Análise do bem-estar e a funcionalidade de mulheres residentes em Santa Cruz-RN por meio do instrumento Model Disability Survey
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55041 |
Resumo: | Introdução: O bem-estar é caracterizado por um construto multifatorial e multidimensional e representa as condições e avaliação do indivíduo frente a percepção e satisfação geral com sua própria vida mediante fatores objetivos e subjetivos. Nas mulheres, fatores como a desigualdade de gênero, baixo auto-estima, tripla jornadas de trabalho, presença de doenças crônicas, dentre outros, podem acarretar prejuízos a sua saúde e bem-estar. Objetivo Geral: Analisar o bem-estar e a funcionalidade de mulheres residentes em Santa Cruz-RN por meio do instrumento Model Disability Survey (MDS)-Brasil. Objetivo Artigo 01: realizar a comparação do bem-estar das mulheres e a funcionalidade para os aspectos de mobilidade e funções do corpo por meio do instrumento Model Disability Survey (MDS)-Brasil. Objetivo artigo 02: Comparar o bem-estar e a atividade e participação de mulheres por meio do instrumento MDS-Brasil. Métodos: Estudo transversal de base populacional, realizado a partir de dados de uma pesquisa maior através da aplicação do instrumento MDS. A amostra foi composta por um total de 385 mulheres, que aceitaram participar da pesquisa, com idade de 19 a 88 anos, foram excluídas mulheres para o domínio funções do corpo e atividades e participação em virtude do elevado número de respostas incompletas. As variáveis analisadas foram itens sociodemográficos e econômicos, módulo de funcionalidade e módulo de bem-estar, sendo este último dividido em qualidade de vida, solidão e bem-estar. Foram realizadas análises descritivas utilizando média e desvio padrão, frequências simples e relativas, prevalências e intervalos de confiança, assim como, análise inferencial comparativa através do Kruskall Wallis e Mann Whitney, para a normalidade o teste Kolmogorov-Smirnov (K-S). Resultados Artigo 01: As mulheres apresentaram uma média de idade de 50,36, a maioria relatou ter parceiro (51,4%%), cor/raça parda(44,7%) e não ter trabalho(45,2%). A qualidade de vida geral foi avaliada em boa (49,4%), a maioria relatou estar satisfeita ou muito satisfeita com sua capacidade de desempenhar as atividades de vida diária, consigo mesmo, relações pessoais e condições do local de moradia, principalmente com suas relações (67,5%) e insatisfeitas com a saúde (41%). Menos da metade referiu ter total energia para o dia a dia (42,3%) e dinheiro suficiente (23,1%). Para a solidão, nunca: se sentem sozinhas (55,6%), falta de companhia (54,8%), abandonadas (81,8%) e isoladas dos outros (78,7%). Quanto ao bem-estar, menos da metade das mulheres referiram ter muita: felicidade, entusiasmo e disposição no dia anterior e a maioria disse não ter sentido raiva, frustração, tristeza, estresse, solidão, preocupação, tédio e dor, já o cansaço a maioria das mulheres tiveram sensação de cansaço (57,4%). Mulheres com qualidade de vida ruim ou muito ruim, insatisfeitas e muito insatisfeitas, com mais sentimentos negativos de bem-estar e solidão (G3) apresentaram escores mais altos de incapacidade em relação aos aspectos de mobilidade e funções do corpo com ( p=0,000) na maioria. Para os sentimentos positivos de bem-estar observou que mulheres do G1(nem um pouco) possuem maior incapacidade para aspectos de mobilidade e funções do corpo com ( p=0,000). Artigo 02: Participaram deste estudo 359 mulheres, a maioria das mulheres tinham idade entre 22 a 45 anos (39,2%), união estável/casada (51,4%), eram preta/pardas/outras (62,1%). A maioria tinha qualidade de vida boa ou muito boa (N=232], estavam satisfeitas com sua autopercepção dos aspectos da qualidade de vida, e tinham um pouco ou mais ou menos de dinheiro (N=131). A soma do sentir um pouco, mais ou menos, muito ou com frequência sozinhas (N=155) ou com falta de companhia (N=157) resulta em quase metade da amostra com presença desse sentimentos, A a maioria da mulheres possuem sentimentos positivos de bem-estar, e não referem sentimentos negativos, todavia para o cansaço menos da metade não se sentiram cansadas (N=150). Quanto ao nível de incapacidade observa-se diferenças estatísticas significativas na comparação entre os três grupos de qualidade de vida, solidão e bem-estar sendo a maioria p¹=0,000. Observou-se também que mulheres com qualidade de vida nem boa nem