Propagação vegetativa de Mimosa caesalpiniifolia Benth. por miniestaquia e análise morfoanatômica do enraizamento adventício

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freire, Álvaro da Costa
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/32130
Resumo: Mimosa caesalpiniifolia é uma espécie florestal com grande potencial com vistas à exploração sustentável de madeira na região Nordeste do Brasil, sendo considerada fonte competitiva de energia renovável em função do seu rápido crescimento. Contudo, a produção de mudas com qualidade e quantidade ainda representa um entrave no desenvolvimento silvicultural da espécie. Assim, a propagação vegetativa pode permitir o cultivo de mudas com alta qualidade fisiológica e sanitária em espaço e tempo reduzidos, otimizando a produção em larga escala. O objetivo deste estudo foi definir uma metodologia de propagação vegetativa para a espécie M. caesalpiniifolia por miniestaquia, visando a produção comercial de mudas. Especificamente objetivou-se avaliar a influência do ácido indolbutírico e redução foliar no enraizamento adventício em brotações provenientes de indivíduos com e sem acúleo, assim como, estudar a dinâmica e a morfoanatomia do enraizamento adventício nesta espécie. Para tanto, dois sistemas de minijardim foram instalados, o sistema de canaletão e em vasos de polietileno. O minijardim em canaletão foi produzido a partir da coleta e plantio de sementes, que após estabelecido forneceu brotações para construção do minijardim em vasos de polietileno, este foi estabelecido a partir de fenótipos selecionados de M. caesalpiniifolia com base no fator presença e ausência de acúleo. No sistema de canaletão foram confeccionadas miniestacas utilizando brotações apicais e intermediárias com 10 cm de comprimento, mantendo dois pares de folhas e sem redução da área foliar, enquanto no sistema de vasos utilizaram-se miniestacas apicais com 10 cm de comprimento, dois pares de folhas e sem redução da área foliar, a exceção do experimento que avaliou a redução foliar, onde se testou a influência de três reduções de área foliar para esta espécie. Para a análise da concentração de ácido indolbutírico nos dois tipos de sistemas (canaletão e vasos) utilizou-se 4 concentrações (0, 2000, 4000 e 8000 mg L-1 ). O estaqueamento em todos os experimentos ocorreu em tubetes de 55 cm³ contendo substrato orgânico BioPlant® . Para o sistema de canaletão as avaliações ocorreram aos 30 dias, enquanto no sistema de vasos as avaliações foram realizadas aos 30, 37 e 60 dias após estaqueamento, averiguando o percentual de enraizamento, percentual de raízes observadas na extremidade inferior dos tubetes, comprimento da parte aérea, diâmetro do coleto das miniestacas, quantidade de brotações, quantidade de raízes na base das miniestacas e biomassa fresca e seca da parte aérea e sistema radicular. Na influência da redução foliar sobre o enraizamento de miniestacas avaliou-se a redução completa das folhas (100 %), redução de 50 % e a utilização de folhas sem redução da área (0 %). Na dinâmica do enraizamento adventício foram realizadas avaliações a cada dez dias, observando a percentagem de miniestacas com algum grau de modificação, oxidação da base, presença de calos e percentagem de miniestacas enraizadas, assim como o comprimento médio das raízes e da maior raiz. Para a análise morfoanatômica foram produzidas lâminas histológicas da região de origem das raízes nas miniestacas e observadas em microscópio óptico. Nas miniestacas dos indivíduos com e sem acúleo, os melhores resultados quanto ao enraizamento sem a aplicação de AIB são observados quando se utiliza brotações apicais e intermediárias, respectivamente. As minicepas propagadas via seminífera e manejadas em sistema de canaletão de areia e as minicepas propagadas via miniestaquia e manejadas em vasos produzem resultados similares quanto ao enraizamento adventício. As brotações provenientes tanto de minicepas via sementes quanto de minicepas obtidas via miniestaquia se comportam igualmente quanto ao enraizamento adventício. Para o enraizamento adventício nas miniestacas do fenótipo com acúleo não há necessidade de utilizar AIB, entretanto, para fenótipo sem acúleo recomenda-se concentrações de AIB entre 4000 mg L-1 (intermediárias) e 8000 mg L-1 (apicais). A redução de 50 % da área foliar é indicada para propagação vegetativa via miniestaquia de Mimosa caesalpiniifolia nos indivíduos com e sem acúleo. No mais, a velocidade do enraizamento é igual para os indivíduos com e sem acúleo e a caracterização da morfoanatomia em miniestacas indica que não existem barreiras anatômicas no enraizamento das miniestacas, com raízes surgindo do procâmbio e de regiões calosas.
