Produção e validação do índice de oferta da atenção psicossocial no Brasil
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28181 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: No Brasil, o sistema público de saúde está organizado em redes temáticas de assistência, territorialmente dispostas pelas Regiões de Saúde. Uma dessas redes temáticas é a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), destinada ao atendimento/acolhimento daqueles em sofrimento mental grave e persistente, ou em uso abusivo de álcool e outras drogas. A RAPS é composta por serviços de Atenção Primária, Atenção Psicossocial Especializada e Atenção Terciária, com oferta preconizada para todo o território brasileiro, segundo os critérios de Regionalização em Saúde. OBJETIVO: Produzir e validar o Índice de Oferta da Atenção Psicossocial no Brasil. MÉTODOS: Estudo ecológico, onde foram analisadas 36 variáveis que refletem a estrutura e os recursos humanos da RAPS distribuídos por Regiões Imediatas de Articulação Urbana, para as quais foram realizadas Análise Descritiva e Espacial pelas técnicas de Moran Global e Local. Para a produção e validação do indicador foi aplicada a técnica de Análise Fatorial exploratória e confirmatória, pelas validações de critério e constructo. RESULTADOS: A distribuição espacial das variáveis UBS, Hospital Geral, Médicos da Família, Psiquiatra, Psicólogo, ACS e Terapeutas Ocupacionais apresentou autocorrelação espacial (I>0,4; p<0,05), registrando maiores concentrações em determinadas áreas nas regiões Centro Oeste, Sudeste e parte do Sul, onde as taxas desses elementos foram mais elevadas. O teste de esfericidade de Bartlett obteve p<0,05, o KMO foi de 0,732, as comunalidades tiveram carga superior a 0,6. Foram extraídos sete fatores: Fator 1 (Perfil da Atenção Básica da RAPS); Fator 2 (Perfil da Equipe de Apoio da RAPS); Fator 3 (Perfil da Atenção Psiquiátrica da RAPS); Fator 4 (Perfil do Regime Residencial na RAPS); Fator 5 (Perfil dos CAPS); Fator 6 (Perfil de Residências Terapêuticas na RAPS) e Fator 7 (Perfil da Atenção Hospitalar da RAPS), explicando conjuntamente 70,5% da Variância Total. A distribuição espacial do indicador mostra que a oferta de Atenção Psicossocial é Muito Precária na Região Norte; de Precária a Regular na Região Nordeste; e Boa ou Muito Boa nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A validação de construto foi conseguida com 60% da amostra, para a qual foram formados os mesmos fatores que explicaram 70,8% da Variância Total. A validação de critério mostrou que as categorias de oferta Bom e Muito Bom estiveram relacionadas aos melhores indicadores socioeconômicos. CONCLUSÕES: A partir dos dados coletados e do processo metodológico utilizado foi possível produzir e validar o Índice de Oferta da Atenção Psicossocial no Brasil, cuja distribuição espacial evidencia a existência de desigualdade na oferta e na organização da RAPS, com melhores níveis de oferta nas regiões mais desenvolvidas do país. Esses achados podem subsidiar a gestão e o planejamento em saúde pública quanto a distribuição equânime dos pontos de assistência da RAPS, sugerindo, também, políticas de otimização dos recursos estruturais e humanos já existentes; ou, ainda, incentivo formativo e financeiro, principalmente em regiões longínquas e interioranas. |
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Maia, Murielly Priscilly de MedeirosFreitas, Yan Nogueira Leite deGuedes, Dimitri TaurinoSobreira, Maura Vanessa SilvaMirabal, Isabelle Ribeiro Barbosa2019-12-09T19:00:37Z2019-12-09T19:00:37Z2019-09-09MAIA, Murielly Priscilly de Medeiros. Produção e validação do índice de oferta da atenção psicossocial no Brasil. 2019. 130f. Dissertação (Mestrado em Saúde Coletiva - FACISA) - Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2019.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/28181INTRODUÇÃO: No Brasil, o sistema público de saúde está organizado em redes temáticas de assistência, territorialmente dispostas pelas Regiões de Saúde. Uma dessas redes temáticas é a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), destinada ao atendimento/acolhimento daqueles em sofrimento mental grave e persistente, ou em uso abusivo de álcool e outras drogas. A RAPS é composta por serviços de Atenção Primária, Atenção Psicossocial Especializada e Atenção Terciária, com oferta preconizada para todo o território brasileiro, segundo os critérios de Regionalização em Saúde. OBJETIVO: Produzir e validar o Índice de Oferta da Atenção Psicossocial no Brasil. MÉTODOS: Estudo ecológico, onde foram analisadas 36 variáveis que refletem a estrutura e os recursos humanos da RAPS distribuídos por Regiões Imediatas de Articulação Urbana, para as quais foram realizadas Análise Descritiva e Espacial pelas técnicas de Moran Global e Local. Para a produção e validação do indicador foi aplicada a técnica de Análise Fatorial