Efeitos da reabilitação cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca portadores de ressincronizador cardíaco

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Corte, Renata Cristina
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28787
Resumo: INTRODUÇÃO. A terapia de ressincronização cardíaca (TRC) é indicada para pacientes com disfunção ventricular grave, estágios avançados de insuficiência cardíaca (IC) e refratários ao tratamento convencional. É uma modalidade de estimulação cardíaca artificial que tem o objetivo de corrigir disfunções eletromecânicas do coração, reduzir a morbimortalidade e o remodelamento reverso em indivíduos com IC e vem sendo amplamente utilizada nos últimos anos demonstrando melhora da sintomatologia, da capacidade de exercício e da função ventricular. As adaptações centrais oriundas da TRC são aceitas como benéficas no tratamento da IC com disfunção ventricular grave. No entanto, é sabido que a causa da intolerância ao exercício na IC é multifatorial, além de alterações centrais, com baixa reserva cardíaca, alteração periférica com disfunção da musculatura esquelética e baixa reserva pulmonar contribuem para a baixa capacidade de exercício. OBJETIVOS. Avaliar e comparar os efeitos de um programa de reabilitação cardíaca em pacientes com IC portadores da TRC. MÉTODOS. Os pacientes foram encaminhados ao ambulatório de reabilitação cardíaca pelo médico cardiologista e incluídos na pesquisa aqueles que apresentaram diagnóstico de IC, implante de ressincronizador cardíaco por pelo menos três meses, com classe funcional I, II e III, segundo a New York Heart Association (NYHA) e com FE reduzida e preservada. Esses pacientes compuseram o grupo IC+TRC. Foi incluída na pesquisa uma análise retrospectiva de pacientes com IC sem ressincronizador cardíaco ou quaisquer tipos de dispositivo cardíaco implantável que realizaram reabilitação cardíaca no período de outubro de 2014 a fevereiro de 2018 e esses compuseram o grupo IC. Primeiramente, todos os pacientes passaram por avaliação clínica, antropométrica e espirométricas. Em um segundo momento os mesmo realizaram o teste de esforço cardiopulmonar (TECP) utilizando esteira convencional. Em todos os testes foram tomadas as medidas ventilatórias (VE-ventilação por minuto, VE/VO2-equivalente ventilatório de oxigênio, VE/VCO2-equivalente ventilatório de dióxido de carbono, RER-razão de troca gasosa) e metabólicas (VO2-consumo de oxigênio, VCO2-produção de dióxido de carbono) dos gases expirados (breath-by-breath) com sistema de análise de gases respiratórios (CortexBiophysik-Metamax3B), além disso, foram tomadas as medidas do VE/VCO2 slope e oxygen uptake efficiency slope (OUES). As sessões de reabilitação cardíaca foram realizadas três vezes na semana, por 12 semanas, com prescrição de exercício individualizada. Um novo TECP foi realizado após o período de treinamento. Foi utilizado o software SPSS na versão 20,0 para a análise estatística sendo atribuído um valor de 5% para testar as hipóteses, além disso, foi realizado o cálculo o tamanho do efeito (TDE) de cada variável analisada. RESULTADOS. Foram elegíveis para o estudo 18 pacientes com IC portadores da TRC e 8 foram excluídos pois não participaram de todas as etapas do estudo, totalizando 10 indivíduos analisados. Para o grupo IC foram elegíveis 69 pacientes, no entanto 47 foram excluídos, totalizando 22 pacientes analisados. Os pacientes apresentaram idade média de 52±13 anos, com prevalência do sexo masculino (68,7%), com FE média de 34±5% e 46,8% de etiologia isquêmica. Após a reabilitação cardíaca a média de aumento no tempo de teste foi de 136,9 (p<0,001) segundos no grupo IC e 142,8 (p=0,004) segundos no grupo IC+TRC. Após a reabilitação cardíaca os pacientes do grupo IC apresentaram um aumento médio de 4,9 mL/Kg/min (p<0,001) de VO2 pico e os pacientes do grupo IC+TRC um aumento de 2,19 mL/Kg/min (p=0,02) e a porcentagem predita média do VO2 pico aumento de 61 para 76% e de 57 para 67%, respectivamente. Além disso, os pacientes do grupo IC apresentaram aumento do VO2 pico no LA (15,7±5 para 18±5,5 mL/Kg/min, p=0,006) e no tempo de LA (252±92 para 366±102 segundos, p=0,004). Adicionalmente, o grupo IC apresentou melhora da eficiência ventilatória, refletida pelos valores VE/VCO2 slope (Δ-3,4,p=0,03) e OUES (Δ98,27mL/min, p=0,04), enquanto que o grupo IC+TRC apresentou aumento significativo somente no OUES (Δ146,12mL/min, p=0,01). CONCLUSÃO. Os pacientes com IC portadores de ressincronizador cardíaco se beneficiaram do programa de reabilitação cardiaca com aumento da capacidade de exercício, refletida pelo VO2 pico, melhora da eficiência ventilatória, demonstrada pelos valores do OUES, e melhora da qualidade de vida.
