Qualidade do sono e sonolência diurna em adolescentes de Instituições de Ensino Técnico Federal do Rio Grande do Norte de acordo com o contexto urbano, sexo e idade
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44866 |
Resumo: | A adolescência é marcada, entre outros fatores, pelo aumento da sonolência diurna em consequência do sono insuficiente e de má qualidade, durante os dias letivos, sobretudo, em adolescentes que estudam em escolas públicas e privadas no turno da manhã. Contudo, não foi identificado até o momento, a avaliação do sono de estudantes do ensino técnico integrado de instituições federais de ensino. Além disso, dentre fatores sociais estudados, o contexto urbano vem sendo explorado como fator que pode impactar na quantidade e qualidade do sono, e sonolência diurna dos adolescentes. Portanto, o objetivo desse estudo é identificar a prevalência da má qualidade do sono e avaliar a relação da qualidade do sono e da sonolência diurna de adolescentes do ensino médio técnico integrado de instituições federais do RN (IFRN) de acordo com o contexto urbano, sexo e idade. Este estudo foi desenvolvido com 324 estudantes dos câmpus do IFRN Natal central, São Gonçalo do Amarante, Lajes e Santa Cruz, de ambos os sexos, que cursam o 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, no turno matutino. Para isso foram aplicados três questionários: “Ficha de Identificação”, “Índice de Qualidade do Sono de pittsburgh (IQSP)” e “Escala Pediátrica de Sonolência Diurna (PDSS)”. O teste Qui-quadrado (X2 ) foi utilizado para avaliar a frequência de distribuição da amostra total de acordo com o sexo (feminino/masculino) e qualidade do sono (boa/má), assim como, a distribuição do sexo e classificação da qualidade do sono em relação ao câmpus. A idade e o nível de sonolência diurna foram comparados entre os câmpus através do teste ANOVA (F). Para avaliar o quanto as variáveis independentes: câmpus, sexo e idade se associam a qualidade do sono e sonolência diurna, foi utilizado o modelo linear geral (General Linear Model). A amostra total desse estudo é composta por 53,70% de adolescentes do sexo feminino e 46,30% do sexo masculino, com diferença entre os sexos apenas no câmpus Natal, que apresenta maior predominância de adolescentes do sexo feminino (X 2 = 8.6; p = 0,003). A média de idade é de 15,8 (± 1 ano) para as meninas e 16,7 (± 1 ano) para os meninos, sendo o câmpus de São Gonçalo do Amarante com maior média de idade em relação ao câmpus de Natal, Lajes e Santa Cruz (F= 41,6; p < 0,001). A amostra total apresentou 71,6% de prevalência da má qualidade do sono e uma média geral de 7,35 ± 2,8. Houve diferença entre os câmpus, onde os adolescentes que estudam em Natal (X 2 = 9.2; p = 0,002) e São Gonçalo do Amarante (X 2 = 9.6; p < 0,001) apresentaram pior qualidade do sono em relação ao câmpus de Lajes. A média geral de sonolência diurna encontrada nesse estudo foi de 18,90 ± 4,9 e foram encontradas diferenças no nível de sonolência diurna entre os câmpus, de forma que Santa Cruz apresentou menor média de sonolência diurna em relação ao câmpus de Lajes e São Gonçalo do Amarante (F= 5,0; p = 0,002). Com relação ao câmpus, o pós teste evidenciou que a variável qualidade do sono não difere entre os diferentes contextos urbanos presentes nesse estudo. Em relação a sonolência diurna, os adolescentes que estudam no câmpus de Santa Cruz apresentam menor sonolência diurna (β = 0ª; p = 0,03), quando comparados a Lajes (β = 2.75; p < 0.01), e São Gonçalo do Amarante (β = 1.99; p < 0.01). A variável sexo demonstrou associação positiva com a qualidade do sono (β = 0,98; p = 0,02) e com a sonolência diurna (β = 2,9; p < 0,01), de forma que as adolescentes do sexo feminino apresentaram pior qualidade do sono e maior sonolência diurna em relação aos do sexo masculino. A variável idade não apresentou relação com a qualidade do sono e a sonolência diurna. Dessa forma pode-se perceber que a má qualidade do sono e altos índices de sonolência diurna estão presentes na vida dos estudantes do ensino médio técnico integrado, que estudam no turno matutino, em todas as faixas etárias. Contudo, essas consequências afetam principalmente as meninas, em todos os contextos sociais. |
