Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cardoso, Matheus Hugo da Silva
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Martins, Júlia Medeiros, Abrantes, Caio Henrique de Oliveira, Lucena, Monyke Gomes da Costa, Câmara, Rafael Barros Gomes da
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45741
Resumo: INTRODUÇÃO: O ser humano sempre buscou na natureza os recursos naturais para o tratamento das enfermidades. O uso de plantas para fins medicinais é datado desde a idade antiga e cerca de 80% da população mundial atualmente faz uso de algum recurso da medicina popular para o tratamento de enfermidades. Muitas vezes, elas são os únicos recursos que algumas comunidades possuem para o tratamento de doenças ou manutenção da saúde. Embora haja um aumento das pesquisas etnofarmacológicas e emprego de novas técnicas no âmbito da farmacologia e bioquímica, ainda não se sabe muito sobre as propriedades farmacológicas e toxicológicas das plantas medicinais, sua utilização está mais atrelada ao conhecimento popular do que a validação científica de seus efeitos. Diante desse contexto, faz-se necessário a atenção ao conhecimento popular em saúde juntamente com o desenvolvimento científico. Dessa forma, é possível um melhor esclarecimento e confirmação de informações sobre as ações das plantas, com o intuito de minimizar os efeitos colaterais e toxicológicos, pois seu uso deve ser confiável e seguro. OBJETIVOS: Avaliar o conhecimento popular e o uso de plantas com fins medicinais na cidade de Caicó/RN. METODOLOGIA: Para a obtenção dos dados foram utilizados questionários semiestruturados, aplicados por meio de entrevistas presenciais, na feira livre do centro de Caicó-RN, entre os meses de agosto a outubro de 2016. Como interface de inserção e armazenamento de dados foi utilizado o aplicativo para Smartphones, Magpi®. Os participantes deveriam ser maiores de idade, e foram selecionados de modo aleatório, após concordância com o TCLE. O questionário procurou obter informações sobre: o uso do uso de plantas medicinais; como se dava o acesso a planta; partes usadas; forma de preparação e ingestão; as doenças tratadas; frequência do uso; como foi aprendido o uso. Após a coleta, os dados foram agrupados e realizou-se uma análise descritiva. Os vernáculos mais citados foram pesquisados na literatura para averiguar suas potencialidades farmacológicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram entrevistadas 66 pessoas, das quais 92% afirmaram utilizar alguma planta para fim medicinal, um valor elevado quando comparado a média mundial (80%). Foram citadas 42 plantas, sendo as principais: Hortelã (Mentha sp.), utilizado principalmente para o tratamento de cefaleia (36%) e sintomas da gripe (20%), Boldo (Plectranthus barbatus) para o tratamento de problemas intestinais (83%) e Mastruz (Chenopodium ambrosioides) para o tratamento da gripe (45%). A parte utilizada foi a folha e o uso de Hortelã e Boldo realizado sob ingestão oral do chá, já o Mastruz sob a forma de um suco das folhas (45%). Correlacionando as informações dos entrevistados com os dados da literatura, nota-se que existe uma coerência no uso das plantas e a sua efetiva ação medicinal para os fins desejados. Além disso, cerca de 26% das plantas citadas são nativas da região. Vale ressaltar, que há uma carência na literatura sobre utilização de plantas medicinais nativas da caatinga e de suas ações farmacológicas. CONCLUSÕES: Com isso, conclui-se que o conhecimento popular em saúde pode servir como um instrumento norteador para a descoberta de ações farmacológicas, nesse caso das plantas com atividades medicinais. Vale ressaltar que as plantas mais citadas pelos entrevistados possuíam princípios ativos comprovados cientificamente. Desse modo, é necessária uma valorização maior por parte dos profissionais de saúde, dos meios de produção científica e da sociedade como um todo para os conhecimentos populares em saúde. E embora sejam necessárias pesquisas para comprovar as atividades medicinais, há fortes indícios de efeitos benéficos da utilização de fitoterápicos.
