Estabilidade da propriedade institucional de ações e sua relação com práticas de gerenciamento de resultados

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos, Lorena Ingrid de Lima e
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/31420
Resumo: Esse estudo surge da necessidade de se compreender mais sobre o modo de atuação de investidores institucionais nas empresas brasileiras, e, se sua presença e volatilidade exercem algum tipo de redução na aderência de práticas de gerenciamento de resultados por parte de suas empresas investidas. Acrescido a isso, é questionado se esse resultado é atribuível a algum tipo de investidor institucional. Para esta análise, verificou-se a volatilidade das participações dos investidores institucionais nas empresas não reguladas e não financeiras listadas na bolsa de valores brasileira (B3), durante o período de 2010 a 2018, que continham algum investidor institucional em sua estrutura acionária, constituindo uma amostra de 159 empresas. Dessa forma, foram utilizadas as métricas STDI e PROP, propostas por Elyasiani, Jia e Mao (2010). Essas são calculadas em seus valores totais, para todo o grupo de investidores institucionais, e individuais, considerando seus quatro grandes tipos: Bancos, Seguradoras, Fundos de Investimentos e Holdings. Como proxies para gerenciamento de resultados, foram mensurados os seus dois principais tipos: através de accruals discricionários (AEM), em que foi adotado o modelo de Pae (2005), e por meio de atividades operacionais (REM), em que se mensurou pelos modelos de Roychowdhury (2006). Os resultados indicaram que as empresas com acionistas estáveis do tipo Bancos são menos associados a práticas AEM, demonstrando um perfil de monitor ativo, diferentemente do que é estimado pela literatura. Também ficou evidente que empresas com acionistas estáveis do tipo Holdings, possuem menor aderência em estratégias do tipo REM, atribuindo-o ativismo institucional. E em maiores proporções de participação do acionista do tipo Seguradoras, foram evidenciados maior associação ao gerenciamento de resultados AEM e REM, concedendo a esse tipo de investidor um perfil passivo de propriedade. A relevância desses achados é de compreender cada vez mais sobre a ação desses investidores, o quão é importante considerar a sua heterogeneidade de objetivos, da busca por ganhos de curtos ou longos prazos, e na eficiência de seu monitoramento na mitigação de práticas de gerenciamento de resultados.
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Acrescido a isso, é questionado se esse resultado é atribuível a algum tipo de investidor institucional. Para esta análise, verificou-se a volatilidade das participações dos investidores institucionais nas empresas não reguladas e não financeiras listadas na bolsa de valores brasileira (B3), durante o período de 2010 a 2018, que continham algum investidor institucional em sua estrutura acionária, constituindo uma amostra de 159 empresas. Dessa forma, foram utilizadas as métricas STDI e PROP, propostas por Elyasiani, Jia e Mao (2010). Essas são calculadas em seus valores totais, para todo o grupo de investidores institucionais, e individuais, considerando seus quatro grandes tipos: Bancos, Seguradoras, Fundos de Investimentos e Holdings. Como proxies para gerenciamento de resultados, foram mensurados os seus dois principais tipos: através de accruals discricionários (AEM), em que foi adotado o modelo de Pae (2005), e por meio de atividades operacionais (REM), em que se mensurou pelos modelos de Roychowdhury (2006). Os resultados indicaram que as empresas com acionistas estáveis do tipo Bancos são menos associados a práticas AEM, demonstrando um perfil de monitor ativo, diferentemente do que é estimado pela literatura. Também ficou evidente que empresas com acionistas estáveis do tipo Holdings, possuem menor aderência em estratégias do tipo REM, atribuindo-o ativismo institucional. E em maiores proporções de participação do acionista do tipo Seguradoras, foram evidenciados maior associação ao gerenciamento de resultados AEM e REM, concedendo a esse tipo de investidor um perfil passivo de propriedade. A relevância desses achados é de compreender cada vez mais sobre a ação desses investidores, o quão é importante considerar a sua heterogeneidade de objetivos, da busca por ganhos de curtos ou longos prazos, e na eficiência de seu monitoramento na mitigação de práticas de gerenciamento de resultados.This study arises from the need to understand more about how institutional investors operate in Brazilian companies, and, if their presence and volatility exert some type of reduction in the adherence of earnings management practices by their investees. In addition, it is questioned whether this result is attributable to any type of institutional investor. For this analysis, the volatility of institutional investors' holdings in unregulated and non-financial companies listed on the Brazilian stock exchange (B3) was verified, during the period from 2010 to 2018, which contained some institutional investors in their shareholding structure, constituting a sample of 159 companies. Thus, the metrics STDI and PROP, proposed by Elyasiani, Jia and Mao (2010), were used. These are calculated in their total values, for the entire group of institutional and individual investors, considering its four main types: Banks, Insurance Companies, Investment Funds and Holdings. As proxies for earnings management, the two main types were measured: through discretionary accruals (AEM), in which the Pae model (2005) was adopted, and through operational activities (REM), which were measured by the models of Roychowdhury (2006). The results indicated that companies with stable shareholders of the Banks-type are less associated with AEM practices, demonstrating an active monitor profile, differently from what is estimated in the literature. It was also evident that companies with stable Holdings-type shareholders have less adherence to REM-type strategies, attributing it to institutional activism. And in bigger participation proportions of the Insurance-company-type shareholder, a greater association with the management of AEM and REM results was evidenced, granting this type of investor a passive ownership profile. The relevance of these findings is to understand more and more about the actions of these investors, how important it is to consider their heterogeneity of their objectives, the search for short or long term gains, and the efficiency of their monitoring in mitigating earnings management practices.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEISUFRNBrasilEstabilidade de investidores institucionaisTipos de investidores institucionaisGerenciamento de resultadosAEMREMEstabilidade da propriedade institucional de ações e sua relação com práticas de gerenciamento de resultadosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALEstabilidadepropriedadeinstitucional_Santos_2020.pdfapplication/pdf1359541https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31420/1/Estabilidadepropriedadeinstitucional_Santos_2020.pdf72680966dc0788a1e964b6f90464d878MD51TEXTEstabilidadepropriedadeinstitucional_Santos_2020.pdf.txtEstabilidadepropriedadeinstitucional_Santos_2020.pdf.txtExtracted texttext/plain125913https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31420/2/Estabilidadepropriedadeinstitucional_Santos_2020.pdf.txt56829da7c884a66c05489ab15d11502cMD52THUMBNAILEstabilidadepropriedadeinstitucional_Santos_2020.pdf.jpgEstabilidadepropriedadeinstitucional_Santos_2020.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1195https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/31420/3/Estabilidadepropriedadeinstitucional_Santos_2020.pdf.jpg4f2880be580bbe3632bf98dd94ac03f7MD53123456789/314202021-02-14 05:48:18.88oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/31420Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2021-02-14T08:48:18Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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