Do "frio túmulo da indiferença e do olvido": a construção do espaço sagrado no santuário aos "Protomártires do Brasil" em Uruaçu/RN (1988-2017)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bezerra, Miquéias de Medeiros
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46849
Resumo: Neste trabalho, tencionou-se discussão da problemática dos usos do passado pelo presente, mais detidamente, o uso mitológico. Para tal fim, debruçou-se sobre o espaço sacralizado devotado aos Protomártires do Brasil no Santuário de Uruaçu, centro de função religiosa, criado pela Arquidiocese de Natal em São Gonçalo do Amarante, município do Rio Grande do Norte. Buscou-se analisar a feitura historiográfica, eclesiástica, espacial e simbólica do Santuário de Uruaçu. Nossa hipótese era a de que a elaboração desse santuário foi levada a cabo, pela Arquidiocese de Natal, mediante usos públicos do passado pelo presente, e que através disso se criou um processo de mitificação do pretérito pelo hodierno. Examinou-se, portanto, os elementos recapturados e agenciados pela referida arquidiocese, seus fiéis e colaboradores com vista à composição do espaço e da mitologia dos Protomártires, para criação de uma narrativa dentro da qual os fiéis pudessem habitar e encontrar sentido, significado e direção. Como fontes, somaram-se, precipuamente, textos dos cronistas coevos, algumas obras historiográficas que abordaram os Mártires e a primeira edição do livro Protomártires do Brasil: Cunhaú e Uruaçu – RN, do monsenhor Francisco de Assis Pereira, postulador da causa dos Mártires.
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Para tal fim, debruçou-se sobre o espaço sacralizado devotado aos Protomártires do Brasil no Santuário de Uruaçu, centro de função religiosa, criado pela Arquidiocese de Natal em São Gonçalo do Amarante, município do Rio Grande do Norte. Buscou-se analisar a feitura historiográfica, eclesiástica, espacial e simbólica do Santuário de Uruaçu. Nossa hipótese era a de que a elaboração desse santuário foi levada a cabo, pela Arquidiocese de Natal, mediante usos públicos do passado pelo presente, e que através disso se criou um processo de mitificação do pretérito pelo hodierno. Examinou-se, portanto, os elementos recapturados e agenciados pela referida arquidiocese, seus fiéis e colaboradores com vista à composição do espaço e da mitologia dos Protomártires, para criação de uma narrativa dentro da qual os fiéis pudessem habitar e encontrar sentido, significado e direção. 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