Avaliação de toxicidade e da atividade anti-inflamatória intestinal do extrato aquoso das folhas de Ipomoea asarifolia (Desc.) Roem. & Schult
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Data de Publicação: | 2020 |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29462 |
Resumo: | Ipomoea asarifolia (Desc.) Roem. & Schult., popularmente conhecida como “salsa” ou “salsa brava”, pertence à família Convolvulaceae. Estudos anteriores com o extrato de I. asarifolia e de seus compostos majoritários, ácido clorogênico, ácido cafeíco e rutina, revelaram excelente atividade anti-inflamatória. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar possíveis efeitos tóxicos do extrato aquoso das folhas de I. asarifolia (IA), por meio dos ensaios de toxicidade aguda e subcrônica, bem como avaliar o efeito preventivo do extrato frente à inflamação intestinal induzida pelo ácido 2,4-dinitrobenzeno sulfônico (DNBS). Nos ensaios de toxicidade aguda e subcrônica foram realizadas administrações em dose única (2000 mg/kg) e doses seriadas por 28 dias (50, 100 e 200 mg/kg) de IA, respectivamente; no ensaio de colite aguda, ratas pré-tratadas com extrato IA (25, 50 e 100 mg/kg) ou sulfassalazina 250 mg/kg receberam instilação intracolônica de DNBS em etanol a 50% (v/v) para avaliação do efeito preventivo de IA. A análise hematológica, hepática, renal e de avaliação do sistema nervoso central nos ensaios de toxicidade, não revelaram efeitos tóxicos. Enquanto que no modelo de colite, IA apresentou efeito protetor frente à inflamação intestinal induzida pelo DNBS, com melhora no índice de atividade da doença, no dano macroscópico intestinal e na relação peso/comprimento colônico. O pré-tratamento com o extrato promoveu downregulation de importantes moléculas envolvidas em vias de sinalização da inflamação intestinal como JNK1, NF-κB-p65 e STAT3, enquanto que SOCS1 teve upregulation. Consequentemente, IA promoveu downregulation de IL-17 e iNOS e redução nos níveis de IL-1β e TNF-α, marcadores pró-inflamatórios. Por outro lado, aumentou significativamente IL-10, uma importante citocina anti-inflamatória. O efeito anti-inflamatório de IA também foi confirmado pela redução da atividade da MPO colônica. Em asssociação a estes resultados, houve uma melhora significativa do estresse oxidativo com redução do MDA e aumento da GSH, resultados que podem ser atribuídos ao rico conteúno de fenóis e flavonoides totais do extrato. Adicionalmente, o efeito de IA foi confirmado na avaliação histológica, demonstrando preservação da citoarquitetura colônica, o que corrobora com os dados referentes à upregulation para MUC2, glicoproteína envolvida na integridade da barreira intestinal. Diante dos resultados apresentados, concluímos que o extrato de I. asarifolia apresenta baixa toxicidade e atividade protetora frente a inflamação intestinal, revelando potencial para possível aplicação adjuvante no controle da DII humana. |
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Silva, Valéria Costa daAraújo, Aurigena Antunes deSilva Júnior, Edilson Dantas daQueiroga, Rita de Cássia Ramos do EgyptoGuerra, Gerlane Coelho Bernardo2020-07-06T18:53:49Z2020-07-06T18:53:49Z2020-04-06SILVA, Valéria Costa da. Avaliação de toxicidade e da atividade anti-inflamatória intestinal do extrato aquoso das folhas de Ipomoea asarifolia (Desc.) Roem. & Schult. 2020. 106f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) - Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29462Ipomoea asarifolia (Desc.) Roem. & Schult., popularmente conhecida como “salsa” ou “salsa brava”, pertence à família Convolvulaceae. Estudos anteriores com o extrato de I. asarifolia e de seus compostos majoritários, ácido clorogênico, ácido cafeíco e rutina, revelaram excelente atividade anti-inflamatória. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar possíveis efeitos tóxicos do extrato aquoso das folhas de I. asarifolia (IA), por meio dos ensaios de toxicidade aguda e subcrônica, bem como avaliar o efeito preventivo do extrato frente à inflamação intestinal induzida pelo ácido 2,4-dinitrobenzeno sulfônico (DNBS). Nos ensaios de toxicidade aguda e subcrônica foram realizadas administrações em dose única (2000 mg/kg) e doses seriadas por 28 dias (50, 100 e 200 mg/kg) de IA, respectivamente; no ensaio de colite aguda, ratas pré-tratadas com extrato IA (25, 50 e 100 mg/kg) ou sulfassalazina 250 mg/kg receberam instilação intracolônica de DNBS em etanol a 50% (v/v) para avaliação do efeito preventivo de IA. A análise hematológica, hepática, renal e de avaliação do sistema nervoso central nos ensaios de toxicidade, não revelaram efeitos tóxicos. Enquanto que no modelo de colite, IA apresentou efeito protetor frente à inflamação intestinal induzida pelo DNBS, com melhora no índice de atividade da doença, no dano macroscópico intestinal e na relação peso/comprimento colônico. O pré-tratamento com o extrato promoveu downregulation de importantes moléculas envolvidas em vias de sinalização da inflamação intestinal como JNK1, NF-κB-p65 e STAT3, enquanto que