ruim e nem satisfeitas nem insatisfeitas (G2), como também, ruim ou muito ruim e insatisfeitas ou muito insatisfeitas (G3) possuem maior incapacidade do que o G1 com p¹=0,000 exceto para condições de moradia. Isto também repecurte para os sentimentos de solidão, mulheres do G2 e G3 tem maior incapacidade que o G1 em grande parte com p¹=0,000. Para os sentimentos positivos de bem-estar, verificar menor incapacidade para o G3, já para os negativos o G3 apresenta maior incapacidade. Conclusão: Em conclusão, a maioria das mulheres relataram boa qualidade de vida e satisfação, não apresentam sentimentos negativos e possuem sentimentos positivos e bem-estar, todavia, ainda há mulheres com presença de fatores que afetam negativamente o bem-estar e a funcionalidade nos aspectos mobilidade, funções do corpo e atividades e participação dessas mulheres. Observa que quanto pior a avaliação dos aspectos de qualidade de vida, solidão e bem-estar, maior é o escore de incapacidade. Aquelas com qualidade de vida ruim ou muito ruim, insatisfeitas e com sentimentos de solidão, mais cansaço, dor, preocupação, entre outros, possuem maior incapacidade em relação às funções do corpo, mobilidade e atividades e particião com consequente pior comprometimento da funcionalidade. |
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Estevam, Priscila Acsa da Silvahttps://orcid.org/0009-0002-6344-3047http://lattes.cnpq.br/4631429603822550https://orcid.org/0000-0002-0279-5930http://lattes.cnpq.br/5918222264099117Correia, Grasiela Nascimentohttps://orcid.org/0000-0002-2722-5205http://lattes.cnpq.br/8878717048564522Nascimento Junior, Leonildo Santos dohttp://lattes.cnpq.br/2458971770021915Magalhaes, Adriana Gomes2023-10-20T17:34:04Z2023-10-20T17:34:04Z2023-06-30ESTEVAM, Priscila Acsa da Silva. Análise do bem-estar e a funcionalidade de mulheres residentes em Santa Cruz-RN por meio do instrumento Model Disability Survey (MDS) - Brasil. 2023. 89 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Reabilitação) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55041Introdução: O bem-estar é caracterizado por um construto multifatorial e multidimensional e representa as condições e avaliação do indivíduo frente a percepção e satisfação geral com sua própria vida mediante fatores objetivos e subjetivos. Nas mulheres, fatores como a desigualdade de gênero, baixo auto-estima, tripla jornadas de trabalho, presença de doenças crônicas, dentre outros, podem acarretar prejuízos a sua saúde e bem-estar. Objetivo Geral: Analisar o bem-estar e a funcionalidade de mulheres residentes em Santa Cruz-RN por meio do instrumento Model Disability Survey (MDS)-Brasil. Objetivo Artigo 01: realizar a comparação do bem-estar das mulheres e a funcionalidade para os aspectos de mobilidade e funções do corpo por meio do instrumento Model Disability Survey (MDS)-Brasil. Objetivo artigo 02: Comparar o bem-estar e a atividade e participação de mulheres por meio do instrumento MDS-Brasil. Métodos: Estudo transversal de base populacional, realizado a partir de dados de uma pesquisa maior através da aplicação do instrumento MDS. A amostra foi composta por um total de 385 mulheres, que aceitaram participar da pesquisa, com idade de 19 a 88 anos, foram excluídas mulheres para o domínio funções do corpo e atividades e participação em virtude do elevado número de respostas incompletas. As variáveis analisadas foram itens sociodemográficos e econômicos, módulo de funcionalidade e módulo de bem-estar, sendo este último dividido em qualidade de vida, solidão e bem-estar. Foram realizadas análises descritivas utilizando média e desvio padrão, frequências simples e relativas, prevalências e intervalos de confiança, assim como, análise inferencial comparativa através do Kruskall Wallis e Mann Whitney, para a normalidade o teste Kolmogorov-Smirnov (K-S). Resultados Artigo 01: As mulheres apresentaram uma média de idade de 50,36, a maioria relatou ter parceiro (51,4%%), cor/raça parda(44,7%) e não ter trabalho(45,2%). A qualidade de vida geral foi avaliada em boa (49,4%), a maioria relatou estar satisfeita ou muito satisfeita com sua capacidade de desempenhar as atividades de vida diária, consigo mesmo, relações pessoais e condições do local de moradia, principalmente com suas relações (67,5%) e insatisfeitas com a saúde (41%). Menos da metade referiu ter total energia para o dia a dia (42,3%) e dinheiro suficiente (23,1%). Para