A cegueira botânica no contexto universitário: uma investigação cognitiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos Filho, Allan A.
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49200
Resumo: Os organismos vegetais, servem como base para a maioria das cadeias tróficas naturais, por isso, são primordiais a vida na Terra, regulando e sustentando a mesma, através de suas várias funções e utilidades, porém, mesmo diante disso, passam pelo olhar zoocêntrico da sociedade que os inferioriza. Ainda no ensino básico, responsável pela introdução dos conhecimentos botânicos e o desenvolvimento do interesse sobre esses, sofrem com a falta de estímulo e motivação, consequências de uma formação negligenciada por parte dos docentes, materiais didáticos pouco adequados à contextualização e a falta de preparo e vivência permitidas através de práticas imersivas, como também em favor do avanço tecnológico, que distancia a realidade mais próxima da natureza. Dessa forma, o conceito de cegueira botânica surge como uma maneira de evidenciar o caminho evolutivo comportamental do ser humano, em detrimento das suas escolhas que levam à manutenção desse ciclo ignorante, de focar mais nos animais, apontando a cognição como um fator principal nessa. Logo, o presente trabalho, utilizando como base referencial a área da etnobotânica, responsável pelo estudo das relações entre seres humanos e plantas, teve como objetivo, identificar nos universitários, esta cegueira botânica e na sequência, verificar se o curso de nível superior que esses fazem parte, o seu sexo e o período de residência destes em áreas rurais possuem influência sobre a mesma. Para fazê-lo, foi utilizado um caderno de fotos-estímulo, com imagens escolhidas, contendo espécies zoológicas e botânicas para que os universitários, através de um teste cognitivo, identificassem a presença dessas e as classificassem, ou não, e após a coleta, foram analisadas cada uma das respostas, a fim de categorizar estes em três grupos, de acordo com a expressão de cegueira botânica, “Cegueira leve”, “Cegueira elevada” e “Variado”. Após o recrutamento de 865 participantes, que responderam ao formulário, de maneira anônima e online, os dados foram processados, por estatísticas descritivas e análises de correspondência e qui quadrado, e indicaram que uma porcentagem de 58% entre eles, apresentou o que chamamos de “Cegueira elevada”. Além disso, foi observado efeito da área do curso dos participantes sobre a expressão da cegueira botânica mas, diferente do que esperávamos, não observamos efeitos do sexo ou local de moradia sobre a mesma. Para além dos resultados, recomendamos ações para que as pessoas passem a perceber as plantas como organismos ativos.
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Ainda no ensino básico, responsável pela introdução dos conhecimentos botânicos e o desenvolvimento do interesse sobre esses, sofrem com a falta de estímulo e motivação, consequências de uma formação negligenciada por parte dos docentes, materiais didáticos pouco adequados à contextualização e a falta de preparo e vivência permitidas através de práticas imersivas, como também em favor do avanço tecnológico, que distancia a realidade mais próxima da natureza. Dessa forma, o conceito de cegueira botânica surge como uma maneira de evidenciar o caminho evolutivo comportamental do ser humano, em detrimento das suas escolhas que levam à manutenção desse ciclo ignorante, de focar mais nos animais, apontando a cognição como um fator principal nessa. Logo, o presente trabalho, utilizando como base referencial a área da etnobotânica, responsável pelo estudo das relações entre seres humanos e plantas, teve como objetivo, identificar nos universitários, esta cegueira botânica e na sequência, verificar se o curso de nível superior que esses fazem parte, o seu sexo e o período de residência destes em áreas rurais possuem influência sobre a mesma. Para fazê-lo, foi utilizado um caderno de fotos-estímulo, com imagens escolhidas, contendo espécies zoológicas e botânicas para que os universitários, através de um teste cognitivo, identificassem a presença dessas e as classificassem, ou não, e após a coleta, foram analisadas cada uma das respostas, a fim de categorizar estes em três grupos, de acordo com a expressão de cegueira botânica, “Cegueira leve”, “Cegueira elevada” e “Variado”. Após o recrutamento de 865 participantes, que responderam ao formulário, de maneira anônima e online, os dados foram processados, por estatísticas descritivas e análises de correspondência e qui quadrado, e indicaram que uma porcentagem de 58% entre eles, apresentou o que chamamos de “Cegueira elevada”. Além disso, foi observado efeito da área do curso dos participantes sobre a expressão da cegueira botânica mas, diferente do que esperávamos, não observamos efeitos do sexo ou local de moradia sobre a mesma. Para além dos resultados, recomendamos ações para que as pessoas passem a perceber as plantas como organismos ativos.Plant organisms serve as the basis for most natural trophic chains, therefore, essential for life on earth, regulating and sustaining it, through its various functions and utilities, however, even in the face of this, they go through the zoocentric gaze of society, that makes them inferior. Even in basic education, responsible for the introduction of botanical knowledge and the development of interest in these, they suffer from a lack of stimulation and motivation, consequences of a neglected training on the part of teachers, teaching materials that are not adequate for contextualization and the lack of preparation and experience allowed through immersive practices, as well as in favor of technological advancement, which distances reality closer to nature. In this way, the concept of plant blindness emerges as a way to highlight the behavioral evolutionary path of the human being, to the detriment of their choices that lead to the maintenance of this ignorant cycle, to focus more on animals, pointing to cognition as a main factor in this. Therefore, the present work, using as a reference the area of ​​ethnobotany, responsible for the study of the relationships between human beings and plants, aimed to identify in university students this plant blindness and, in the sequence, to verify if the academic courses areas that these are part, their sex and the period of residence of these in rural areas have an influence on the issue. To do so, a photo-stimulus notebook was used, with selected images, containing zoological and botanical species so that the university students, through a cognitive test, could identify their presence and classify them, or not, and after collecting datas, each of the responses was analyzed in order to categorize them into three groups, according to the expression of botanical blindness, “Mild blindness”, “Elevated blindness” and “Diverse”. After recruitment of 865 participants, who responded to the form, anonymously and online, the data were processed, by descriptive statistics and correspondence and chi-square analysis, and indicated that a percentage of 58% among them, presented what we call “elevated blindness”. In addition, an effect of the participants' course area on the expression of botanical blindness was observed but, different from what we expected, we did not observe effects of sex or place of residence on it. In addition to the results, we recommend actions so that people start to perceive plants as active organisms.Universidade Federal do Rio Grande do NorteEcologiaUFRNBrasilDepartamento de Fisiologia e Comportamento (DFS)Cegueira botânicaEducaçãoEvoluçãoCogniçãoEtnobotânicaInterdisciplinaridadeBotanical blindnessEducationEvolutionCognitionEthnobotanyA cegueira botânica no contexto universitário: uma investigação cognitivaPlant blindness in the university context: a cognitive researchinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALCegueiraBotanicaContexto_Santos_2022.pdfCegueiraBotanicaContexto_Santos_2022.pdfapplication/pdf1681661https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/49200/1/CegueiraBotanicaContexto_Santos_2022.pdf464fc4d77e432cddbdad78bf921b86bcMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/49200/2/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD52123456789/492002023-01-05 15:28:01.962oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/49200Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-01-05T18:28:01Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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