Exercícios terapêuticos na tendinopatia do manguito rotador: prática clínica de fisioterapeutas brasileiros e efeitos do exercício isométrico em indivíduos afetados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Augusto, Denise Dal'Ava
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58229
Resumo: Introdução: Disfunções nos tendões do manguito rotador (MR), tanto sintomáticas quanto assintomáticas, têm uma alta prevalência na população em geral. O tratamento conservador é indicado para o tratamento das tendinopatias e rupturas do manguito rotador, especialmente o treinamento resistido que impõe carga ao tendão de forma progressiva, a fim de auxiliar na sua reparação por meio da alteração de seu metabolismo e propriedades mecânicas e estruturais. Dentre as diversas formas de resistência, os exercícios excêntricos e concêntricos têm se mostrado eficazes para a melhora da função geral do ombro, e poucos estudos têm sido desenvolvidos avaliando os efeitos do exercício isométrico na tendinopatia do MR. Objetivos: Estudo I= Investigar o uso dos exercícios terapêuticos por fisioterapeutas brasileiros, no manejo da tendinopatia de MR. Estudo II= Investigar os efeitos de um protocolo de exercícios isométricos para os músculos do MR associado a exercícios de alongamento e fortalecimento de músculos do ombro sobre a dor e função do ombro, força e atividade eletromiográfica dos músculos do MR e ombro em indivíduos com tendinopatia de MR. Métodos: Estudo I= Foi realizada uma pesquisa online com uma amostra de 159 fisioterapeutas brasileiros. A pesquisa incluiu uma combinação de 62 perguntas abertas e fechadas, divididas em três seções: dados demográficos dos participantes, experiência profissional e prática clínica na reabilitação de pacientes com tendinopatia MR. Estudo II= O estudo II caracterizou-se por uma série de casos com onze indivíduos (8 mulheres e 3 homens, 37,9±5,6 anos) com tendinopatia do MR. Os participantes realizaram exercícios isométricos do MR em combinação com alongamento e fortalecimento da musculatura do complexo do ombro durante 6 semanas. Os efeitos do tratamento foram avaliados com base na dor e função do ombro autorrelatados pelo paciente, força muscular isométrica, atividade eletromiográfica de músculos do ombro durante a elevação do braço e rotação interna e externa do ombro e dor durante a elevação do braço antes e imediatamente após a primeira sessão de intervenção e após 6 semanas de intervenção. Resultados: Estudo I = Setenta de seis por cento dos fisioterapeutas relataram ter especial interesse na reabilitação do ombro. A maioria da nossa amostra recomendou exercícios isométricos (69,9%) na fase inicial da reabilitação e exercícios excêntricos (47,4%) na fase avançada. Porém, houve grande variabilidade na determinação do volume dos exercícios, principalmente nos exercícios isométricos. Na determinação e progressão da carga de exercício, a maioria da nossa amostra considerou a dor e o conforto do paciente, independentemente do tipo de exercício, e a maioria (48,4%) recomendou reavaliar e modificar os exercícios semanalmente. Além disso, a maioria dos fisioterapeutas não interromperia os exercícios em caso de dor durante as fases inicial e tardia da reabilitação, apesar da dor ser considerada o principal efeito adverso do exercício e um critério para alta. Além dos exercícios resistidos, os fisioterapeutas também recomendaram outros exercícios e técnicas tanto na fase inicial quanto na fase avançada da reabilitação, tais como exercícios de estabilização escapular, mobilidade de ombro e exercícios para coluna cervical e torácica, além de fornecerem recomendações de exercícios domiciliares, como alongamentos e exercícios de fortalecimento dos músculos do MR. Estudo II = Após 6 semanas de intervenção, houve redução da dor em repouso de 1,72 pontos (IC=-2,99–-0,44, d=1,20), da dor durante atividades normais de 3,80 pontos (IC=-5,72–-1,88, d=1,76) e na dor durante atividades extenuantes de 3,10 pontos (IC=-5,02–-1,18, d=1,44), avaliadas pelo Penn Shoulder Score (PSS). Também foi observada melhora da função do ombro tanto pelo instrumento Penn (DM=15,7, IC=-27,3–-4,1, d=1,29) quanto pelo WORC (DM=410,9, IC=-76,0–-58,8, d=0,46). Os resultados mostraram também aumento da força muscular isométrica para elevação do braço (DM=3,24BW%, IC=0,17–6,31, d=0,45) e rotação interna (DM=3,98BW%, IC=0,31–7,65, d=0,49), aumento da atividade muscular do