a solidão, nunca: se sentem sozinhas (55,6%), falta de companhia (54,8%), abandonadas (81,8%) e isoladas dos outros (78,7%). Quanto ao bem-estar, menos da metade das mulheres referiram ter muita: felicidade, entusiasmo e disposição no dia anterior e a maioria disse não ter sentido raiva, frustração, tristeza, estresse, solidão, preocupação, tédio e dor, já o cansaço a maioria das mulheres tiveram sensação de cansaço (57,4%). Mulheres com qualidade de vida ruim ou muito ruim, insatisfeitas e muito insatisfeitas, com mais sentimentos negativos de bem-estar e solidão (G3) apresentaram escores mais altos de incapacidade em relação aos aspectos de mobilidade e funções do corpo com ( p=0,000) na maioria. Para os sentimentos positivos de bem-estar observou que mulheres do G1(nem um pouco) possuem maior incapacidade para aspectos de mobilidade e funções do corpo com ( p=0,000). Artigo 02: Participaram deste estudo 359 mulheres, a maioria das mulheres tinham idade entre 22 a 45 anos (39,2%), união estável/casada (51,4%), eram preta/pardas/outras (62,1%). A maioria tinha qualidade de vida boa ou muito boa (N=232], estavam satisfeitas com sua autopercepção dos aspectos da qualidade de vida, e tinham um pouco ou mais ou menos de dinheiro (N=131). A soma do sentir um pouco, mais ou menos, muito ou com frequência sozinhas (N=155) ou com falta de companhia (N=157) resulta em quase metade da amostra com presença desse sentimentos, A a maioria da mulheres possuem sentimentos positivos de bem-estar, e não referem sentimentos negativos, todavia para o cansaço menos da metade não se sentiram cansadas (N=150). Quanto ao nível de incapacidade observa-se diferenças estatísticas significativas na comparação entre os três grupos de qualidade de vida, solidão e bem-estar sendo a maioria p¹=0,000. Observou-se também que mulheres com qualidade de vida nem boa nem ruim e nem satisfeitas nem insatisfeitas (G2), como também, ruim ou muito ruim e insatisfeitas ou muito insatisfeitas (G3) possuem maior incapacidade do que o G1 com p¹=0,000 exceto para condições de moradia. Isto também repecurte para os sentimentos de solidão, mulheres do G2 e G3 tem maior incapacidade que o G1 em grande parte com p¹=0,000. Para os sentimentos positivos de bem-estar, verificar menor incapacidade para o G3, já para os negativos o G3 apresenta maior incapacidade. Conclusão: Em conclusão, a maioria das mulheres relataram boa qualidade de vida e satisfação, não apresentam sentimentos negativos e possuem sentimentos positivos e bem-estar, todavia, ainda há mulheres com presença de fatores que afetam negativamente o bem-estar e a funcionalidade nos aspectos mobilidade, funções do corpo e atividades e participação dessas mulheres. Observa que quanto pior a avaliação dos aspectos de qualidade de vida, solidão e bem-estar, maior é o escore de incapacidade. Aquelas com qualidade de vida ruim ou muito ruim, insatisfeitas e com sentimentos de solidão, mais cansaço, dor, preocupação, entre outros, possuem maior incapacidade em relação às funções do corpo, mobilidade e atividades e particião com consequente pior comprometimento da funcionalidade.Introduction: Well-being is characterized as a multifactorial and multidimensional construct that represents the individual's conditions and evaluation of their overall perception and satisfaction with life, considering both objective and subjective factors. In women, factors such as gender inequality, low self-esteem, triple workloads, presence of chronic diseases, among others, can have detrimental effects on their health and well-being. General Objective: To analyze the well-being and functionality of women residing in Santa Cruz-RN using the Model Disability Survey (MDS)-Brazil instrument. Article 01 Objective: To compare the well-being and functionality of women in terms of mobility and body functions using the Model Disability Survey (MDS)-Brazil instrument. Article 02 Objective: To compare the well-being and activity participation of women using the MDS-Brazil instrument. Methods: A cross-sectional population-based study was conducted using the MDS-Brasil instrument. The sample consisted of a total of 385 women who agreed to participate in the research, aged between 19 and 88 years. Some women were excluded from the analysis related to bodily functions and activities and participation due to a high number of incomplete responses. The variables analyzed included