A geografia dos movimentos socioterritoriais no estado do Rio Grande do Norte: espacialização e territorialização da luta pela terra (2003-2017)
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34659 |
Resumo: | A presente monografia possui como questão central identificar e compreender de que forma ocorre o atual processo de espacialização e territorialização do campesinato na luta pela terra no estado do Rio Grande do Norte. Portanto, partimos da perspectiva de que os conflitos por terra no estado do RN surgem a partir da não realização da reforma agrária e das precárias condições de trabalho no campo. Os trabalhadores sem-terra unem-se aos movimentos sociais, que, utilizam como principal estratégia as ocupações de terras, a fim de pressionar o Estado para criação de políticas que beneficie esses trabalhadores. Tal pesquisa está embasada numa perspectiva teórica centrada nos conceitos do território como apropriação do espaço geográfico, o qual se configura como um verdadeiro campo de lutas; os movimentos sociais como uma forma de organização política e social; e as ocupações como estratégia utilizada pelos movimentos socioterritoriais na conquista do território. Para obtenção dos dados, foram feitos os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento e mapeamento dos principais movimentos socioterritoriais atuantes no RN, quantificação, distribuição e análise das famílias atuantes em ocupações e famílias assentadas no RN. Diante do exposto, chegamos a verificar que o MST é o movimento mais atuante na luta pela terra no RN, principalmente, entre os anos de 2003-2017, tendo esse, liderado sozinho todas as ocupações realizadas nas Mesorregiões Leste, Agreste e Central Potiguar e participando ativamente nas ocupações ocorridas na Mesorregião Oeste. As demais ocupações foram promovidas pelos movimentos, CPT, FETARN, STR e o STL, tendo esses atuado somente na Mesorregião Oeste entre 2003/2017. |
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Araújo, Noême Martins deLocatel, Celso DonizeteSilva, Anelino Francisco daMorais, Hugo Arruda de2019-12-12T14:42:41Z2021-09-20T13:43:04Z2019-12-12T14:42:41Z2021-09-20T13:43:04Z2019-12-0220160133925ARAÚJO, Noême Martins de. A geografia dos movimentos socioterritoriais no estado do Rio Grande do Norte: espacialização e territorialização da luta pela terra (2003-2017). 76 f. Trabalho de conclusão de curso (Geografia) –Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Departamento de Geografia, 2019.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34659A presente monografia possui como questão central identificar e compreender de que forma ocorre o atual processo de espacialização e territorialização do campesinato na luta pela terra no estado do Rio Grande do Norte. Portanto, partimos da perspectiva de que os conflitos por terra no estado do RN surgem a partir da não realização da reforma agrária e das precárias condições de trabalho no campo. Os trabalhadores sem-terra unem-se aos movimentos sociais, que, utilizam como principal estratégia as ocupações de terras, a fim de pressionar o Estado para criação de políticas que beneficie esses trabalhadores. Tal pesquisa está embasada numa perspectiva teórica centrada nos conceitos do território como apropriação do espaço geográfico, o qual se configura como um verdadeiro campo de lutas; os movimentos sociais como uma forma de organização política e social; e as ocupações como estratégia utilizada pelos movimentos socioterritoriais na conquista do território. Para obtenção dos dados, foram feitos os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento e mapeamento dos principais movimentos socioterritoriais atuantes no RN, quantificação, distribuição e análise das famílias atuantes em ocupações e famílias assentadas no RN. Diante do exposto, chegamos a verificar que o MST é o movimento mais atuante na luta pela terra no RN, principalmente, entre os anos de 2003-2017, tendo esse, liderado sozinho todas as ocupações realizadas nas Mesorregiões Leste, Agreste e Central Potiguar e participando ativamente nas ocupações ocorridas na Mesorregião Oeste. As demais ocupações foram promovidas pelos movimentos, CPT, FETARN, STR e o STL, tendo esses atuado somente na Mesorregião Oeste entre 2003/2017.The present monograph has as its central question to identify and understand how the current process of spatialization and territorialization of the peasantry in the struggle for land in the state of Rio Grande do Norte occurs. Therefore, we start from the perspective that land conflicts in the state of RN arise from the non-implementation of land reform and precarious working conditions in the countryside. Landless workers join the social movements, which use land occupation as their main strategy in order to pressure the state to create policies that benefit these workers. Such research is based on a theoretical perspective centered on the concepts of territory as appropriation of geographic space, which is configured as a true field of struggle; social movements as a form of political and social