O recrudescimento do racismo no Brasil e o direito à cidade da juventude negra: vidas negras importam?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Souza, Luana Vanessa Soares Pinto de
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/49973
Resumo: Este estudo tem como objetivo analisar o direito à cidade da juventude negra mediante o recrudescimento do racismo no Brasil. Está fundamentado na questão racial, e no pressuposto de que as ações de expropriações do capital na retirada de direitos, em aliança como Estado, expropriam, prioritariamente da população negra, as condições econômicas e sociais para o seu pleno desenvolvimento, privando, também, essa população da liberdade. A Carta Mundial pelo Direito à Cidade, estabelece que “todas as pessoas devem ter o direito a uma cidade sem discriminação de gênero, idade, raça, condições de saúde, renda, nacionalidade, etnia, condição migratória, orientação política, religiosa ou sexual”. No entanto, o não Direito à Cidade está impresso nas precárias condições de habitação, mobilidade e acesso aos equipamentos de educação, saúde, esporte, cultura e lazer. A questão urbana no Brasil tem um caráter racista e segregacionista, que assume como critério para tal as condições de gênero, classe e raça. Esse processo culminou com o impeachment da Presidenta Dilma Roussef (PT), no ano de 2016. O racismo, antes velado, passou a ser deliberadamente autorizado e incentivado por uma elite branca, privilegiada e ultraconservadora. Esse processo levou à condução de Jair Bolsonaro ao cargo de chefe do estado, com um projeto muito mais amplo que combina o ultraliberalismo econômico e o reacionarismo político-cultural. O projeto político do Estado sob o comando de Bolsonaro contribui para o recrudescimento do racimo no país, por meio da efetivação da necropolitica e do desmonte total dos direitos sociais e trabalhistas da classe trabalhadora. A presente investigação, baseada no método crítico dialético, teve como objetivo apreender e analisar o acirramento da desigualdade racial que atinge, sobretudo, a juventude negra nas cidades brasileiras. Foram analisadas também as ações do Estado em relação à questão racial e o Hip Hop, como uma expressão da resistência da juventude negra no enfrentamento ao racismo para assegurar seu direito à cidade, por meio de análise documental e bibliográfica do Estatuto da Juventude (2013), do Estatuto da Cidade (2001), e as principais ações afirmativas do Estado em resposta à questão racial.
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Está fundamentado na questão racial, e no pressuposto de que as ações de expropriações do capital na retirada de direitos, em aliança como Estado, expropriam, prioritariamente da população negra, as condições econômicas e sociais para o seu pleno desenvolvimento, privando, também, essa população da liberdade. A Carta Mundial pelo Direito à Cidade, estabelece que “todas as pessoas devem ter o direito a uma cidade sem discriminação de gênero, idade, raça, condições de saúde, renda, nacionalidade, etnia, condição migratória, orientação política, religiosa ou sexual”. No entanto, o não Direito à Cidade está impresso nas precárias condições de habitação, mobilidade e acesso aos equipamentos de educação, saúde, esporte, cultura e lazer. A questão urbana no Brasil tem um caráter racista e segregacionista, que assume como critério para tal as condições de gênero, classe e raça. Esse processo culminou com o impeachment da Presidenta Dilma Roussef (PT), no ano de 2016. O racismo, antes velado, passou a ser deliberadamente autorizado e incentivado por uma elite branca, privilegiada e ultraconservadora. Esse processo levou à condução de Jair Bolsonaro ao cargo de chefe do estado, com um projeto muito mais amplo que combina o ultraliberalismo econômico e o reacionarismo político-cultural. O projeto político do Estado sob o comando de Bolsonaro contribui para o recrudescimento do racimo no país, por meio da efetivação da necropolitica e do desmonte total dos direitos sociais e trabalhistas da classe trabalhadora. A presente investigação, baseada no método crítico dialético, teve como objetivo apreender e analisar o acirramento da desigualdade racial que atinge, sobretudo, a juventude negra nas cidades brasileiras. Foram analisadas também as ações do Estado em relação à questão racial e o Hip Hop, como uma expressão da resistência da juventude negra no enfrentamento ao racismo para assegurar seu direito à cidade, por meio de análise documental e bibliográfica do Estatuto da Juventude (2013), do Estatuto da Cidade (2001), e as principais ações afirmativas do Estado em resposta à questão racial.This study aims to analyze the rights of black youth to the city, through the aggravation of racism in Brazil. It is based on the racial issue, and on the assumption that the actions of expropriation of capital in the withdrawal of rights, in alliance with the State, expropriate, primarily from the black population, the economic and social conditions for its full development, also depriving this population of freedom. The “Carta Mundial pelo Direito a Cidade” establishes that "all people must have the right to a city without discrimination based on gender, age, race, health, income, nationality, ethnicity, migratory status, political, religious or sexual orientation". However, the non-Right to the City is imprinted on the poor conditions of housing, mobility and access to education, health, sports, culture, and leisure facilities. The urban issue in Brazil has a racist and segregationist manner, which is based in the conditions of gender, class, and race. Since 2013, starting in the June movements, we have identified the growth of the organized right in Brazil. Racism, previously veiled, started to be deliberately authorized and encouraged by a white, privileged, and ultraconservative elite. This process led to Jair Bolsonaro becoming head of State, with a much broader project that combines economic ultraliberalism and politicalcultural reactionism. The political project of the State under Bolsonaro's command instigates hatred for women, for LGBTQI+ populations and contributes to the resurgence of racism in the country, through the implementation of necro politics and the total dismantling of the social and labor rights of the working class. The present investigation, based on the critical dialectic method, aims to comprehend, and analyze the escalation of racial inequality that affects, above all, black youth in Brazilian cities. We will also analyze the actions of the State related to the racial issue and Hip Hop, as an expression of the resistance of black youth in confronting racism to ensure their right to the city, through documentary and bibliographic analysis of the Youth Statute (2013 ), of the City Statute (2001), of the anti-crime package (2019), and the main affirmative actions of the “Secretaria Especial de Politicas de promocao da Igualdade Racial”.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIALUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIALRacismo - BrasilJuventude negraDireito à cidadeO recrudescimento do racismo no Brasil e o direito à cidade da juventude negra: vidas negras importam?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALRecrudescimentoracismoBrasil_Souza_2021.pdfapplication/pdf1928679https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/49973/1/RecrudescimentoracismoBrasil_Souza_2021.pdf6cd1fcb182c2219ce5ecd13ab1759a2eMD51123456789/499732022-12-05 11:07:45.616oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/49973Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-12-05T14:07:45Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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