sociodemographic and economic factors, functionality module, and well-being module, the latter of which was further divided into quality of life, loneliness, and well-being. Descriptive analyses were performed using mean and standard deviation, simple and relative frequencies, prevalence, and confidence intervals. Additionally, comparative inferential analysis was conducted using the KruskalWallis and Mann-Whitney tests, and the Kolmogorov-Smirnov (K-S) test was employed to assess normality. Results: Article 01: The women had an average age of 50.36 (±17.62), with the majority reporting having a partner (51.4%), being of mixed race/ethnicity (44.7%), and being unemployed (45.2%). Most women reported having a good or very good quality of life (49.4%), being satisfied primarily with their relationships (67.5%), and dissatisfied with their health (41%). 55.5% did not feel lonely, only 40.5% felt happy, some women did not experience fatigue (42.5%), pain (52.5%), or worry (56.6%). Women with poor or very poor quality of life, dissatisfaction, and strong dissatisfaction (Group 3 - G3) exhibited higher disability scores in terms of mobility and body functions (p=0.000) compared to group 1 (G1), particularly those with more negative feelings of well-being and loneliness (G3). For positive feelings of well-being, it was observed that women in G1 (not at all) had higher disability for mobility and body functions (p=0.000). Article 02: 30.2% were between 22 and 45 years old, in a stable relationship/married, of Black/mixed race/other ethnicity. The majority had a good or very good quality of life (59,05%), were satisfied with their self-perception of quality of life, and 36,49% had a little or somewhat less money. Most did not experience feelings of loneliness or negative feelings of well-being, except for fatigue. In assessing quality of life, women in G3 had higher disability than G1 in most questions (p=0.000). Regarding financial resources, G1 had higher disability than G3. For feelings of loneliness, women in G3 had higher disability than G1 in most cases (p=0.000). For positive feelings of well-being, lower disability was observed, mainly for G3 compared to G1. However, for certain negative feelings to group (G2) exhibited higher disability than G1, while for others, G3 showed greater disability. Conclusion: The majority of women reported good quality of life and satisfaction, with no negative feelings and positive wellbeing. It was observed that the lower the evaluation of quality of life, loneliness, and wellbeing, the higher the disability score. Those with poor or very poor quality of life, dissatisfaction, and feelings of loneliness, fatigue, pain, worry, among others, had greater disability in terms of body functions, mobility, and activities and participation, resulting in a worse impairment of functionalityUniversidade Federal do Rio Grande do NortePrograma de Pós-graduação em Ciências da ReabilitaçãoUFRNBrasilsaúde da mulherfuncionalidadebem-estar subjetivoclassificação internacional de funcionalidadeincapacidade e saúdeinquérito de saúdeAnálise do bem-estar e a funcionalidade de mulheres residentes em Santa Cruz-RN por meio do instrumento Model Disability Surveyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAnaliseBemestarFuncionalidadeMulheres_Estevam_2023.pdfapplication/pdf1931917https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55041/1/AnaliseBemestarFuncionalidadeMulheres_Estevam_2023.pdf05f904b4da89a2aeec711a7ec7d7fca2MD51123456789/550412023-11-01 14:30:39.295oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/55041Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-11-01T17:30:39Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Introdução: O bem-estar é caracterizado por um construto multifatorial e multidimensional e representa as condições e avaliação do indivíduo frente a percepção e satisfação geral com sua própria vida mediante fatores objetivos e subjetivos. Nas mulheres, fatores como a desigualdade de gênero, baixo auto-estima, tripla jornadas de trabalho, presença de doenças crônicas, dentre outros, podem acarretar prejuízos a sua saúde e bem-estar. Objetivo Geral: Analisar o bem-estar e a funcionalidade de mulheres residentes em Santa Cruz-RN por meio do instrumento Model Disability Survey (MDS)-Brasil. Objetivo Artigo 01: realizar a comparação do bem-estar das mulheres e a funcionalidade para os aspectos de mobilidade