A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sousa, Mateus Ricardo Rodrigues de
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51647
Resumo: A presente pesquisa tem por escopo analisar o procedimento de reconhecimento de pessoas como meio de prova no processo penal brasileiro, com ênfase àquele realizado por meio de fotografias e integrado de forma analógica ao ordenamento. Discutindo a validade e a eficácia inerente ao procedimento para identificação de autoria delitiva, destacou-se a sua dependência direta com os aparatos de percepção e memória humana. Para tanto, foi preciso proceder com exame qualitativo do que a legislação e a doutrina dispunham sobre o tema, bem como foi realizado estudo de caso, análise explicativa da jurisprudência assentada nos tribunais superiores pátrios, além de levantamento empírico de decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Foi possível constatar a fragilidade que a prova oriunda de reconhecimento positivo de indivíduos apresenta, notadamente quando o procedimento é realizado de maneira informal, assim como por meio fotográfico. Verificou-se também que esse meio probatório possui grande valor impressionístico para assentar condenações, geralmente corroborando e alçando a relevância da palavra da vítima, em que pese se apoiem na mesma complexa e falível variável. Em vias de garantir maior confiabilidade e precisão ao seu resultado, propôs-se o atendimento estrito aos parâmetros legais disponíveis a condução do reconhecimento, bem como pela insuficiência de seus termos e consequente necessidade de reforma legislativa. Pugnou-se ainda pelo seu caráter irrepetível e a necessidade de sua produção antecipada na persecução penal.
id UFRN_32138b74d54952c3eed7ee321a35266a
oai_identifier_str oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/51647
network_acronym_str UFRN
network_name_str Repositório Institucional da UFRN
repository_id_str
spelling Sousa, Mateus Ricardo Rodrigues deSilva Júnior, Walter Nunes daMedeiros, Morton Luiz Faria deLeão, Paulo Roberto de SouzaSilva Júnior, Walter Nunes da2021-02-03T15:32:59Z2023-03-07T15:40:04Z2021-02-03T15:32:59Z2023-03-07T15:40:04Z2020-08-282015053828SOUSA, Mateus Ricardo Rodrigues de. A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico. 2020. 112 f. Monografia (Graduação em Direito) - Departamento de Direito Processual e Propedêutica, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51647A presente pesquisa tem por escopo analisar o procedimento de reconhecimento de pessoas como meio de prova no processo penal brasileiro, com ênfase àquele realizado por meio de fotografias e integrado de forma analógica ao ordenamento. Discutindo a validade e a eficácia inerente ao procedimento para identificação de autoria delitiva, destacou-se a sua dependência direta com os aparatos de percepção e memória humana. Para tanto, foi preciso proceder com exame qualitativo do que a legislação e a doutrina dispunham sobre o tema, bem como foi realizado estudo de caso, análise explicativa da jurisprudência assentada nos tribunais superiores pátrios, além de levantamento empírico de decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Foi possível constatar a fragilidade que a prova oriunda de reconhecimento positivo de indivíduos apresenta, notadamente quando o procedimento é realizado de maneira informal, assim como por meio fotográfico. Verificou-se também que esse meio probatório possui grande valor impressionístico para assentar condenações, geralmente corroborando e alçando a relevância da palavra da vítima, em que pese se apoiem na mesma complexa e falível variável. Em vias de garantir maior confiabilidade e precisão ao seu resultado, propôs-se o atendimento estrito aos parâmetros legais disponíveis a condução do reconhecimento, bem como pela insuficiência de seus termos e consequente necessidade de reforma legislativa. Pugnou-se ainda pelo seu caráter irrepetível e a necessidade de sua produção antecipada na persecução penal.The present research aims to analyze the procedure of eyewitness identification as a means of evidence in the Brazilian criminal process, with emphasis on that carried out through photographs and integrated in an analogous way to the internal