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Contudo, a produção de mudas com qualidade e quantidade ainda representa um entrave no desenvolvimento silvicultural da espécie. Assim, a propagação vegetativa pode permitir o cultivo de mudas com alta qualidade fisiológica e sanitária em espaço e tempo reduzidos, otimizando a produção em larga escala. O objetivo deste estudo foi definir uma metodologia de propagação vegetativa para a espécie M. caesalpiniifolia por miniestaquia, visando a produção comercial de mudas. Especificamente objetivou-se avaliar a influência do ácido indolbutírico e redução foliar no enraizamento adventício em brotações provenientes de indivíduos com e sem acúleo, assim como, estudar a dinâmica e a morfoanatomia do enraizamento adventício nesta espécie. Para tanto, dois sistemas de minijardim foram instalados, o sistema de canaletão e em vasos de polietileno. O minijardim em canaletão foi produzido a partir da coleta e plantio de sementes, que após estabelecido forneceu brotações para construção do minijardim em vasos de polietileno, este foi estabelecido a partir de fenótipos selecionados de M. caesalpiniifolia com base no fator presença e ausência de acúleo. No sistema de canaletão foram confeccionadas miniestacas utilizando brotações apicais e intermediárias com 10 cm de comprimento, mantendo dois pares de folhas e sem redução da área foliar, enquanto no sistema de vasos utilizaram-se miniestacas apicais com 10 cm de comprimento, dois pares de folhas e sem redução da área foliar, a exceção do experimento que avaliou a redução foliar, onde se testou a influência de três reduções de área foliar para esta espécie. Para a análise da concentração de ácido indolbutírico nos dois tipos de sistemas (canaletão e vasos) utilizou-se 4 concentrações (0, 2000, 4000 e 8000 mg L-1 ). O estaqueamento em todos os experimentos ocorreu em tubetes de 55 cm³ contendo substrato orgânico BioPlant® . Para o sistema de canaletão as avaliações ocorreram aos 30 dias, enquanto no sistema de vasos as avaliações foram realizadas aos 30, 37 e 60 dias após estaqueamento, averiguando o percentual de enraizamento, percentual de raízes observadas na extremidade inferior dos tubetes, comprimento da parte aérea, diâmetro do coleto das miniestacas, quantidade de brotações, quantidade de raízes na base das miniestacas e biomassa fresca e seca da parte aérea e sistema radicular. Na influência da redução foliar sobre o enraizamento de miniestacas avaliou-se a redução completa das folhas (100 %), redução de 50 % e a utilização de folhas sem redução da área (0 %). Na dinâmica do enraizamento adventício foram realizadas avaliações a cada dez dias, observando a percentagem de miniestacas com algum grau de modificação, oxidação da base, presença de calos e percentagem de miniestacas enraizadas, assim como o comprimento médio das raízes e da maior raiz. Para a análise morfoanatômica foram produzidas lâminas histológicas da região de origem das raízes nas miniestacas e observadas em microscópio óptico. Nas miniestacas dos indivíduos com e sem acúleo, os melhores resultados quanto ao enraizamento sem a aplicação de AIB são observados quando se utiliza brotações apicais e intermediárias, respectivamente. As minicepas propagadas via seminífera e manejadas em sistema de canaletão de areia e as minicepas propagadas via miniestaquia e manejadas em vasos produzem resultados similares quanto ao enraizamento adventício. As brotações provenientes tanto de minicepas via sementes quanto de minicepas obtidas via miniestaquia se comportam igualmente quanto ao enraizamento adventício. Para o enraizamento adventício nas miniestacas do fenótipo com acúleo não há necessidade de utilizar AIB, entretanto, para fenótipo sem acúleo recomenda-se concentrações de AIB entre 4000 mg L-1 (intermediárias) e 8000 mg L-1 (apicais). A redução de 50 % da área foliar é indicada para propagação vegetativa via miniestaquia de Mimosa caesalpiniifolia nos indivíduos com e sem acúleo. No mais, a velocidade do enraizamento é igual para os indivíduos com e sem acúleo e a caracterização da morfoanatomia em miniestacas indica que não existem barreiras anatômicas no enraizamento das miniestacas, com raízes surgindo do procâmbio e de regiões calosas.Mimosa caesalpiniifolia is a forest species with great potential with a view to sustainable logging in the Northeast region of Brazil, being considered a competitive source of renewable energy due to its rapid growth. However, the production of seedlings with quality and quantity still represents an obstacle in the silvicultural development of the species. Thus, vegetative propagation can allow the cultivation of seedlings with high physiological and sanitary quality in reduced space and time, optimizing large-scale production. The objective of this study was to define a vegetative propagation methodology for the species M. caesalpiniifolia by ministither, aiming at the commercial production of seedlings. Specifically, the objective was to evaluate the influence of indolebutyric acid and leaf reduction in adventitious