvido no recife de Maracajaú, litoral norte do estado do Rio Grande do Norte. A coleta de dados ocorreu em seis sítios (3 turísticos e 3 controles), em quatro eventos amostrais ao longo de um ano e meio. Em cada sítio foram realizadas 6 transecções lineares de 30m de comprimento, por evento amostral. Foram intercalados 4 quadrados de 1m ao longo de cada transecção. Nestes quadrados foram identificadas e contabilizadas todas as colônias de corais duros por classe de tamanho (<5 cm, 5 – 10 cm, 10 – 20 cm e >20 cm) e classificadas por categoria de saúde (Saudável, Branqueada, Doente e Morta). Foram registradas quatro espécies de corais e uma de hidrocoral: Siderastrea stellata (Verrill, 1868), Favia gravida (Verrill, 1886), Porites astreoides (Lamark, 1816), Agaricia humilis (Verrill, 1902) e Millepora alcicornis (Linnaeus, 1758). O coral pétreo mais abundante, S. stellata, não exibiu diferenças significativas quanto à abundância média entre as áreas amostrais, classes de tamanho e categorias de saúde. As outras espécies exibiram diferenças na abundância, classes de tamanho e categorias de saúde, em virtude da presença da atividade turística. Colônias de F. gravida apresentaram maiores valores de: abundância total, colônias saudáveis, colônias <5cm e colônias de 5-10cm nas áreas controle. P. astreoides exibiu maior abundância de colônias saudáveis e de colônias entre 10-20cm nas áreas turísticas. A. humilis e M. alcicornis apresentaram baixa abundância no recife estudado, com 13 e 8 colônias respectivamente, dentre estas, apenas uma colonia de A. humilis e 2 de M. alcicornis foram registradas nas áreas turísticas. O presente estudo revelou que a atividade turística promove alterações na estrutura da comunidade coralínea e considera-se o coral F. gravida como uma possível espécie indicadora dos impactos turísticos. Estes resultados contribuem para um melhor entendimento dos impactos causados pelo mergulho recreativo em ambientes recifais além de colaborar na definição de indicadores e medidas de gestão eficazes na conciliação da conservação de ambientes recifais com atividades que gerem benefícios socioeconômicos. |
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Atualmente, diversos estudos demonstram os impactos que esta atividade causa nesses ecossistemas. O objetivo deste estudo é compreender os efeitos da atividade turística em um recife do nordeste brasileiro enfocando a comunidade de corais considerando como indicadores a abundância, o tamanho e saúde das colônias. Este trabalho foi desenvolvido no recife de Maracajaú, litoral norte do estado do Rio Grande do Norte. A coleta de dados ocorreu em seis sítios (3 turísticos e 3 controles), em quatro eventos amostrais ao longo de um ano e meio. Em cada sítio foram realizadas 6 transecções lineares de 30m de comprimento, por evento amostral. Foram intercalados 4 quadrados de 1m ao longo de cada transecção. Nestes quadrados foram identificadas e contabilizadas todas as colônias de corais duros por classe de tamanho (<5 cm, 5 – 10 cm, 10 – 20 cm e >20 cm) e classificadas por categoria de saúde (Saudável, Branqueada, Doente e Morta). Foram registradas quatro espécies de corais e uma de hidrocoral: Siderastrea stellata (Verrill, 1868), Favia gravida (Verrill, 1886), Porites astreoides (Lamark, 1816), Agaricia humilis (Verrill, 1902) e Millepora alcicornis (Linnaeus, 1758). O coral pétreo mais abundante, S. stellata, não exibiu diferenças significativas quanto à abundância média entre as áreas amostrais, classes de tamanho e categorias de saúde. As outras espécies exibiram diferenças na abundância, classes de tamanho e categorias de saúde, em virtude da presença da atividade turística. Colônias de F. gravida apresentaram maiores valores de: abundância total, colônias saudáveis, colônias <5cm e colônias de 5-10cm nas áreas controle. P. astreoides exibiu maior abundância de colônias saudáveis e de colônias entre 10-20cm nas áreas turísticas. 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