infraespinhal (DM=8,6%, IC=1,30–15,90, d=0,51) e serrátil anterior (DM=12,1%, IC=4,3417,86, d=0,60) e ainda redução da dor durante a elevação do braço (DM=1,99, IC=-3,64–-0,33, d=0,33). Não houve nenhuma diferença entre a avaliação inicial e imediatamente após a primeira sessão de intervenção para nenhuma das variáveis. Conclusões: Estudo I = A maioria dos fisioterapeutas brasileiros da nossa amostra incorpora exercícios de fortalecimento de MR em seus programas de reabilitação, corroborando com as recomendações atuais da literatura. Os exercícios isométricos são normalmente recomendados para a fase inicial, enquanto os exercícios excêntricos são recomendados para a fase avançada. No entanto, houve uma grande variabilidade nos parâmetros utilizados para esses exercícios. Apesar da falta de consenso sobre alguns aspectos, nossos achados indicam que a prática clínica dos fisioterapeutas brasileiros está em consonância com a literatura e a prática atuais em outros países. Estudo II = Este relato de caso mostrou que um protocolo de exercícios isométricos de MR em combinação com alongamento e fortalecimento da musculatura do complexo do ombro pode melhorar a dor durante a elevação do braço e a força isométrica do ombro, bem como a função e atividade EMG dos músculos infraespinhal e serrátil anterior em indivíduos com tendinopatia MR após um período de 6 semanas de intervenção.
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O tratamento conservador é indicado para o tratamento das tendinopatias e rupturas do manguito rotador, especialmente o treinamento resistido que impõe carga ao tendão de forma progressiva, a fim de auxiliar na sua reparação por meio da alteração de seu metabolismo e propriedades mecânicas e estruturais. Dentre as diversas formas de resistência, os exercícios excêntricos e concêntricos têm se mostrado eficazes para a melhora da função geral do ombro, e poucos estudos têm sido desenvolvidos avaliando os efeitos do exercício isométrico na tendinopatia do MR. Objetivos: Estudo I= Investigar o uso dos exercícios terapêuticos por fisioterapeutas brasileiros, no manejo da tendinopatia de MR. Estudo II= Investigar os efeitos de um protocolo de exercícios isométricos para os músculos do MR associado a exercícios de alongamento e fortalecimento de músculos do ombro sobre a dor e função do ombro, força e atividade eletromiográfica dos músculos do MR e ombro em indivíduos com tendinopatia de MR. Métodos: Estudo I= Foi realizada uma pesquisa online com uma amostra de 159 fisioterapeutas brasileiros. A pesquisa incluiu uma combinação de 62 perguntas abertas e fechadas, divididas em três seções: dados demográficos dos participantes, experiência profissional e prática clínica na reabilitação de pacientes com tendinopatia MR. Estudo II= O estudo II caracterizou-se por uma série de casos com onze indivíduos (8 mulheres e 3 homens, 37,9±5,6 anos) com tendinopatia do MR. Os participantes realizaram exercícios isométricos do MR em combinação com alongamento e fortalecimento da musculatura do complexo do ombro durante 6 semanas. 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Estudo II = Após 6 semanas de intervenção, houve redução da dor em repouso de 1,72 pontos (IC=-2,99–-0,44, d=1,20), da dor durante atividades normais de 3,80 pontos (IC=-5,72–-1,88, d=1,76) e na dor durante atividades extenuantes de 3,10 pontos (IC=-5,02–-1,18, d=1,44), avaliadas pelo Penn Shoulder Score (PSS). Também foi observada melhora da função do ombro tanto pelo instrumento Penn (DM=15,7, IC=-27,3–-4,1, d=1,29) quanto pelo WORC (DM=410,9, IC=-76,0–-58,8, d=0,46). Os resultados mostraram também aumento da força muscular isométrica para elevação do braço (DM=3,24BW%, IC=0,17–6,31, d=0,45) e rotação interna (DM=3,98BW%, IC=0,31–7,65, d=0,49), aumento da atividade muscular do infraespinhal (DM=8,6%, IC=1,30–15,90, d=0,51) e serrátil anterior (DM=12,1%, IC=4,3417,86, d=0,60) e ainda redução da dor durante a elevação do braço (DM=1,99, IC=-3,64–-0,33, d=0,33). 