Redes sociais e limites à liberdade de expressão: novos desafios para a democracia na era da informação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46526 |
Resumo: | Esta dissertação investiga como a liberdade de manifestação de pensamento prevista na Constituição Federal se insere no contexto do regime democrático, considerando-se a sua forma atual de exteriorização por meio das redes sociais. Nesse contexto, questiona-se a possibilidade e formas de limitação da liberdade de manifestação do pensamento, considerando a fixação normativa do instituto na Constituição de 1988 e em decisões do Supremo Tribunal Federal. O tema é pulsante e atual, pois, embora a doutrina trate de conceituar o instituto, poucos são os estudos acerca de como tal liberdade é exercida no contexto da internet, havendo intenso debate nas sociedades para definir os limites da liberdade de expressão e se o referido direito fundamental é passível de regulação pelo Estado. Evidenciam-se, no noticiário cotidiano, decisões judiciais que definem o conceito de liberdade de opinião e seus limites, considerando a cada vez maior proliferação de discurso de ódio. Para desenvolver a análise das referidas questões, procurou-se investigar o conceito e os limites da liberdade de expressão de acordo com o cabedal normativo brasileiro. Assim, partese da construção de um conceito de democracia constitucionalmente adequado, investigam-se as características da comunicação humana nas redes sociais, analisam-se modelos de interpretação do instituto que são bem diversos entre si: o modelo americano e o alemão. Ao final, perscruta qual dos dois paradigmas exegéticos seria consentâneo com o ordenamento jurídico brasileiro e seu arcabouço sociocultural a partir da análise crítica do modal conceitual apresentado. Realizou-se, assim, uma pesquisa aplicada, tendo por método a abordagem hipotético-dedutiva, de modelo conceitual e exploratório a partir de uma abordagem qualitativa do problema identificado. Ao final, conclui pela falta de balizas seguras assentadas na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, aptas a dotar o intérprete um norte magnético para fixar limites à liberdade de expressão e procura contribuir para a delimitação de uma interpretação do instituto no Brasil, apontando que uma abordagem ancorada na perspectiva do comunitarismo alemão seria mais consentânea com o ordenamento jurídico brasileiro e sua tradição histórico-cultural. |
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Nesse contexto, questiona-se a possibilidade e formas de limitação da liberdade de manifestação do pensamento, considerando a fixação normativa do instituto na Constituição de 1988 e em decisões do Supremo Tribunal Federal. O tema é pulsante e atual, pois, embora a doutrina trate de conceituar o instituto, poucos são os estudos acerca de como tal liberdade é exercida no contexto da internet, havendo intenso debate nas sociedades para definir os limites da liberdade de expressão e se o referido direito fundamental é passível de regulação pelo Estado. Evidenciam-se, no noticiário cotidiano, decisões judiciais que definem o conceito de liberdade de opinião e seus limites, considerando a cada vez maior proliferação de discurso de ódio. Para desenvolver a análise das referidas questões, procurou-se investigar o conceito e os limites da liberdade de expressão de acordo com o cabedal normativo brasileiro. Assim, partese da construção de um conceito de democracia constitucionalmente adequado, investigam-se as características da comunicação humana nas redes sociais, analisam-se modelos de interpretação do instituto que são bem diversos entre si: o modelo americano e o alemão. Ao final, perscruta qual dos dois paradigmas exegéticos seria consentâneo com o ordenamento jurídico brasileiro e seu arcabouço sociocultural a partir da análise crítica do modal conceitual apresentado. Realizou-se, assim, uma pesquisa aplicada, tendo por método a abordagem hipotético-dedutiva, de modelo conceitual e exploratório a partir de uma abordagem qualitativa do problema identificado. Ao final, conclui pela falta de balizas seguras assentadas na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, aptas a dotar o intérprete um norte magnético para fixar limites à liberdade de expressão e procura contribuir para a delimitação de uma interpretação do instituto no Brasil, apontando que uma abordagem ancorada na perspectiva do comunitarismo alemão seria mais consentânea com o ordenamento jurídico brasileiro e sua tradição histórico-cultural.This dissertation investigates how the freedom of expression established in the Federal Constitution is inserted in the context of the democratic regime, considering its current form of externalization through social networks. In this context, the possibility and forms of limiting the freedom of expression are questioned, considering the normative establishment of the institute in the 1988 Constitution and in decisions of the Federal Supreme Court. The theme is vibrant and current, as although the doctrine tries to conceptualize the institute, there are few studies on how such freedom is exercised in the context of the internet, with an intense debate in societies to define the limits of freedom of expression and whether the referred fundamental right is subject to regulation by the State. Judicial decisions that define the concept of freedom of opinion and its limits are evident in the daily news, considering the increasing proliferation of hate speech. In order to develop the analysis of these questions, an attempt was made to investigate the concept and limits of freedom of expression in accordance with the Brazilian normative framework. Thus, it starts with the construction of a constitutionally adequate concept of democracy, investigates the characteristics of human communication in social networks, analyzes models of interpretation of the institute that are very different from each other: the American and German models. At the end, it investigates which of the two exegetical paradigms would be in line with the Brazilian legal system and its sociocultural framework, based on a critical analysis of the conceptual modalities presented. Thus, an applied research was carried out, using the hypothetical-deductive approach as a conceptual and exploratory model based on a qualitative approach to the identified problem. In the end, it concludes for the lack of secure beacons based on the jurisprudence of the Federal Supreme Court, able to provide the interpreter with a magnetic north to set limits to freedom of expression and seeks to contribute to the delimitation of an interpretation of the institute in Brazil, pointing out that an anchored approach from the perspective of German communitarianism, it would be more in line with the Brazilian legal system and its historicalcultural tradition.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITOUFRNBrasilDireito à liberdade de expressãoDemocraciaLiberalismo políticoRedes sociaisDiscurso de ódioRedes sociais e limites à liberdade de expressão: novos desafios para a democracia na era da informaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALRedessociaislimites_PereiraFilho_2021.pdfapplication/pdf2980881https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/46526/1/Redessociaislimites_PereiraFilho_2021.pdf162541a58535f80c628995485448ee6fMD51123456789/465262022-05-02 12:21:46.577oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/46526Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-05-02T15:21:46Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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