id UFRN_8b71a4bf278af50e2dfc63a25512e51c
oai_identifier_str oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/45741
network_acronym_str UFRN
network_name_str Repositório Institucional da UFRN
repository_id_str
spelling Cardoso, Matheus Hugo da SilvaMartins, Júlia MedeirosAbrantes, Caio Henrique de OliveiraLucena, Monyke Gomes da CostaCâmara, Rafael Barros Gomes da2022-01-31T17:55:12Z2022-01-31T17:55:12Z2016CARDOSO, Matheus Hugo da Silva et al. Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN. In: COLÓQUIO NACIONAL DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS NA EDUCAÇÃO DAS PROFISSÕES DA SAÚDE, 2., 2016, Caicó. Anais [...]. Caicó: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016, p. 370-371. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/11963/8359. Acesso em: 25 jan. 2022.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45741Attribution-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessPlantas medicinaisEtnofarmacologiaAtividades farmacológicasConhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RNinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/conferenceObjectINTRODUÇÃO: O ser humano sempre buscou na natureza os recursos naturais para o tratamento das enfermidades. O uso de plantas para fins medicinais é datado desde a idade antiga e cerca de 80% da população mundial atualmente faz uso de algum recurso da medicina popular para o tratamento de enfermidades. Muitas vezes, elas são os únicos recursos que algumas comunidades possuem para o tratamento de doenças ou manutenção da saúde. Embora haja um aumento das pesquisas etnofarmacológicas e emprego de novas técnicas no âmbito da farmacologia e bioquímica, ainda não se sabe muito sobre as propriedades farmacológicas e toxicológicas das plantas medicinais, sua utilização está mais atrelada ao conhecimento popular do que a validação científica de seus efeitos. Diante desse contexto, faz-se necessário a atenção ao conhecimento popular em saúde juntamente com o desenvolvimento científico. Dessa forma, é possível um melhor esclarecimento e confirmação de informações sobre as ações das plantas, com o intuito de minimizar os efeitos colaterais e toxicológicos, pois seu uso deve ser confiável e seguro. OBJETIVOS: Avaliar o conhecimento popular e o uso de plantas com fins medicinais na cidade de Caicó/RN. METODOLOGIA: Para a obtenção dos dados foram utilizados questionários semiestruturados, aplicados por meio de entrevistas presenciais, na feira livre do centro de Caicó-RN, entre os meses de agosto a outubro de 2016. Como interface de inserção e armazenamento de dados foi utilizado o aplicativo para Smartphones, Magpi®. Os participantes deveriam ser maiores de idade, e foram selecionados de modo aleatório, após concordância com o TCLE. O questionário procurou obter informações sobre: o uso do uso de plantas medicinais; como se dava o acesso a planta; partes usadas; forma de preparação e ingestão; as doenças tratadas; frequência do uso; como foi aprendido o uso. Após a coleta, os dados foram agrupados e realizou-se uma análise descritiva. Os vernáculos mais citados foram pesquisados na literatura para averiguar suas potencialidades farmacológicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram entrevistadas 66 pessoas, das quais 92% afirmaram utilizar alguma planta para fim medicinal, um valor elevado quando comparado a média mundial (80%). Foram citadas 42 plantas, sendo as principais: Hortelã (Mentha sp.), utilizado principalmente para o tratamento de cefaleia (36%) e sintomas da gripe (20%), Boldo (Plectranthus barbatus) para o tratamento de problemas intestinais (83%) e Mastruz (Chenopodium ambrosioides) para o tratamento da gripe (45%). A parte utilizada foi a folha e o uso de Hortelã e Boldo realizado sob ingestão oral do chá, já o Mastruz sob a forma de um suco das folhas (45%). Correlacionando as informações dos entrevistados com os dados da literatura, nota-se que existe uma coerência no uso das plantas e a sua efetiva ação medicinal para os fins desejados. Além disso, cerca de 26% das plantas citadas são nativas da região. Vale ressaltar, que há uma carência na literatura sobre utilização de plantas medicinais nativas da caatinga e de suas ações