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Dantas, Carla Deiziana de Limahttp://lattes.cnpq.br/6426519781901377http://lattes.cnpq.br/5997878957114840Medeiros, Anna Cecilia Queiroz dehttp://lattes.cnpq.br/6897910777769874Mendes, Rubia Aparecida Pereira de Carvalhohttp://lattes.cnpq.br/1499329109356526Souza, Jane Carla de2021-11-10T16:11:16Z2021-11-10T16:11:16Z2021-08-30DANTAS, Carla Deiziana de Lima. Qualidade do sono e sonolência diurna em adolescentes de Instituições de Ensino Técnico Federal do Rio Grande do Norte de acordo com o contexto urbano, sexo e idade. 2021. 92f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva - Facisa) - Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/44866A adolescência é marcada, entre outros fatores, pelo aumento da sonolência diurna em consequência do sono insuficiente e de má qualidade, durante os dias letivos, sobretudo, em adolescentes que estudam em escolas públicas e privadas no turno da manhã. Contudo, não foi identificado até o momento, a avaliação do sono de estudantes do ensino técnico integrado de instituições federais de ensino. Além disso, dentre fatores sociais estudados, o contexto urbano vem sendo explorado como fator que pode impactar na quantidade e qualidade do sono, e sonolência diurna dos adolescentes. Portanto, o objetivo desse estudo é identificar a prevalência da má qualidade do sono e avaliar a relação da qualidade do sono e da sonolência diurna de adolescentes do ensino médio técnico integrado de instituições federais do RN (IFRN) de acordo com o contexto urbano, sexo e idade. Este estudo foi desenvolvido com 324 estudantes dos câmpus do IFRN Natal central, São Gonçalo do Amarante, Lajes e Santa Cruz, de ambos os sexos, que cursam o 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, no turno matutino. Para isso foram aplicados três questionários: “Ficha de Identificação”, “Índice de Qualidade do Sono de pittsburgh (IQSP)” e “Escala Pediátrica de Sonolência Diurna (PDSS)”. O teste Qui-quadrado (X2 ) foi utilizado para avaliar a frequência de distribuição da amostra total de acordo com o sexo (feminino/masculino) e qualidade do sono (boa/má), assim como, a distribuição do sexo e classificação da qualidade do sono em relação ao câmpus. A idade e o nível de sonolência diurna foram comparados entre os câmpus através do teste ANOVA (F). Para avaliar o quanto as variáveis independentes: câmpus, sexo e idade se associam a qualidade do sono e sonolência diurna, foi utilizado o modelo linear geral (General Linear Model). A amostra total desse estudo é composta por 53,70% de adolescentes do sexo feminino e 46,30% do sexo masculino, com diferença entre os sexos apenas no câmpus Natal, que apresenta maior predominância de adolescentes do sexo feminino (X 2 = 8.6; p = 0,003). A média de idade é de 15,8 (± 1 ano) para as meninas e 16,7 (± 1 ano) para os meninos, sendo o câmpus de São Gonçalo do Amarante com maior média de idade em relação ao câmpus de Natal, Lajes e Santa Cruz (F= 41,6; p < 0,001). A amostra total apresentou 71,6% de prevalência da má qualidade do sono e uma média geral de 7,35 ± 2,8. Houve diferença entre os câmpus, onde os adolescentes que estudam em Natal (X 2 = 9.2; p = 0,002) e São Gonçalo do Amarante (X 2 = 9.6; p < 0,001) apresentaram pior qualidade do sono em relação ao câmpus de Lajes. A média geral de sonolência diurna encontrada nesse estudo foi de 18,90 ± 4,9 e foram encontradas diferenças no nível de sonolência diurna entre os câmpus, de forma que Santa Cruz apresentou menor média de sonolência diurna em relação ao câmpus de Lajes e São Gonçalo do Amarante (F= 5,0; p = 0,002). Com relação ao câmpus, o pós teste evidenciou que a variável qualidade do sono não difere entre os diferentes contextos urbanos presentes nesse estudo. Em relação a sonolência diurna, os adolescentes que estudam no câmpus de Santa Cruz apresentam menor sonolência diurna (β = 0ª; p = 0,03), quando comparados a Lajes (β = 2.75; p < 0.01), e São Gonçalo do Amarante (β = 1.99; p < 0.01). A variável sexo demonstrou associação positiva com a qualidade do sono (β = 0,98; p = 0,02) e com a sonolência diurna (β = 2,9; p < 0,01), de forma que as adolescentes do sexo feminino apresentaram pior qualidade do sono e maior sonolência diurna em relação aos do sexo masculino. A variável idade não