organization; and occupations as a strategy used by socio-territorial movements in conquering the territory. To obtain the data, the following methodological procedures were performed: survey and mapping of the main socio-territorial movements acting in the NB, quantification, distribution and analysis of families working in occupations and families settled in the NB. Given the above, we can see that the MST is the most active movement in the fight for land in the RN, especially between 2003-2017, having led alone all occupations carried out in the East, Agreste and Central Potiguar Mesoregions and actively participating in occupations in the Mesoregion West. The other occupations were promoted by the movements, CPT, FETARN, STR and STL, having only acted in the Mesoregion West between 2003/2017.Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilBacharelado em GeografiaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessGeografia AgráriaOcupaçãoTerritorializaçãoMovimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)Reforma AgráriaRio Grande do NorteA geografia dos movimentos socioterritoriais no estado do Rio Grande do Norte: espacialização e territorialização da luta pela terra (2003-2017)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALGeografiaMovimentosSocioterritoriais_Araujo_2019.pdfMonografiaapplication/pdf2047236https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34659/1/GeografiaMovimentosSocioterritoriais_Araujo_2019.pdfdca52c183dfe786609c990444b77b6a3MD51CC-LICENSElicense_rdfapplication/octet-stream811https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34659/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txttext/plain762https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34659/3/license.txte428689918449bd69f843393981e4109MD53TEXTAgeografiadosmovimentos_Araujo_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain145851https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34659/4/Ageografiadosmovimentos_Araujo_2019.pdf.txt4663695071b7a07f52aa24d6d70b62faMD54123456789/346592023-02-24 17:20:34.748oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/34659PGNlbnRlcj48c3Ryb25nPlVOSVZFUlNJREFERSBGRURFUkFMIERPIFJJTyBHUkFOREUgRE8gTk9SVEU8L3N0cm9uZz48L2NlbnRlcj4NCjxjZW50ZXI+PHN0cm9uZz5CSUJMSU9URUNBIERJR0lUQUwgREUgTU9OT0dSQUZJQVM8L3N0cm9uZz48L2NlbnRlcj4NCg0KPGNlbnRlcj5UZXJtbyBkZSBBdXRvcml6YcOnw6NvIHBhcmEgZGlzcG9uaWJpbGl6YcOnw6NvIGRlIE1vbm9ncmFmaWFzIGRlIEdyYWR1YcOnw6NvIGUgRXNwZWNpYWxpemHDp8OjbyBuYSBCaWJsaW90ZWNhIERpZ2l0YWwgZGUgTW9ub2dyYWZpYXMgKEJETSk8L2NlbnRlcj4NCg0KTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yIGRhIG1vbm9ncmFmaWEsIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSAoVUZSTikgYSBkaXNwb25pYmlsaXphciBhdHJhdsOpcyBkYSBCaWJsaW90ZWNhIERpZ2l0YWwgZGUgTW9ub2dyYWZpYXMgZGEgVUZSTiwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBkZSBhY29yZG8gY29tIGEgTGVpIG7CsCA5NjEwLzk4LCBvIHRleHRvIGludGVncmFsIGRhIG9icmEgc3VibWV0aWRhIHBhcmEgZmlucyBkZSBsZWl0dXJhLCBpbXByZXNzw6NvIGUvb3UgZG93bmxvYWQsIGEgdMOtdHVsbyBkZSBkaXZ1bGdhw6fDo28gZGEgcHJvZHXDp8OjbyBjaWVudMOtZmljYSBicmFzaWxlaXJhLCBhIHBhcnRpciBkYSBkYXRhIGRlc3RhIHN1Ym1pc3PDo28uIA0KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-02-24T20:20:34Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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A presente monografia possui como questão central identificar e compreender de que forma ocorre o atual processo de espacialização e territorialização do campesinato na luta pela terra no estado do Rio Grande do Norte. Portanto, partimos da perspectiva de que os conflitos por terra no estado do RN surgem a partir da não realização da reforma agrária e das precárias condições de trabalho no campo. Os trabalhadores sem-terra unem-se aos movimentos sociais, que, utilizam como principal estratégia as ocupações de terras, a fim de pressionar o Estado para criação de políticas que beneficie esses trabalhadores. Tal pesquisa está embasada numa perspectiva teórica centrada nos conceitos do território como apropriação do espaço geográfico, o qual se configura como um verdadeiro campo de lutas; os movimentos sociais como uma forma de organização política e social; e as ocupações como estratégia utilizada pelos movimentos socioterritoriais na conquista do território. Para obtenção dos dados, foram feitos os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento e mapeamento dos principais movimentos socioterritoriais atuantes no RN, quantificação, distribuição e análise das famílias atuantes em ocupações e famílias assentadas no RN. Diante do exposto, chegamos a verificar que o MST é o movimento mais atuante na luta pela terra no RN, principalmente, entre os anos de 2003-2017, tendo esse, liderado sozinho todas as ocupações realizadas nas Mesorregiões Leste, Agreste e Central Potiguar e participando ativamente nas ocupações ocorridas na Mesorregião Oeste. As demais ocupações foram promovidas pelos movimentos, CPT, FETARN, STR e o STL, tendo esses atuado somente na Mesorregião Oeste entre 2003/2017. |
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