Vitamina A e sintomas da Esclerose Múltipla: revisão sistemática de estudos epidemiológicos e ensaios clínicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nunes, Ana Clara de França
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28296
Resumo: Introdução: A esclerose múltipla (EM) é o distúrbio autoimune mais prevalente na atualidade e está associado à desmielinização dos neurônios no sistema nervoso central por meio da ativação do sistema imunológico. Estudos utilizando a vitamina A vêm se mostrando promissores na melhora da doença. Dessa forma, a presente dissertação tem como objetivo fornecer as melhores evidências disponíveis sobre o impacto clínico da vitamina A nos desfechos relacionados aos sintomas de pacientes portadores de EM. Métodos: Foi utilizado o formato de coletânea de artigos para a produção de dois artigos, sendo o primeiro um artigo de protocolo de revisão sistemática, usado como subsídio para a produção do segundo artigo, a revisão sistemática. Foram realizadas buscas no Pubmed, Embase, Scopus, Cinahl, Scielo, Web of science, Biblioteca cochrane e Science direct, de estudos que avaliassem a relação da suplementação de vitamina A e/ou concentrações séricas e os sintomas em pacientes portadores de EM. Para o delineamento da revisão sistemática foi utilizado o protocolo PRISMA. Para avaliar a qualidade metodológica dos estudos foi utilizada a escala JADAD para os ensaios clínicos randomizados e a Newcastle–Ottawa para os estudos observacionais. Para a extração de todos os dados encontrados foi criado um banco de dados no programa Microsoft Excel. Resultados: Na busca inicial encontramos 2053 estudos, e ao final das buscas foram selecionados 6 artigos elegíveis à pesquisa, sendo 2 Ensaios Clínicos Randomizados e 4 coortes. Dos seis estudos incluídos, dois utilizaram a suplementação de vitamina A e verificaram que a vitamina A é capaz de conter a progressão da doença nos membros superiores e as deficiências cognitivas, além de melhorar significativamente os escores de depressão, fadiga total e as três subescalas de fadiga (física, cognitiva e psicossocial). Os outros quatro estudos realizaram as dosagens das concentrações séricas da vitamina A e constataram que os níveis séricos de retinol não foram associados ao risco ou ao número de recidivas, nem ao agravamento da Escala de status Status de incapacidade Incapacidade expandida Expandida de Kurtzke. Porém, concentrações séricas elevadas de retinol foram associadas a menor da atividade da doença e foram capazes de predizer resultados de novas lesões por meio da ressonância magnética. Conclusão: as evidências identificadas no presente estudo permitem recomendar a suplementação de vitamina A como uma alternativa complementar ao tratamento da EM. Porém, novos ensaios clínicos controlados e bem realizados se fazem necessários para uma melhor definição da dosagem segura.
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Métodos: Foi utilizado o formato de coletânea de artigos para a produção de dois artigos, sendo o primeiro um artigo de protocolo de revisão sistemática, usado como subsídio para a produção do segundo artigo, a revisão sistemática. Foram realizadas buscas no Pubmed, Embase, Scopus, Cinahl, Scielo, Web of science, Biblioteca cochrane e Science direct, de estudos que avaliassem a relação da suplementação de vitamina A e/ou concentrações séricas e os sintomas em pacientes portadores de EM. Para o delineamento da revisão sistemática foi utilizado o protocolo PRISMA. Para avaliar a qualidade metodológica dos estudos foi utilizada a escala JADAD para os ensaios clínicos randomizados e a Newcastle–Ottawa para os estudos observacionais. Para a extração de todos os dados encontrados foi criado um banco de dados no programa Microsoft Excel. Resultados: Na busca inicial encontramos 2053 estudos, e ao final das buscas foram selecionados 6 artigos elegíveis à pesquisa, sendo 2 Ensaios Clínicos Randomizados e 4 coortes. Dos seis estudos incluídos, dois utilizaram a suplementação de vitamina A e verificaram que a vitamina A é capaz de conter a progressão da doença nos membros superiores e as deficiências cognitivas, além de melhorar significativamente os escores de depressão, fadiga total e as três subescalas de fadiga (física, cognitiva e psicossocial). Os outros quatro estudos realizaram as dosagens das concentrações séricas da vitamina A e constataram que os níveis séricos de retinol não foram associados ao risco ou ao número de recidivas, nem ao agravamento da Escala de status Status de incapacidade Incapacidade expandida Expandida de Kurtzke. Porém, concentrações séricas elevadas de retinol foram associadas a menor da atividade da doença e foram capazes de predizer resultados de novas lesões por meio da ressonância magnética. Conclusão: as evidências identificadas no presente estudo permitem recomendar a suplementação de vitamina A como uma alternativa complementar ao tratamento da EM. Porém, novos ensaios clínicos controlados e bem realizados se fazem necessários para uma melhor definição da dosagem segura.Introduction: Multiple sclerosis (MS) is the most prevalent autoimmune disorder today and is associated with demyelination of neurons in the central nervous system through activation of the immune system. Studies using vitamin A have been promising to improve the disease. Thus, the present dissertation aims to provide the best available evidence on the clinical impact of vitamin A on the symptoms-related outcomes of patients with MS. Methods: The article collection format was used for the production of two articles. The first one was a systematic review protocol article, used as a subsidy for the production of the second article, the systematic review. We searched on Pubmed, Embase, Scopus, Cinahl, Scielo, Web of Science, Cochrane Library, and Science Direct for studies evaluating the relationship of vitamin A supplementation and/or serum concentrations and symptoms in MS patients. For the design of the systematic review the PRISMA protocol was used. To assess the methodological quality of the studies, the JADAD scale was used for randomized controlled trials and Newcastle-Ottawa for observational studies. To extract all the data found, a database was created in the Microsoft Excel program. Results: At the initial search we found 2053 studies, and at the end of the searches 6 articles were selected for the research (2 randomized clinical trials and 4 cohorts). Of the six studies included, two used vitamin A supplementation and found that vitamin A is capable of containing upper limb disease progression and cognitive impairment, as well as significantly improving depression, total fatigue, and all three subscales fatigue (physical, cognitive and psychosocial). The other four studies measured serum vitamin A concentrations and found it was not associated with risk or number of relapses or worsening of the Kurtzke Expanded Disability Expanded Disability Status Scale. However, elevated serum retinol concentrations were associated with lower disease activity and were able to predict results of new lesions by magnetic resonance imaging. Conclusion: evidence identified in this study allow to recommend supplementation of vitamin A as an additional alternative to the treatment of MS. However, new controlled clinical trials well done are needed to define safe dosing better.CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAVitamina AEsclerose múltiplaSuplementos nutricionaisDoenças autoimunesVitamina A e sintomas da Esclerose Múltipla: revisão sistemática de estudos epidemiológicos e ensaios clínicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTVitaminaAsintomas_Nunes_2019.pdf.txtVitaminaAsintomas_Nunes_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain139159https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28296/2/VitaminaAsintomas_Nunes_2019.pdf.txtf4426cc31494916c1f2df012801a8d5aMD52THUMBNAILVitaminaAsintomas_Nunes_2019.pdf.jpgVitaminaAsintomas_Nunes_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1268https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28296/3/VitaminaAsintomas_Nunes_2019.pdf.jpg8644acea24a978c94ab28b035d897a38MD53ORIGINALVitaminaAsintomas_Nunes_2019.pdfapplication/pdf1956024https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28296/1/VitaminaAsintomas_Nunes_2019.pdf5e2449f140a3869f9e15685a19c2f703MD51123456789/282962020-01-19 04:51:18.319oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/28296Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-01-19T07:51:18Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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