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Estudo II = Este relato de caso mostrou que um protocolo de exercícios isométricos de MR em combinação com alongamento e fortalecimento da musculatura do complexo do ombro pode melhorar a dor durante a elevação do braço e a força isométrica do ombro, bem como a função e atividade EMG dos músculos infraespinhal e serrátil anterior em indivíduos com tendinopatia MR após um período de 6 semanas de intervenção.Introduction: Dysfunctions in the tendons of the rotator cuff (RC), both symptomatic and asymptomatic, have a high prevalence in the general population. Conservative treatment is recommended for addressing tendinopathies and ruptures of the rotator cuff, especially resisted training that progressively imposes load on the tendon to assist in its repair by altering its metabolism and mechanical and structural properties. Among various forms of resistance, eccentric and concentric exercises have proven effective in improving overall shoulder function, and few studies have been conducted to assess the effects of isometric exercise on RC tendinopathy. Objectives: Study I = Investigate the use of therapeutic exercises by Brazilian physiotherapists in the management of rotator cuff tendinopathy. Study II = Investigate the effects of an isometric exercise protocol for the muscles of the rotator cuff, combined with stretching and strengthening exercises for shoulder muscles, on shoulder pain and function, strength, and electromyographic activity of the rotator cuff and shoulder muscles in individuals with rotator cuff tendinopathy. Methods: Study I = An online survey was conducted with a sample of 159 Brazilian physiotherapists. The survey comprised a combination of 62 open and closed-ended questions, divided into three sections: participants' demographic data, professional experience, and clinical practice in the rehabilitation of patients with rotator cuff tendinopathy. Study II = The second study was characterized as a case series involving eleven individuals (8 women and 3 men, aged 37.9±5.6 years) with rotator cuff tendinopathy. Participants engaged in isometric exercises for the rotator cuff, combined with stretching and strengthening of the shoulder complex muscles over a 6-week period. The treatment effects were assessed based on patient self-reported shoulder pain and function, isometric muscle strength, electromyographic activity of shoulder muscles during arm elevation and internal and external shoulder rotation, and pain during arm elevation before and immediately after the first intervention session and after 6 weeks of intervention. Results: Study I = Seventy-six percent of physiotherapists reported having a special interest in shoulder rehabilitation. The majority of our sample recommended isometric exercises (69.9%) in the initial phase of rehabilitation and eccentric exercises (47.4%) in the advanced phase. However, there was significant variability in determining exercise volume, particularly for isometric exercises. In determining and progressing exercise load, most of our sample considered patient pain and comfort, regardless of the exercise type, with the majority (48.4%) recommending weekly reassessment and modification of exercises. Additionally, most physiotherapists would not interrupt exercises in case of pain during the early and late rehabilitation phases, despite pain being considered the main adverse effect of exercise and a discharge criterion. In addition to resisted exercises, physiotherapists also recommended other exercises and techniques in both the initial and advanced phases of rehabilitation, such as scapular stabilization exercises, shoulder mobility, and exercises for the cervical and thoracic spine. They also provided recommendations for home exercises, such as stretches and strengthening exercises for the rotator cuff muscles. Study II = After 6 weeks of intervention, there was a reduction in resting pain by 1.72 points (CI=-2.99–-0.44, d=1.20), pain during normal activities by 3.80 points (CI=-5.72–-1.88, d=1.76), and pain during strenuous activities by 3.10 points (CI=-5.02–-1.18, d=1.44), as assessed by the Penn. There was also an improvement in shoulder function both according to the Penn instrument (DM=15.7, CI=-27.3–-4.1, d=1.29) and the WORC (DM=410.9, CI=-76.0–-58.8, d=0.46). The results also showed an increase in isometric muscle strength for arm elevation (DM=3.24BW%, CI=0.17–6.31, d=0.45) and internal rotation (DM=3.98BW%, CI=0.31–7.65, d=0.49), an increase in muscle activity of the infraspinatus (DM=8.6%, CI=1.30–15.90, d=0.51) and serratus anterior (DM=12.1%, CI=4.34–17.86, d=0.60), and a reduction in pain during arm elevation (DM=1.99, CI=-3.64–-0.33, d=0.33). There was no difference between the initial assessment and immediately after the first intervention session for any of the