SOCS1 teve upregulation. Consequentemente, IA promoveu downregulation de IL-17 e iNOS e redução nos níveis de IL-1β e TNF-α, marcadores pró-inflamatórios. Por outro lado, aumentou significativamente IL-10, uma importante citocina anti-inflamatória. O efeito anti-inflamatório de IA também foi confirmado pela redução da atividade da MPO colônica. Em asssociação a estes resultados, houve uma melhora significativa do estresse oxidativo com redução do MDA e aumento da GSH, resultados que podem ser atribuídos ao rico conteúno de fenóis e flavonoides totais do extrato. Adicionalmente, o efeito de IA foi confirmado na avaliação histológica, demonstrando preservação da citoarquitetura colônica, o que corrobora com os dados referentes à upregulation para MUC2, glicoproteína envolvida na integridade da barreira intestinal. Diante dos resultados apresentados, concluímos que o extrato de I. asarifolia apresenta baixa toxicidade e atividade protetora frente a inflamação intestinal, revelando potencial para possível aplicação adjuvante no controle da DII humana.Ipomoea asarifolia (Desc.) Roem. & Schult., Popularly known as “salsa” or “salsa brava”, belongs to the family Convolvulaceae. Previous studies with the extract of I. asarifolia and its major compounds, chlorogenic acid, caffeic acid and rutin, have shown excellent antiinflammatory activity. Thus, the objective of this work was to evaluate possible toxic effects of the aqueous extract of the leaves of I. asarifolia (IA), by means of acute and subchronic toxicity tests, as well as to evaluate the preventive effect of the extract in the 2,4- dinitrobenzene sulfonic acid (DNBS)-induced intestinal inflammation. In acute and subchronic toxicity tests, single dose (2000 mg/kg) and serial doses were performed for 28 days (50, 100 and 200 mg/kg) of IA, respectively; in the acute colitis assay, rats pretreated with extract IA (25, 50 and 100 mg/kg) or sulfasalazine 250 mg/kg received intracolonic instillation of DNBS in 50% (v/v) ethanol to evaluate the preventive effect of IA. The hematological, hepatic, renal and central nervous system assessment in toxicity tests did not reveal toxic effects. Whereas in the colitis model, IA showed a protective effect against intestinal inflammation induced by DNBS, with improvement in the disease activity index, in macroscopic intestinal damage and in the colonic weight/length ratio. Pretreatment with the extract promoted downregulation of important molecules involved in intestinal inflammation signaling pathways such as JNK1, NF-κB-p65 and STAT3, while SOCS1 had upregulation. Consequently, IA promoted downregulation of IL-17 and iNOS and reduced levels of IL-1β and TNF-α, pro-inflammatory markers. On the other hand, it significantly increased IL-10, an important anti-inflammatory cytokine. The anti-inflammatory effect of IA was also confirmed by the reduction in colonic MPO activity. In association with these results, there was a significant improvement in oxidative stress with reduced MDA and increased GSH, results that can be attributed to the rich content of phenols and total flavonoids in the extract. Additionally, the IA effect was confirmed in the histological evaluation, demonstrating preservation of the colonic cytoarchitecture, which corroborates with the data referring to upregulation for MUC2, a glycoprotein involved in the integrity of the intestinal barrier. In view of the results presented, conclude that the extract of I. asarifolia has low toxicity and protective activity against intestinal inflammation, revealing the potential for possible adjuvant application in the control of human IBD.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICASUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIAIpomoea asarifoliaFlavonoidesToxicidadeColiteDNBSAvaliação de toxicidade e da atividade anti-inflamatória intestinal do extrato aquoso das folhas de Ipomoea asarifolia (Desc.) Roem. & Schultinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTAvaliacaotoxicidadeatividade_Silva_2020.pdf.txtAvaliacaotoxicidadeatividade_Silva_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain227662https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29462/2/Avaliacaotoxicidadeatividade_Silva_2020.pdf.txt9562ec2227499438eec854d95809af32MD52THUMBNAILAvaliacaotoxicidadeatividade_Silva_2020.pdf.jpgAvaliacaotoxicidadeatividade_Silva_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1213https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29462/3/Avaliacaotoxicidadeatividade_Silva_2020.pdf.jpg047be64556f20c7bdb12985925347b0dMD53ORIGINALAvaliacaotoxicidadeatividade_Silva_2020.pdfapplication/pdf6477532https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29462/1/Avaliacaotoxicidadeatividade_Silva_2020.pdf1aa4b566bca0bfe3f8968299d07cd0e8MD51123456789/294622020-07-12 04:48:24.474oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/29462Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-07-12T07:48:24Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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