legal system. The discussion comprehend about validity and effectiveness inherent to the procedure for the identification of criminal authorship, highlighting its direct dependence on human perception and memory. To this end, it was necessary to proceed with a qualitative examination of what the doctrine and legislation had on the subject, as well as a case study, an explanatory analysis of the jurisprudential settled in the superior national courts, in addition to an empirical survey of decisions of the Court of Justice of Rio Grande do Norte. It was possible to verify the fragility that the evidence from positive identification of individuals presents, especially when the procedure is performed informally, as well as through photography. It was also found that this evidence has a great impressionistic value for setting convictions, generally corroborating and raising the relevance of the victim's word, despite being supported by the same complex and fallible variable. In the process of ensuring greater reliability and accuracy to its result, it was proposed to strictly follow the legal parameters available to conduct eyewitness identification, as well as the insufficiency of its terms and the consequent need for legislative reform. It was also argued for its unrepeatable character and the need for its early production in criminal prosecution.Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilDireitoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccess6.01.02.03-9 Direito Processual Penal 7.07.07.01-4 Processos Perceptuais e Cognitivos; DesenvolvimentoProcesso PenalReconhecimento de pessoasAnalogiaMeio de provaMemória humana.Criminal ProcedureEyewitness identificationAnalogyMeans of evidenceHuman memoryA (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográficoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAImpossibilidadeDeIntegracaoAnalogica_Sousa_2020.pdfMonografiaapplication/pdf1040088https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51647/1/AImpossibilidadeDeIntegracaoAnalogica_Sousa_2020.pdf96f8d2dedc91c4294344308facdc159bMD51CC-LICENSElicense_rdfapplication/octet-stream811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51647/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txttext/plain714https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51647/3/license.txt7278bab9c5c886812fa7d225dc807888MD53TEXTAImpossibilidadeDeIntegracaoAnalogica_Sousa_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain302795https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51647/4/AImpossibilidadeDeIntegracaoAnalogica_Sousa_2020.pdf.txted981b728800ea66eabe35666406967fMD54123456789/516472023-03-07 12:40:04.225oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/51647PGNlbnRlcj48c3Ryb25nPkZFREVSQUwgVU5JVkVSU0lUWSBPRiBSSU8gR1JBTkRFIERPIE5PUlRFPC9zdHJvbmc+PC9jZW50ZXI+CjxjZW50ZXI+PHN0cm9uZz5ESUdJVEFMIE1PTk9HUkFQSFMgTElCUkFSWTwvc3Ryb25nPjwvY2VudGVyPgoKPGNlbnRlcj5BdXRob3JpemF0aW9uIFRlcm0gZm9yIHRoZSBhdmFpbGFiaWxpdHkgb2YgTW9ub2dyYXBocyBmb3IgVW5kZXJncmFkdWF0ZSBhbmQgU3BlY2lhbGl6YXRpb24gaW4gdGhlIERpZ2l0YWwgTGlicmFyeSBvZiBNb25vZ3JhcGhzIChCRE0pPC9jZW50ZXI+CgpBcyB0aGUgY29weXJpZ2h0IG93bmVyIG9mIHRoZSBtb25vZ3JhcGgsIEkgYXV0aG9yaXplIHRoZSBGZWRlcmFsIFVuaXZlcnNpdHkgb2YgUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSAoVUZSTikgdG8gbWFrZSBhdmFpbGFibGUgdGhyb3VnaCB0aGUgRGlnaXRhbCBMaWJyYXJ5IG9mIE1vbm9ncmFwaHMgb2YgVUZSTiwgd2l0aG91dCByZWltYnVyc2VtZW50IG9mIGNvcHlyaWdodCwgYWNjb3JkaW5nIHRvIExhdyA5NjEwLzk4ICwgdGhlIGZ1bGwgdGV4dCBvZiB0aGUgd29yayBzdWJtaXR0ZWQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHJlYWRpbmcsIHByaW50aW5nIGFuZCAvIG9yIGRvd25sb2FkaW5nLCBhcyBhIG1lYW5zIG9mIGRpc3NlbWluYXRpbmcgQnJhemlsaWFuIHNjaWVudGlmaWMgcHJvZHVjdGlvbiwgYXMgb2YgdGhlIGRhdGUgb2Ygc3VibWlzc2lvbi4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-03-07T15:40:04Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico
title A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico
spellingShingle A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico
Sousa, Mateus Ricardo Rodrigues de
6.01.02.03-9 Direito Processual Penal 7.07.07.01-4 Processos Perceptuais e Cognitivos; Desenvolvimento
Processo Penal
Reconhecimento de pessoas
Analogia
Meio de prova
Memória humana.