rooting in shoots from individuals with and without acúleo, as well as to study the dynamics and morphoanatomy of adventitious rooting in this species. For this, two mini-garden systems were installed, the canaletão system and in polyethylene vessels. The minigarden in canaletão was produced from the collection and planting of seeds, which after installed provided shoots for construction of the mini garden in polyethylene pots, this was established from selected phenotypes of M. caesalpiniifolia based on the presence factor and absence of acúleo. In the canaletão system, minicuttings were made using apic and intermediate shoots with 10 cm in length, keeping two pairs of leaves and without reduction of leaf area, while in the vessel system, a picky minicuttings were used with 10 cm in length, two pairs of leaves and without reduction of leaf area, except for the experiment that evaluated leaf reduction, where the influence of three reductions of leaf area for this species was tested. For the analysis of the concentration of indolebutyric acid in both types of systems (canaletão and vessels) 4 concentrations (0, 2000, 4000 and 8000 mg L-1) were used. Stake in all experiments occurred in 55 cm³ tubes containing organic bioplant substrate®. For the canaletão system, the evaluations took place at 30 days, while in the vessel system the evaluations were performed at 30, 37 and 60 days after staking, ascertaining the percentage of rooting, percentage of roots observed at the lower end of the tubes, shoot length, diameter of the stake of the minicuttings, number of shoots, amount of roots at the base of the minicuttings and fresh and dry biomass of the aerial part and root system. In the influence of leaf reduction on the rooting of minicuttings, the complete reduction of leaves (100%), reduction of 50 % and the use of leaves without reduction of the area (0 %) were evaluated. In the dynamics of adventitious rooting, evaluations were performed every ten days, observing the percentage of minicuttings with some degree of modification, oxidation of the base, presence of calluses and percentage of rooted minicuttings, as well as the average length of the roots and the largest root. For morphoanatomical analysis, histological slides of the region of origin of the roots were produced in the minicuttings and observed under optical microscope. In the minicuttings of individuals with and without acúleo, the best results regarding rooting without iba application are observed when using atypical and intermediate shoots, respectively. The minisceps propagated via seminifera and managed in a sand canalsystem and the mini strains propagated via minicutting and managed in pots produce similar results regarding adventitious rooting. The shoots from both miniceps via seeds and miniceps obtained via minicutting behave equally as to adventitious rooting. For adventitious rooting in the minicuttings of phenotype with acúleo there is no need to use IBA, however, for phenotype without acúleo, iba concentrations between 4000 mg L-1 (intermediate) and 8000 mg L-1 (apic) are recommended. The 50% reduction of leaf area is indicated for vegetative propagation via minicutting of Mimosa caesalpiniifolia in individuals with and without acúleo. Moreover, the rooting speed is equal for individuals with and without acumen and the characterization of morphoanatomy in minicuttings indicates that there are no anatomical barriers in the rooting of minicuttings, with roots arising from the exchange rate and callous regions.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FLORESTAISUFRNBrasilÁcido indolbutíricoDinâmica do enraizamento adventícioRedução foliar em miniestacasMorfoanatomiaProdução de mudasPropagação vegetativa de Mimosa caesalpiniifolia Benth. por miniestaquia e análise morfoanatômica do enraizamento adventícioVegetative propagation of Mimosa caesalpiniifolia Benth. by miniestaquia and morphoanatomical analysis of adventitious rootinginfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALPropagacaovegetativaMimosa_Freire_2020.pdfapplication/pdf2567757https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/32130/1/PropagacaovegetativaMimosa_Freire_2020.pdfd8b69889ee726e8f7bef1da0dc7df1daMD51TEXTPropagacaovegetativaMimosa_Freire_2020.pdf.txtPropagacaovegetativaMimosa_Freire_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain202570https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/32130/2/PropagacaovegetativaMimosa_Freire_2020.pdf.txt58ac93a89fbfb195f37795d28bcd8c98MD52THUMBNAILPropagacaovegetativaMimosa_Freire_2020.pdf.jpgPropagacaovegetativaMimosa_Freire_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1235https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/32130/3/PropagacaovegetativaMimosa_Freire_2020.pdf.jpg7a1a8258cbbfd693ab30027e168ed407MD53123456789/321302021-04-11 06:06:15.17oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/32130Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-04-11T09:06:15Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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