e funções do corpo por meio do instrumento Model Disability Survey (MDS)-Brasil. Objetivo artigo 02: Comparar o bem-estar e a atividade e participação de mulheres por meio do instrumento MDS-Brasil. Métodos: Estudo transversal de base populacional, realizado a partir de dados de uma pesquisa maior através da aplicação do instrumento MDS. A amostra foi composta por um total de 385 mulheres, que aceitaram participar da pesquisa, com idade de 19 a 88 anos, foram excluídas mulheres para o domínio funções do corpo e atividades e participação em virtude do elevado número de respostas incompletas. As variáveis analisadas foram itens sociodemográficos e econômicos, módulo de funcionalidade e módulo de bem-estar, sendo este último dividido em qualidade de vida, solidão e bem-estar. Foram realizadas análises descritivas utilizando média e desvio padrão, frequências simples e relativas, prevalências e intervalos de confiança, assim como, análise inferencial comparativa através do Kruskall Wallis e Mann Whitney, para a normalidade o teste Kolmogorov-Smirnov (K-S). Resultados Artigo 01: As mulheres apresentaram uma média de idade de 50,36, a maioria relatou ter parceiro (51,4%%), cor/raça parda(44,7%) e não ter trabalho(45,2%). A qualidade de vida geral foi avaliada em boa (49,4%), a maioria relatou estar satisfeita ou muito satisfeita com sua capacidade de desempenhar as atividades de vida diária, consigo mesmo, relações pessoais e condições do local de moradia, principalmente com suas relações (67,5%) e insatisfeitas com a saúde (41%). Menos da metade referiu ter total energia para o dia a dia (42,3%) e dinheiro suficiente (23,1%). Para a solidão, nunca: se sentem sozinhas (55,6%), falta de companhia (54,8%), abandonadas (81,8%) e isoladas dos outros (78,7%). Quanto ao bem-estar, menos da metade das mulheres referiram ter muita: felicidade, entusiasmo e disposição no dia anterior e a maioria disse não ter sentido raiva, frustração, tristeza, estresse, solidão, preocupação, tédio e dor, já o cansaço a maioria das mulheres tiveram sensação de cansaço (57,4%). Mulheres com qualidade de vida ruim ou muito ruim, insatisfeitas e muito insatisfeitas, com mais sentimentos negativos de bem-estar e solidão (G3) apresentaram escores mais altos de incapacidade em relação aos aspectos de mobilidade e funções do corpo com ( p=0,000) na maioria. Para os sentimentos positivos de bem-estar observou que mulheres do G1(nem um pouco) possuem maior incapacidade para aspectos de mobilidade e funções do corpo com ( p=0,000). Artigo 02: Participaram deste estudo 359 mulheres, a maioria das mulheres tinham idade entre 22 a 45 anos (39,2%), união estável/casada (51,4%), eram preta/pardas/outras (62,1%). A maioria tinha qualidade de vida boa ou muito boa (N=232], estavam satisfeitas com sua autopercepção dos aspectos da qualidade de vida, e tinham um pouco ou mais ou menos de dinheiro (N=131). A soma do sentir um pouco, mais ou menos, muito ou com frequência sozinhas (N=155) ou com falta de companhia (N=157) resulta em quase metade da amostra com presença desse sentimentos, A a maioria da mulheres possuem sentimentos positivos de bem-estar, e não referem sentimentos negativos, todavia para o cansaço menos da metade não se sentiram cansadas (N=150). Quanto ao nível de incapacidade observa-se diferenças estatísticas significativas na comparação entre os três grupos de qualidade de vida, solidão e bem-estar sendo a maioria p¹=0,000. Observou-se também que mulheres com qualidade de vida nem boa nem ruim e nem satisfeitas nem insatisfeitas (G2), como também, ruim ou muito ruim e insatisfeitas ou muito insatisfeitas (G3) possuem maior incapacidade do que o G1 com p¹=0,000 exceto para condições de moradia. Isto também repecurte para os sentimentos de solidão, mulheres do G2 e G3 tem maior incapacidade que o G1 em grande parte com p¹=0,000. Para os sentimentos positivos de bem-estar, verificar menor incapacidade para o G3, já para os negativos o G3 apresenta maior incapacidade. Conclusão: Em conclusão, a maioria das mulheres relataram boa qualidade de vida e satisfação, não apresentam sentimentos negativos e possuem sentimentos positivos e bem-estar, todavia, ainda há mulheres com presença de fatores que afetam negativamente o bem-estar e a funcionalidade nos aspectos mobilidade, funções do corpo e atividades e participação dessas mulheres. 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