apresentou relação com a qualidade do sono e a sonolência diurna. Dessa forma pode-se perceber que a má qualidade do sono e altos índices de sonolência diurna estão presentes na vida dos estudantes do ensino médio técnico integrado, que estudam no turno matutino, em todas as faixas etárias. Contudo, essas consequências afetam principalmente as meninas, em todos os contextos sociais.Adolescence is marked, among other factors, by increased daytime sleepiness as a result of insufficient and poor quality sleep during school days, especially in adolescents who study in the morning shift. However, the sleep assessment of students in integrated technical education at federal institutions has not been identified so far. In addition, among social factors studied, the urban context has been explored as a factor that can impact the quantity and quality of sleep, and daytime sleepiness of adolescents. Therefore, the objective of this study is to identify the prevalence of poor sleep quality and assess the relationship between sleep quality and daytime sleepiness in adolescents from the integrated technical high school of federal institutions in RN (IFRN) according to the urban context, gender and age. This study was carried out with 324 students from the campuses of the IFRN Natal central, São Gonçalo do Amarante, Lajes and Santa Cruz, of both genders, who attend the 1st, 2nd and 3rd year of high school, in the morning shift. For this, three questionnaires were applied: “Identification Form”, “Pittsburgh Sleep Quality Index (IQSP)” and “Pediatric Day Sleepiness Scale (PDSS)”. The Chi-square test (X2) was used to assess the frequency of distribution of the total sample according to sex (female/male) and sleep quality (good/poor), as well as sex distribution and quality classification. of sleep in relation to the campus. Age and daytime sleepiness level were compared between campuses using the ANOVA (F) test. To assess how much the independent variables: campus, sex and age are associated with sleep quality and daytime sleepiness, the general linear model (General Linear Model) was used. The total sample showed a 71.6% prevalence of poor sleep quality and an overall mean of 7.35 ± 2.8. There was a difference between the campuses, where adolescents studying in Natal (X2 = 9.2; p = 0.002) and São Gonçalo do Amarante (X2 = 9.6; p < 0.001) had worse sleep quality compared to the Lajes campus. The general average of daytime sleepiness found in this study was 18.90 ± 4.9 and differences were found in the level of daytime sleepiness between the campuses, so that Santa Cruz had a lower average of daytime sleepiness in relation to the Lajes and São campuses Gonçalo do Amarante (F=5.0; p=0.002). Regarding the campus, the post-test showed that the sleep quality variable does not differ between the different urban contexts present in this study. Regarding daytime sleepiness, adolescents who study on the Santa Cruz campus have less daytime sleepiness (β = 0th; p = 0.03), when compared to Lajes (β = 2.75; p < 0.01), and São Gonçalo do Amarante (β = 1.99; p < 0.01). The gender variable showed a positive association with sleep quality (β = 0.98; p = 0.02) and with daytime sleepiness (β = 2.9; p < 0.01), so that female adolescents females had worse sleep quality and greater daytime sleepiness compared to males. The variable age was not related to sleep quality and daytime sleepiness. Thus, it can be seen that poor sleep quality and high levels of daytime sleepiness have been present in the lives of high school students of integrated technical education at federal institutions, who study in the morning shift, in all age groups. However, these consequences mainly affect girls, in all social contexts.