exploratória e confirmatória, pelas validações de critério e constructo. RESULTADOS: A distribuição espacial das variáveis UBS, Hospital Geral, Médicos da Família, Psiquiatra, Psicólogo, ACS e Terapeutas Ocupacionais apresentou autocorrelação espacial (I>0,4; p<0,05), registrando maiores concentrações em determinadas áreas nas regiões Centro Oeste, Sudeste e parte do Sul, onde as taxas desses elementos foram mais elevadas. O teste de esfericidade de Bartlett obteve p<0,05, o KMO foi de 0,732, as comunalidades tiveram carga superior a 0,6. Foram extraídos sete fatores: Fator 1 (Perfil da Atenção Básica da RAPS); Fator 2 (Perfil da Equipe de Apoio da RAPS); Fator 3 (Perfil da Atenção Psiquiátrica da RAPS); Fator 4 (Perfil do Regime Residencial na RAPS); Fator 5 (Perfil dos CAPS); Fator 6 (Perfil de Residências Terapêuticas na RAPS) e Fator 7 (Perfil da Atenção Hospitalar da RAPS), explicando conjuntamente 70,5% da Variância Total. A distribuição espacial do indicador mostra que a oferta de Atenção Psicossocial é Muito Precária na Região Norte; de Precária a Regular na Região Nordeste; e Boa ou Muito Boa nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A validação de construto foi conseguida com 60% da amostra, para a qual foram formados os mesmos fatores que explicaram 70,8% da Variância Total. A validação de critério mostrou que as categorias de oferta Bom e Muito Bom estiveram relacionadas aos melhores indicadores socioeconômicos. CONCLUSÕES: A partir dos dados coletados e do processo metodológico utilizado foi possível produzir e validar o Índice de Oferta da Atenção Psicossocial no Brasil, cuja distribuição espacial evidencia a existência de desigualdade na oferta e na organização da RAPS, com melhores níveis de oferta nas regiões mais desenvolvidas do país. Esses achados podem subsidiar a gestão e o planejamento em saúde pública quanto a distribuição equânime dos pontos de assistência da RAPS, sugerindo, também, políticas de otimização dos recursos estruturais e humanos já existentes; ou, ainda, incentivo formativo e financeiro, principalmente em regiões longínquas e interioranas.INTRODUCTION: In Brazil, the public health system is organized into thematic care networks, territorially arranged by the Health Regions. One of these thematic networks is the Psychosocial Care Network (RAPS), intended for the care / reception of those in severe and mental suffering. persistent or abusive use of alcohol and other drugs. The RAPS is composed of services of Primary Care, Specialized Psychosocial Care and Tertiary Care, with offer recommended for the entire Brazilian territory, according to the criteria of Health Regionalization. OBJECTIVE: To produce and validate the Psychosocial Care Offering Index in Brazil. METHODS: An ecological study, which analyzed 36 variables that reflect the structure and human resources of RAPS distributed by Immediate Urban Articulation Regions, for which Descriptive and Spatial Analysis were performed using Moran Global and Local techniques. For the production and validation of the indicator, the exploratory and confirmatory factor analysis technique was applied, based on criterion and construct validations. RESULTS: The spatial distribution of the variables UBS, General Hospital, Family Physicians, Psychiatrist, Psychologist, ACS and Occupational Therapists showed spatial autocorrelation (I> 0.4; p <0.05), registering higher concentrations in certain areas in the Central regions. West, Southeast and South, where the rates of these elements were higher. Bartlett's sphericity test obtained p <0.05, the KMO was 0.732, the commonalities had a load higher than 0.6. Seven factors were extracted: Factor 1 (RAPS Primary Care Profile); Factor 2 (RAPS Support Team Profile); Factor 3 (RAPS Psychiatric Care Profile); Factor 4 (Profile of Residential Regime in RAPS); Factor 5 (CAPS Profile); Factor 6 (Profile of Therapeutic Residences in RAPS) and Factor 7 (Hospital Care Profile of RAPS), explaining together 70.5% of the Total Variance. The spatial distribution of the indicator shows that psychosocial care is very precarious in the northern region; from Precarious to Regular in the Northeast Region; and Good or Very Good in the Midwest, Southeast and South Regions. Construct validation was achieved with 60% of the sample, for which the same factors were formed that explained 70.8% of the Total Variance. Criterion validation showed that the Good and Very Good offer categories were related to the best socioeconomic indicators. CONCLUSIONS: Based on the data collected and the methodological process used, it was possible to produce and validate the Psychosocial Care Supply Index in Brazil, whose spatial distribution shows the existence of inequality in the supply and organization of RAPS, with better levels of supply in the regions. most developed in the country. These findings may support public health management