variables.2026-03-02Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALReabilitaçãoFisioterapiaDor no ombroDor subacromialManejo da dorExercícios terapêuticos na tendinopatia do manguito rotador: prática clínica de fisioterapeutas brasileiros e efeitos do exercício isométrico em indivíduos afetadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/embargoedAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALExerciciosterapeuticostendinopatia_Augusto_2023.pdfapplication/pdf2207585https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/58229/1/Exerciciosterapeuticostendinopatia_Augusto_2023.pdff36c837c38f1ac3150a036f667c72090MD51123456789/582292024-04-23 17:45:19.605oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/58229Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2024-04-23T20:45:19Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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Estudo II= Investigar os efeitos de um protocolo de exercícios isométricos para os músculos do MR associado a exercícios de alongamento e fortalecimento de músculos do ombro sobre a dor e função do ombro, força e atividade eletromiográfica dos músculos do MR e ombro em indivíduos com tendinopatia de MR. Métodos: Estudo I= Foi realizada uma pesquisa online com uma amostra de 159 fisioterapeutas brasileiros. A pesquisa incluiu uma combinação de 62 perguntas abertas e fechadas, divididas em três seções: dados demográficos dos participantes, experiência profissional e prática clínica na reabilitação de pacientes com tendinopatia MR. Estudo II= O estudo II caracterizou-se por uma série de casos com onze indivíduos (8 mulheres e 3 homens, 37,9±5,6 anos) com tendinopatia do MR. Os participantes realizaram exercícios isométricos do MR em combinação com alongamento e fortalecimento da musculatura do complexo do ombro durante 6 semanas. Os efeitos do tratamento foram avaliados com base na dor e função do ombro autorrelatados pelo paciente, força muscular isométrica, atividade eletromiográfica de músculos do ombro durante a elevação do braço e rotação interna e externa do ombro e dor durante a elevação do braço antes e imediatamente após a primeira sessão de intervenção e após 6 semanas de intervenção. Resultados: Estudo I = Setenta de seis por cento dos fisioterapeutas relataram ter especial interesse na reabilitação do ombro. A maioria da nossa amostra recomendou exercícios isométricos (69,9%) na fase inicial da reabilitação e exercícios excêntricos (47,4%) na fase avançada. Porém, houve grande variabilidade na determinação do volume dos exercícios, principalmente nos exercícios isométricos. Na determinação e progressão da carga de exercício, a maioria da nossa amostra considerou a dor e o conforto do paciente, independentemente do tipo de exercício, e a maioria (48,4%) recomendou reavaliar e modificar os exercícios semanalmente. Além disso, a maioria dos fisioterapeutas não interromperia os exercícios em caso de dor durante as fases inicial e tardia da reabilitação, apesar da dor ser considerada o principal efeito adverso do exercício e um critério para alta. Além dos exercícios resistidos, os fisioterapeutas também recomendaram outros exercícios e técnicas tanto na fase inicial quanto na fase avançada da reabilitação, tais como exercícios de estabilização escapular, mobilidade de ombro e exercícios para coluna cervical e torácica, além de fornecerem recomendações de exercícios domiciliares, como alongamentos e exercícios de fortalecimento dos músculos do MR. Estudo II = Após 6 semanas de intervenção, houve redução da dor em repouso de 1,72 pontos (IC=-2,99–-0,44, d=1,20), da dor durante atividades normais de 3,80 pontos (IC=-5,72–-1,88, d=1,76) e na dor durante atividades extenuantes de 3,10 pontos (IC=-5,02–-1,18, d=1,44), avaliadas pelo Penn Shoulder Score (PSS). Também foi observada melhora da função do ombro tanto pelo instrumento Penn (DM=15,7, IC=-27,3–-4,1, d=1,29) quanto pelo WORC (DM=410,9, IC=-76,0–-58,8, d=0,46). Os resultados mostraram também aumento da força muscular isométrica para elevação do braço (DM=3,24BW%, IC=0,17–6,31, d=0,45) e rotação interna (DM=3,98BW%, IC=0,31–7,65, d=0,49), aumento da atividade muscular do infraespinhal (DM=8,6%, IC=1,30–15,90, d=0,51) e serrátil anterior (DM=12,1%, IC=4,3417,86, d=0,60) e ainda redução da dor durante a elevação do braço (DM=1,99, IC=-3,64–-0,33, d=0,33). 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