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISAUFRNBrasilAdolescênciaCiclo sono/vigília e sonolência excessivaEstudantes - ensino técnico integradoQualidade do sono e sonolência diurna em adolescentes de Instituições de Ensino Técnico Federal do Rio Grande do Norte de acordo com o contexto urbano, sexo e idadeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALQualidadesonosonolencia_Dantas_2021.pdfapplication/pdf2222610https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/44866/1/Qualidadesonosonolencia_Dantas_2021.pdfee474bfbd555430ad108b1c90071acf7MD51123456789/448662022-05-02 12:59:26.277oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/44866Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-02T15:59:26Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A adolescência é marcada, entre outros fatores, pelo aumento da sonolência diurna em consequência do sono insuficiente e de má qualidade, durante os dias letivos, sobretudo, em adolescentes que estudam em escolas públicas e privadas no turno da manhã. Contudo, não foi identificado até o momento, a avaliação do sono de estudantes do ensino técnico integrado de instituições federais de ensino. Além disso, dentre fatores sociais estudados, o contexto urbano vem sendo explorado como fator que pode impactar na quantidade e qualidade do sono, e sonolência diurna dos adolescentes. Portanto, o objetivo desse estudo é identificar a prevalência da má qualidade do sono e avaliar a relação da qualidade do sono e da sonolência diurna de adolescentes do ensino médio técnico integrado de instituições federais do RN (IFRN) de acordo com o contexto urbano, sexo e idade. Este estudo foi desenvolvido com 324 estudantes dos câmpus do IFRN Natal central, São Gonçalo do Amarante, Lajes e Santa Cruz, de ambos os sexos, que cursam o 1º, 2º e 3º ano do ensino médio, no turno matutino. Para isso foram aplicados três questionários: “Ficha de Identificação”, “Índice de Qualidade do Sono de pittsburgh (IQSP)” e “Escala Pediátrica de Sonolência Diurna (PDSS)”. O teste Qui-quadrado (X2 ) foi utilizado para avaliar a frequência de distribuição da amostra total de acordo com o sexo (feminino/masculino) e qualidade do sono (boa/má), assim como, a distribuição do sexo e classificação da qualidade do sono em relação ao câmpus. A idade e o nível de sonolência diurna foram comparados entre os câmpus através do teste ANOVA (F). Para avaliar o quanto as variáveis independentes: câmpus, sexo e idade se associam a qualidade do sono e sonolência diurna, foi utilizado o modelo linear geral (General Linear Model). A amostra total desse estudo é composta por 53,70% de adolescentes do sexo feminino e 46,30% do sexo masculino, com diferença entre os sexos apenas no câmpus Natal, que apresenta maior predominância de adolescentes do sexo feminino (X 2 = 8.6; p = 0,003). A média de idade é de 15,8 (± 1 ano) para as meninas e 16,7 (± 1 ano) para os meninos, sendo o câmpus de São Gonçalo do Amarante com maior média de idade em relação ao câmpus de Natal, Lajes e Santa Cruz (F= 41,6; p < 0,001). A amostra total apresentou 71,6% de prevalência da má qualidade do sono e uma média geral de 7,35 ± 2,8. Houve diferença entre os câmpus, onde os adolescentes que estudam em Natal (X 2 = 9.2; p = 0,002) e São Gonçalo do Amarante (X 2 = 9.6; p < 0,001) apresentaram pior qualidade do sono em relação ao câmpus de Lajes. A média geral de sonolência diurna encontrada nesse estudo foi de 18,90 ± 4,9 e foram encontradas diferenças no nível de sonolência diurna entre os câmpus, de forma que Santa Cruz apresentou menor média de sonolência diurna em relação ao câmpus de Lajes e São Gonçalo do Amarante (F= 5,0; p = 0,002). Com relação ao câmpus, o pós teste evidenciou que a variável qualidade do sono não difere entre os diferentes contextos urbanos presentes nesse estudo. Em relação a sonolência diurna, os adolescentes que estudam no câmpus de Santa Cruz apresentam menor sonolência diurna (β = 0ª; p = 0,03), quando comparados a Lajes (β = 2.75; p < 0.01), e São Gonçalo do Amarante (β = 1.99; p < 0.01). A variável sexo demonstrou associação positiva com a qualidade do sono (β = 0,98; p = 0,02) e com a sonolência diurna (β = 2,9; p < 0,01), de forma que as adolescentes do sexo feminino apresentaram pior qualidade do sono e maior sonolência diurna em relação aos do sexo masculino. A variável idade não apresentou relação com a qualidade do sono e a sonolência diurna. Dessa forma pode-se perceber que a má qualidade do sono e altos índices de sonolência diurna estão presentes na vida dos estudantes do ensino médio técnico integrado, que estudam no turno matutino, em todas as faixas etárias. Contudo, essas consequências afetam principalmente as meninas, em todos os contextos sociais. |
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