O conteúdo de vídeos no Youtubeᵀᴹ sobre tendinopatia de Aquiles refletem as diretrizes de prática clínica atuais?

• Autor(a) principal: Silva, Amanda Carla Matias Barros da
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50342
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE; Tendinite; Dor; Tendão calcâneo; Tendonitis; Pain; Calcaneal tendon

Introdução: A tendinopatia de Aquiles é considerada uma das desordens musculoesqueléticas mais comuns em atletas. A taxa de incidência ao longo da vida de tendinopatia de Aquiles na população geral é de 6%, porém, em atletas, ela sobe para 24%. É uma causa comum de incapacidade em atletas. A busca na internet por informações relacionadas à saúde aumentou em 5 vezes nos últimos anos. O YouTube™ é a plataforma de compartilhamento de vídeos mais popular do mundo e, cada vez mais, as decisões de saúde sofrem influência por parte de pesquisas em plataformas online. Considerando o impacto que a tendinopatia de Aquiles gera e o amplo acesso a informações por meio do YouTube™, torna-se importante esclarecer a qualidade das informações disponíveis nessa plataforma. Objetivos: Analisar se as informações contidas em vídeos disponíveis no YouTubeᵀᴹ sobre a tendinopatia de Aquiles estão em consonância com as melhores evidências científicas atuais e verificar se a profissão do autor, a data de upload e a fonte de informações interferem nos resultados. Métodos: Estudo observacional transversal que avaliou as informações de uma amostra de vídeos do YouTubeᵀᴹ contendo informações sobre tendinopatia de Aquiles, utilizando os termos de busca “Achilles tendinopathy” e “Achilles tendinitis”. Os vídeos foram avaliados de forma independente por duas pesquisadoras, quanto a consonância com as diretrizes e suas características específicas. Os dados foram avaliados pelo teste de Qui-quadrado e frequência absoluta e relativa. Resultados: Foram incluídos 177 vídeos neste estudo. Cento e vinte cinco vídeos (70,61%) não apresentaram consonância com as evidências científicas atuais. Dentre os profissionais cujos vídeos obtiveram a convergência total ou parcial com as diretrizes atuais, os fisioterapeutas foram os mais frequentes, com 82% de total confluência e 50% de parcial (p = 0,001). O período de maior publicação de vídeos na plataforma foi de 2020 a 2022 e 159 (89,9%) dos vídeos não informaram a fonte de informações. Conclusão: O conteúdo disponível em vídeos do YouTube™ sobre tendinopatia de Aquiles são, em sua maioria, parcialmente precisas e carecem de clareza. Vídeos feitos por fisioterapeutas e entre os anos de 2020 e 2022 tendem a ser mais claros e precisos em comparação aos produzidos por outras profissões.