farmacológicas. CONCLUSÕES: Com isso, conclui-se que o conhecimento popular em saúde pode servir como um instrumento norteador para a descoberta de ações farmacológicas, nesse caso das plantas com atividades medicinais. Vale ressaltar que as plantas mais citadas pelos entrevistados possuíam princípios ativos comprovados cientificamente. Desse modo, é necessária uma valorização maior por parte dos profissionais de saúde, dos meios de produção científica e da sociedade como um todo para os conhecimentos populares em saúde. E embora sejam necessárias pesquisas para comprovar as atividades medicinais, há fortes indícios de efeitos benéficos da utilização de fitoterápicos.porreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALConhecimentoPopularSaúde_Câmara_2016.pdfConhecimentoPopularSaúde_Câmara_2016.pdfapplication/pdf583237https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45741/1/ConhecimentoPopularSa%c3%bade_C%c3%a2mara_2016.pdfe77f321b51a81d8bb52928dc95301d97MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45741/2/license_rdfc4c98de35c20c53220c07884f4def27cMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45741/3/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD53123456789/457412022-04-12 14:33:57.461oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/45741Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-04-12T17:33:57Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN
title Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN
spellingShingle Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN
Cardoso, Matheus Hugo da Silva
Plantas medicinais
Etnofarmacologia
Atividades farmacológicas
title_short Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN
title_full Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN
title_fullStr Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN
title_full_unstemmed Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN
title_sort Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN
author Cardoso, Matheus Hugo da Silva
author_facet Cardoso, Matheus Hugo da Silva
Martins, Júlia Medeiros
Abrantes, Caio Henrique de Oliveira
Lucena, Monyke Gomes da Costa
Câmara, Rafael Barros Gomes da
author_role author
author2 Martins, Júlia Medeiros
Abrantes, Caio Henrique de Oliveira
Lucena, Monyke Gomes da Costa
Câmara, Rafael Barros Gomes da
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Cardoso, Matheus Hugo da Silva
Martins, Júlia Medeiros
Abrantes, Caio Henrique de Oliveira
Lucena, Monyke Gomes da Costa
Câmara, Rafael Barros Gomes da
dc.subject.por.fl_str_mv Plantas medicinais
Etnofarmacologia
Atividades farmacológicas
topic Plantas medicinais
Etnofarmacologia
Atividades farmacológicas
description INTRODUÇÃO: O ser humano sempre buscou na natureza os recursos naturais para o tratamento das enfermidades. O uso de plantas para fins medicinais é datado desde a idade antiga e cerca de 80% da população mundial atualmente faz uso de algum recurso da medicina popular para o tratamento de enfermidades. Muitas vezes, elas são os únicos recursos que algumas comunidades possuem para o tratamento de doenças ou manutenção da saúde. Embora haja um aumento das pesquisas etnofarmacológicas e emprego de novas técnicas no âmbito da farmacologia e bioquímica, ainda não se sabe muito sobre as propriedades farmacológicas e toxicológicas das plantas medicinais, sua utilização está mais atrelada ao conhecimento popular do que a validação científica de seus efeitos. Diante desse contexto, faz-se necessário a atenção ao conhecimento popular em saúde juntamente com o desenvolvimento científico. Dessa forma, é possível um melhor esclarecimento e confirmação de informações sobre as ações das plantas, com o intuito de minimizar os efeitos colaterais e toxicológicos, pois seu uso deve ser confiável e seguro. OBJETIVOS: Avaliar o conhecimento popular e o uso de plantas com fins medicinais na cidade de Caicó/RN. METODOLOGIA: Para a obtenção dos dados foram utilizados questionários semiestruturados, aplicados por meio de entrevistas presenciais, na feira livre do centro de Caicó-RN, entre os meses de agosto a outubro de 2016. Como interface de inserção e armazenamento de dados foi utilizado o aplicativo para Smartphones, Magpi®. Os