and planning regarding the equitable distribution of RAPS assistance points, also suggesting policies to optimize existing structural and human resources; or, also, training and financial incentive, especially in distant and inland regions.CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVAIndicadores de serviçosAvaliação de serviços de saúdeServiços de saúde mentalRegionalizaçãoAnálise espacialProdução e validação do índice de oferta da atenção psicossocial no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA - FACISAUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTProduçãovalidaçãoíndice_Maia_2019.pdf.txtProduçãovalidaçãoíndice_Maia_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain297489https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28181/2/Produ%c3%a7%c3%a3ovalida%c3%a7%c3%a3o%c3%adndice_Maia_2019.pdf.txt5f021a165cbbfffbb2095ac0f4a0fd47MD52THUMBNAILProduçãovalidaçãoíndice_Maia_2019.pdf.jpgProduçãovalidaçãoíndice_Maia_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1214https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28181/3/Produ%c3%a7%c3%a3ovalida%c3%a7%c3%a3o%c3%adndice_Maia_2019.pdf.jpg1997ad1ec8100716fbd1490290260786MD53ORIGINALProduçãovalidaçãoíndice_Maia_2019.pdfapplication/pdf1920555https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/28181/1/Produ%c3%a7%c3%a3ovalida%c3%a7%c3%a3o%c3%adndice_Maia_2019.pdf7e2803bf3b2c09803217b566e80e05bbMD51123456789/281812019-12-15 02:18:52.836oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/28181Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-12-15T05:18:52Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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INTRODUÇÃO: No Brasil, o sistema público de saúde está organizado em redes temáticas de assistência, territorialmente dispostas pelas Regiões de Saúde. Uma dessas redes temáticas é a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), destinada ao atendimento/acolhimento daqueles em sofrimento mental grave e persistente, ou em uso abusivo de álcool e outras drogas. A RAPS é composta por serviços de Atenção Primária, Atenção Psicossocial Especializada e Atenção Terciária, com oferta preconizada para todo o território brasileiro, segundo os critérios de Regionalização em Saúde. OBJETIVO: Produzir e validar o Índice de Oferta da Atenção Psicossocial no Brasil. MÉTODOS: Estudo ecológico, onde foram analisadas 36 variáveis que refletem a estrutura e os recursos humanos da RAPS distribuídos por Regiões Imediatas de Articulação Urbana, para as quais foram realizadas Análise Descritiva e Espacial pelas técnicas de Moran Global e Local. Para a produção e validação do indicador foi aplicada a técnica de Análise Fatorial exploratória e confirmatória, pelas validações de critério e constructo. RESULTADOS: A distribuição espacial das variáveis UBS, Hospital Geral, Médicos da Família, Psiquiatra, Psicólogo, ACS e Terapeutas Ocupacionais apresentou autocorrelação espacial (I>0,4; p<0,05), registrando maiores concentrações em determinadas áreas nas regiões Centro Oeste, Sudeste e parte do Sul, onde as taxas desses elementos foram mais elevadas. O teste de esfericidade de Bartlett obteve p<0,05, o KMO foi de 0,732, as comunalidades tiveram carga superior a 0,6. Foram extraídos sete fatores: Fator 1 (Perfil da Atenção Básica da RAPS); Fator 2 (Perfil da Equipe de Apoio da RAPS); Fator 3 (Perfil da Atenção Psiquiátrica da RAPS); Fator 4 (Perfil do Regime Residencial na RAPS); Fator 5 (Perfil dos CAPS); Fator 6 (Perfil de Residências Terapêuticas na RAPS) e Fator 7 (Perfil da Atenção Hospitalar da RAPS), explicando conjuntamente 70,5% da Variância Total. A distribuição espacial do indicador mostra que a oferta de Atenção Psicossocial é Muito Precária na Região Norte; de Precária a Regular na Região Nordeste; e Boa ou Muito Boa nas Regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A validação de construto foi conseguida com 60% da amostra, para a qual foram formados os mesmos fatores que explicaram 70,8% da Variância Total. A validação de critério mostrou que as categorias de oferta Bom e Muito Bom estiveram relacionadas aos melhores indicadores socioeconômicos. CONCLUSÕES: A partir dos dados coletados e do processo metodológico utilizado foi possível produzir e validar o Índice de Oferta da Atenção Psicossocial no Brasil, cuja distribuição espacial evidencia a existência de desigualdade na oferta e na organização da RAPS, com melhores níveis de oferta nas regiões mais desenvolvidas do país. Esses achados podem subsidiar a gestão e o planejamento em saúde pública quanto a distribuição equânime dos pontos de assistência da RAPS, sugerindo, também, políticas de otimização dos recursos estruturais e humanos já existentes; ou, ainda, incentivo formativo e financeiro, principalmente em regiões longínquas e interioranas. |
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