Criminal Procedure
Eyewitness identification
Analogy
Means of evidence
Human memory
title_short A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico
title_full A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico
title_fullStr A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico
title_full_unstemmed A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico
title_sort A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico
author Sousa, Mateus Ricardo Rodrigues de
author_facet Sousa, Mateus Ricardo Rodrigues de
author_role author
dc.contributor.referees1.none.fl_str_mv Silva Júnior, Walter Nunes da
dc.contributor.referees2.none.fl_str_mv Medeiros, Morton Luiz Faria de
dc.contributor.referees3.none.fl_str_mv Leão, Paulo Roberto de Souza
dc.contributor.author.fl_str_mv Sousa, Mateus Ricardo Rodrigues de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Silva Júnior, Walter Nunes da
contributor_str_mv Silva Júnior, Walter Nunes da
dc.subject.cnpq.fl_str_mv 6.01.02.03-9 Direito Processual Penal 7.07.07.01-4 Processos Perceptuais e Cognitivos; Desenvolvimento
topic 6.01.02.03-9 Direito Processual Penal 7.07.07.01-4 Processos Perceptuais e Cognitivos; Desenvolvimento
Processo Penal
Reconhecimento de pessoas
Analogia
Meio de prova
Memória humana.
Criminal Procedure
Eyewitness identification
Analogy
Means of evidence
Human memory
dc.subject.por.fl_str_mv Processo Penal
Reconhecimento de pessoas
Analogia
Meio de prova
Memória humana.
Criminal Procedure
Eyewitness identification
Analogy
Means of evidence
Human memory
description A presente pesquisa tem por escopo analisar o procedimento de reconhecimento de pessoas como meio de prova no processo penal brasileiro, com ênfase àquele realizado por meio de fotografias e integrado de forma analógica ao ordenamento. Discutindo a validade e a eficácia inerente ao procedimento para identificação de autoria delitiva, destacou-se a sua dependência direta com os aparatos de percepção e memória humana. Para tanto, foi preciso proceder com exame qualitativo do que a legislação e a doutrina dispunham sobre o tema, bem como foi realizado estudo de caso, análise explicativa da jurisprudência assentada nos tribunais superiores pátrios, além de levantamento empírico de decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Foi possível constatar a fragilidade que a prova oriunda de reconhecimento positivo de indivíduos apresenta, notadamente quando o procedimento é realizado de maneira informal, assim como por meio fotográfico. Verificou-se também que esse meio probatório possui grande valor impressionístico para assentar condenações, geralmente corroborando e alçando a relevância da palavra da vítima, em que pese se apoiem na mesma complexa e falível variável. Em vias de garantir maior confiabilidade e precisão ao seu resultado, propôs-se o atendimento estrito aos parâmetros legais disponíveis a condução do reconhecimento, bem como pela insuficiência de seus termos e consequente necessidade de reforma legislativa. Pugnou-se ainda pelo seu caráter irrepetível e a necessidade de sua produção antecipada na persecução penal.
publishDate 2020
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-08-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-02-03T15:32:59Z
2023-03-07T15:40:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-02-03T15:32:59Z
2023-03-07T15:40:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.pt_BR.fl_str_mv 2015053828
dc.identifier.citation.fl_str_mv SOUSA, Mateus Ricardo Rodrigues de. A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico. 2020. 112 f. Monografia (Graduação em Direito) - Departamento de Direito Processual e Propedêutica, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51647
identifier_str_mv 2015053828
SOUSA, Mateus Ricardo Rodrigues de. A (im)possibilidade de integração analógica das regras procedimentais contidas no artigo 226 do Código de Processo Penal ao reconhecimento fotográfico. 2020. 112 f. Monografia (Graduação em Direito) - Departamento de Direito Processual e Propedêutica, Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.
url https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/51647
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio Grande do Norte
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRN
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Direito
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio Grande do Norte
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRN
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron:UFRN
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron_str UFRN
institution UFRN
reponame_str Repositório Institucional da UFRN
collection Repositório Institucional da UFRN
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51647/1/AImpossibilidadeDeIntegracaoAnalogica_Sousa_2020.pdf
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51647/2/license_rdf
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51647/3/license.txt
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/51647/4/AImpossibilidadeDeIntegracaoAnalogica_Sousa_2020.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 96f8d2dedc91c4294344308facdc159b
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
7278bab9c5c886812fa7d225dc807888
ed981b728800ea66eabe35666406967f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802117516665815040