participantes deveriam ser maiores de idade, e foram selecionados de modo aleatório, após concordância com o TCLE. O questionário procurou obter informações sobre: o uso do uso de plantas medicinais; como se dava o acesso a planta; partes usadas; forma de preparação e ingestão; as doenças tratadas; frequência do uso; como foi aprendido o uso. Após a coleta, os dados foram agrupados e realizou-se uma análise descritiva. Os vernáculos mais citados foram pesquisados na literatura para averiguar suas potencialidades farmacológicas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram entrevistadas 66 pessoas, das quais 92% afirmaram utilizar alguma planta para fim medicinal, um valor elevado quando comparado a média mundial (80%). Foram citadas 42 plantas, sendo as principais: Hortelã (Mentha sp.), utilizado principalmente para o tratamento de cefaleia (36%) e sintomas da gripe (20%), Boldo (Plectranthus barbatus) para o tratamento de problemas intestinais (83%) e Mastruz (Chenopodium ambrosioides) para o tratamento da gripe (45%). A parte utilizada foi a folha e o uso de Hortelã e Boldo realizado sob ingestão oral do chá, já o Mastruz sob a forma de um suco das folhas (45%). Correlacionando as informações dos entrevistados com os dados da literatura, nota-se que existe uma coerência no uso das plantas e a sua efetiva ação medicinal para os fins desejados. Além disso, cerca de 26% das plantas citadas são nativas da região. Vale ressaltar, que há uma carência na literatura sobre utilização de plantas medicinais nativas da caatinga e de suas ações farmacológicas. CONCLUSÕES: Com isso, conclui-se que o conhecimento popular em saúde pode servir como um instrumento norteador para a descoberta de ações farmacológicas, nesse caso das plantas com atividades medicinais. Vale ressaltar que as plantas mais citadas pelos entrevistados possuíam princípios ativos comprovados cientificamente. Desse modo, é necessária uma valorização maior por parte dos profissionais de saúde, dos meios de produção científica e da sociedade como um todo para os conhecimentos populares em saúde. E embora sejam necessárias pesquisas para comprovar as atividades medicinais, há fortes indícios de efeitos benéficos da utilização de fitoterápicos.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-01-31T17:55:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2022-01-31T17:55:12Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/conferenceObject
format conferenceObject
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv CARDOSO, Matheus Hugo da Silva et al. Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN. In: COLÓQUIO NACIONAL DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS NA EDUCAÇÃO DAS PROFISSÕES DA SAÚDE, 2., 2016, Caicó. Anais [...]. Caicó: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016, p. 370-371. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/11963/8359. Acesso em: 25 jan. 2022.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45741
identifier_str_mv CARDOSO, Matheus Hugo da Silva et al. Conhecimento popular em saúde: uso de plantas medicinais em Caicó-RN. In: COLÓQUIO NACIONAL DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS NA EDUCAÇÃO DAS PROFISSÕES DA SAÚDE, 2., 2016, Caicó. Anais [...]. Caicó: Universidade Federal do Rio Grande do Norte, 2016, p. 370-371. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/11963/8359. Acesso em: 25 jan. 2022.
url https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/45741
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRN
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron:UFRN
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
instacron_str UFRN
institution UFRN
reponame_str Repositório Institucional da UFRN
collection Repositório Institucional da UFRN
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45741/1/ConhecimentoPopularSa%c3%bade_C%c3%a2mara_2016.pdf
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45741/2/license_rdf
https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/45741/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv e77f321b51a81d8bb52928dc95301d97
c4c98de35c20c53220c07884f4def27c
e9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1802117540663525376