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É uma modalidade de estimulação cardíaca artificial que tem o objetivo de corrigir disfunções eletromecânicas do coração, reduzir a morbimortalidade e o remodelamento reverso em indivíduos com IC e vem sendo amplamente utilizada nos últimos anos demonstrando melhora da sintomatologia, da capacidade de exercício e da função ventricular. As adaptações centrais oriundas da TRC são aceitas como benéficas no tratamento da IC com disfunção ventricular grave. No entanto, é sabido que a causa da intolerância ao exercício na IC é multifatorial, além de alterações centrais, com baixa reserva cardíaca, alteração periférica com disfunção da musculatura esquelética e baixa reserva pulmonar contribuem para a baixa capacidade de exercício. OBJETIVOS. Avaliar e comparar os efeitos de um programa de reabilitação cardíaca em pacientes com IC portadores da TRC. MÉTODOS. Os pacientes foram encaminhados ao ambulatório de reabilitação cardíaca pelo médico cardiologista e incluídos na pesquisa aqueles que apresentaram diagnóstico de IC, implante de ressincronizador cardíaco por pelo menos três meses, com classe funcional I, II e III, segundo a New York Heart Association (NYHA) e com FE reduzida e preservada. Esses pacientes compuseram o grupo IC+TRC. Foi incluída na pesquisa uma análise retrospectiva de pacientes com IC sem ressincronizador cardíaco ou quaisquer tipos de dispositivo cardíaco implantável que realizaram reabilitação cardíaca no período de outubro de 2014 a fevereiro de 2018 e esses compuseram o grupo IC. Primeiramente, todos os pacientes passaram por avaliação clínica, antropométrica e espirométricas. Em um segundo momento os mesmo realizaram o teste de esforço cardiopulmonar (TECP) utilizando esteira convencional. Em todos os testes foram tomadas as medidas ventilatórias (VE-ventilação por minuto, VE/VO2-equivalente ventilatório de oxigênio, VE/VCO2-equivalente ventilatório de dióxido de carbono, RER-razão de troca gasosa) e metabólicas (VO2-consumo de oxigênio, VCO2-produção de dióxido de carbono) dos gases expirados (breath-by-breath) com sistema de análise de gases respiratórios (CortexBiophysik-Metamax3B), além disso, foram tomadas as medidas do VE/VCO2 slope e oxygen uptake efficiency slope (OUES). As sessões de reabilitação cardíaca foram realizadas três vezes na semana, por 12 semanas, com prescrição de exercício individualizada. Um novo TECP foi realizado após o período de treinamento. Foi utilizado o software SPSS na versão 20,0 para a análise estatística sendo atribuído um valor de 5% para testar as hipóteses, além disso, foi realizado o cálculo o tamanho do efeito (TDE) de cada variável analisada. RESULTADOS. Foram elegíveis para o estudo 18 pacientes com IC portadores da TRC e 8 foram excluídos pois não participaram de todas as etapas do estudo, totalizando 10 indivíduos analisados. Para o grupo IC foram elegíveis 69 pacientes, no entanto 47 foram excluídos, totalizando 22 pacientes analisados. Os pacientes apresentaram idade média de 52±13 anos, com prevalência do sexo masculino (68,7%), com FE média de 34±5% e 46,8% de etiologia isquêmica. Após a reabilitação cardíaca a média de aumento no tempo de teste foi de 136,9 (p<0,001) segundos no grupo IC e 142,8 (p=0,004) segundos no grupo IC+TRC. Após a reabilitação cardíaca os pacientes do grupo IC apresentaram um aumento médio de 4,9 mL/Kg/min (p<0,001) de VO2 pico e os pacientes do grupo IC+TRC um aumento de 2,19 mL/Kg/min (p=0,02) e a porcentagem predita média do VO2 pico aumento de 61 para 76% e de 57 para 67%, respectivamente. Além disso, os pacientes do grupo IC apresentaram aumento do VO2 pico no LA (15,7±5 para 18±5,5 mL/Kg/min, p=0,006) e no tempo de LA (252±92 para 366±102 segundos, p=0,004). Adicionalmente, o grupo IC apresentou melhora da eficiência ventilatória, refletida pelos valores VE/VCO2 slope (Δ-3,4,p=0,03) e OUES (Δ98,27mL/min, p=0,04), enquanto que o grupo IC+TRC apresentou aumento significativo somente no OUES (Δ146,12mL/min, p=0,01). CONCLUSÃO. Os pacientes com IC portadores de ressincronizador cardíaco se beneficiaram do programa de reabilitação cardiaca com aumento da capacidade de exercício, refletida pelo VO2 pico, melhora da eficiência ventilatória, demonstrada pelos valores do OUES, e melhora da qualidade de vida.INTRODUCTION. Cardiac resynchronization therapy (CRT) is indicated for patients with severe ventricular dysfunction, advanced stages of heart failure (HF) and refractory to conventional treatment. It is an artificial cardiac pacing modality that aims to correct electromechanical dysfunctions of the heart, reduce morbidity and mortality and reverse remodeling in individuals with HF. It has been widely used in recent years, showing improvement in symptomatology, exercise capacity and ventricular function. Central adaptations derived from CRT are accepted as