Velhismo no município de Natal/RN: ocorrência e fatores relacionados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Azevedo, Lívia Maria de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21924
Resumo: A ideia de que envelhecer acarreta várias doenças crônicas, perdas da autoestima, da beleza exterior, dos reflexos e da memória ainda permanece na sociedade. A falta de conhecimento sobre o envelhecimento, reforçado ao culto à juventude é o suficiente para se formarem estereótipos e preconceitos contra essas pessoas. Este tipo de discriminação chama-se velhismo. Diante desse contexto, o presente trabalho objetivou verificar a ocorrência do velhismo e os fatores a ele relacionados na realidade de idosos não institucionalizados. Trata-se de um estudo transversal, com uma abordagem quantitativa, envolvendo 188 indivíduos com 60 anos ou mais de idade que foram escolhidos por conveniência em uma amostragem por cotas. Utilizou-se para a coleta de dados um questionário contendo o perfil demográfico, econômico, social, de saúde e o Mapa Mínimo de Relações do Idoso, além do instrumento Ageism Survey traduzido e adaptado, utilizado para verificar a ocorrência do velhismo. No tratamento dos dados foi realizada a caracterização da amostra por meio da análise descritiva, depois obteve-se as possíveis associações significativas através do teste Qui quadrado (p<0,20), e em seguida, foi feita a análise multivariada pela regressão logística (p<0,05). Foi encontrado quanto a variável “sofreu algum tipo de discriminação” que os idosos com menor número de comorbidades foram mais discriminados do que os mais doentes. O mesmo aconteceu com o idoso que é responsável pela sua própria casa, o qual sofre mais discriminação do que aquele que tem algum filho ou parente como responsável. O que usa transporte público também sofre mais velhismo do que o que não usa, assim como quem tem mais tempo de aposentadoria em relação a quem tem menos tempo. Da mesma forma, os idosos que tiveram mais filhos foram mais vítimas do velhismo, e as mulheres idosas sofrem mais discriminação do que os homens. Em relação a variável “gravidade do velhismo”, os idosos que não recebem apoio emocional ou recebem de alguém que não seja da família sofrem a forma mais grave de velhismo quando comparado àqueles que recebem apoio emocional de pelo menos um membro da família. Percebeu-se também que ter 4 filhos ou mais e ser do sexo feminino são fatores para sofrer o velhismo de forma mais grave. Com os resultados apresentados, observou-se o quanto o velhismo é frequente e está generalizado para a maioria dos idosos entrevistados, estando relacionado principalmente às suas condições de vida e de saúde. Essa situação se agrava à medida que se observa o desconhecimento da população, inclusive a idosa, sobre este tipo de discriminação, além da gravidade e os problemas que ela pode acarretar.
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Trata-se de um estudo transversal, com uma abordagem quantitativa, envolvendo 188 indivíduos com 60 anos ou mais de idade que foram escolhidos por conveniência em uma amostragem por cotas. Utilizou-se para a coleta de dados um questionário contendo o perfil demográfico, econômico, social, de saúde e o Mapa Mínimo de Relações do Idoso, além do instrumento Ageism Survey traduzido e adaptado, utilizado para verificar a ocorrência do velhismo. No tratamento dos dados foi realizada a caracterização da amostra por meio da análise descritiva, depois obteve-se as possíveis associações significativas através do teste Qui quadrado (p<0,20), e em seguida, foi feita a análise multivariada pela regressão logística (p<0,05). Foi encontrado quanto a variável “sofreu algum tipo de discriminação” que os idosos com menor número de comorbidades foram mais discriminados do que os mais doentes. O mesmo aconteceu com o idoso que é responsável pela sua própria casa, o qual sofre mais discriminação do que aquele que tem algum filho ou parente como responsável. O que usa transporte público também sofre mais velhismo do que o que não usa, assim como quem tem mais tempo de aposentadoria em relação a quem tem menos tempo. Da mesma forma, os idosos que tiveram mais filhos foram mais vítimas do velhismo, e as mulheres idosas sofrem mais discriminação do que os homens. Em relação a variável “gravidade do velhismo”, os idosos que não recebem apoio emocional ou recebem de alguém que não seja da família sofrem a forma mais grave de velhismo quando comparado àqueles que recebem apoio emocional de pelo menos um membro da família. Percebeu-se também que ter 4 filhos ou mais e ser do sexo feminino são fatores para sofrer o velhismo de forma mais grave. Com os resultados apresentados, observou-se o quanto o velhismo é frequente e está generalizado para a maioria dos idosos entrevistados, estando relacionado principalmente às suas condições de vida e de saúde. Essa situação se agrava à medida que se observa o desconhecimento da população, inclusive a idosa, sobre este tipo de discriminação, além da gravidade e os problemas que ela pode acarretar.The idea that aging causes various chronic diseases, loss of self-esteem, the outer beauty, reflexes and memory still remains in society. The lack of knowledge about aging, reinforced the cult of youth is enough to form stereotypes and prejudices against them. This kind of discrimination is called ageism. In this context, this study aimed to verify the occurrence of ageism and factors related to it in the reality of non-institutionalized elderly. This is a cross-sectional study with a quantitative approach, involving 188 individuals aged 60 years or older who were chosen for convenience in a sample by quotas. It was used for data collection a questionnaire containing demographic, economic, social and health profile and Map Minimum Relations Aging beyond the Ageism Survey instrument translated and adapted, used to check the occurrence of ageism. In the treatment of data was performed to characterize the sample by means of descriptive analysis, then gave the possible significant associations with the chi square test (p <0.20), and then was made a multivariate analysis by logistic regression ( p <0.05). It was found as the variable "suffered some kind of discrimination" that elderly patients with fewer comorbidities were more discriminated against than the sickest. The same happened to the old man who is responsible for his own house, which suffers more discrimination than one that has a son or relative responsible. Who uses public transportation also suffers more ageism than that does not use, as well as those who have more time for retirement compared to those who have less time. Similarly, older people had more children were more ageism victims, and older women suffer more discrimination than men. Regarding the variable "severity of ageism," the elderly who do not receive emotional support or receive from someone other than family suffer the most severe form of ageism when compared to those who receive emotional support from at least one family member. It was also perceived to have four or more children and being female are factors to suffer the ageism more severe form. With the results, it was observed how the ageism is common and is generalized to the majority of elderly respondents, and were primarily related to their living conditions and health. This situation worsens as observing the ignorance of the population, including the elderly, this kind of discrimination, in addition to gravity and the problems it can cause.porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAEnvelhecimentoAgeismDiscriminaçãoIdosoVelhismo no município de Natal/RN: ocorrência e fatores relacionadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALLiviaMariaDeAzevedo_DISSERT.pdfLiviaMariaDeAzevedo_DISSERT.pdfapplication/pdf1403047https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21924/1/LiviaMariaDeAzevedo_DISSERT.pdf493c97911e3769e06bb7987061512363MD51TEXTLiviaMariaDeAzevedo_DISSERT.pdf.txtLiviaMariaDeAzevedo_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain129218https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21924/4/LiviaMariaDeAzevedo_DISSERT.pdf.txt0baac9d6d7c86702f7516d661a67da02MD54THUMBNAILLiviaMariaDeAzevedo_DISSERT.pdf.jpgLiviaMariaDeAzevedo_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2258https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21924/5/LiviaMariaDeAzevedo_DISSERT.pdf.jpgb079b81c6998ec0fa4ac6d28f370c08cMD55123456789/219242017-11-03 15:51:14.765oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/21924Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-03T18:51:14Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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