beneficial in the treatment of HF with severe ventricular dysfunction. However, it is known that the cause of exercise intolerance in HF is multifactorial, and central alterations, with low cardiac reserve, peripheral alteration with skeletal muscle dysfunction and low pulmonary reserve contribute to the low exercise capacity. AIM. To evaluate and compare the effects of a cardiac rehabilitation program on HF patients with CRT. METHODS. The patients were referred to the cardiac rehabilitation outpatient clinic by the cardiologist and included in the research those who had a diagnosis of HF, cardiac resynchronizer implantation for at least three months, with functional class I, II and III, according to the New York Heart Association (NYHA) and with reduced and preserved LVEF. These patients comprised the IC+CRT group. A retrospective analysis of patients with HF without cardiac resynchronizer or any type of implantable cardiac device who underwent cardiac rehabilitation from October 2014 to February 2018 was included in the study and these comprised the HF group. First, all patients underwent clinical, anthropometric and spirometric evaluation. In a second moment they performed the cardiopulmonar exercise test (CPET) using a conventional treadmill. Ventilation (VE-minute ventilation, VE/VO2- oxygen equivalent, VE/VCO2- ventilatory equivalent of carbon dioxide, RER- gas exchange ratio) and metabolic (VO2-consumption of oxygen, VCO2-carbon dioxide output of breath-by-breath with Cortex-Biophysik-Metamax3B system, and VE/VCO2 slope and oxygen uptake efficiency slope (OUES). Cardiac rehabilitation sessions were performed three times a week for 12 weeks as a prescription for individualized exercise. A new TECP was performed after the training period. The software SPSS version 20.0 was used for statistical analysis and a value of 5% was assigned to test the hypotheses. In addition, the effect size (ES) of each variable analyzed was calculated. RESULTS. Eighteen patients with HF with CRT were eligible for the study and 8 were excluded because they did not participate in all stages of the study, totaling 10 individuals analyzed. For the HF group 69 patients were eligible, however 47 were excluded, totaling 22 patients analyzed. The patients had a mean age of 52±13 years, with male prevalence (68.7%), with mean EF of 34±5% and 46.8% of ischemic etiology. After cardiac rehabilitation the mean increase in exercise duration was 136.9 (p <0.001) seconds in the HF group and 142.8 (p = 0.004) seconds in the HF+CRT group. After cardiac rehabilitation, patients in the HF group presented a mean increase of 4.9mL/kg/min (p<0.001) of peak VO2 and patients in the HF+CRT group increased 2.19mL/kg/min (p=0.02) and the average predicted percentage of VO2 peak increased from 61 to 76% and from 57 to 67%, respectively. In addition, patients in the HF group had an increase in peak VO2 in AT (15.7±5 to 18±5.5 mL/kg/min, p=0.006) and in AT duration (252±92 to 366±102 seconds, p=0.004). Additionally, the HF group showed improvement in ventilatory efficiency, reflected by the values VE/VCO2 slope (Δ-3.4,p=0.03) and OUES (Δ98.27mL/min, p=0.04), while the IC + CRT group showed significant increase only in OUES (Δ146.12mL/min, p=0.01). CONCLUSION. HF patients with cardiac resynchronizer benefited from the cardiac rehabilitation program with increased exercise capacity, reflected by peak VO2, improved ventilatory efficiency, demonstrated by OUES values, and improved quality of life.CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONALReabilitação cardíacaRessincronizador cardíacoExercícioInsuficiência cardíacaTeste de esforçoEfeitos da reabilitação cardíaca em pacientes com insuficiência cardíaca portadores de ressincronizador cardíacoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTEfeitosreabilitacaocardiaca_Corte_2019.pdf.txtEfeitosreabilitacaocardiaca_Corte_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain259932https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28787/2/Efeitosreabilitacaocardiaca_Corte_2019.pdf.txtb20639e6013c25dfb07a94efa94662bfMD52THUMBNAILEfeitosreabilitacaocardiaca_Corte_2019.pdf.jpgEfeitosreabilitacaocardiaca_Corte_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1204https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28787/3/Efeitosreabilitacaocardiaca_Corte_2019.pdf.jpg5a0203fb80e3368701f77f6ff1c8c1f0MD53ORIGINALEfeitosreabilitacaocardiaca_Corte_2019.pdfapplication/pdf2115200https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28787/1/Efeitosreabilitacaocardiaca_Corte_2019.pdf8b717b794f679850ffd98fddcd3cb929MD51123456789/287872020-04-19 04:47:04.283oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/28787Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-04-19T07:47:04Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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